𝘤𝘢𝘱𝘪𝘵𝘶𝘭𝘰 1:𝘑𝘶𝘴𝘵𝘰 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢

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  Havia acabado de chegar em Boston, o vôo havia atrasado por quase uma hora,pego minha bolsa e saio do aeroporto, já que minhas bagagens seriam levadas diretamente ao hotel. Não consigo nem um uber já que meu telefone havia descarregando e o carregador havia ficado na mala pois o esqueci lá e não poderia pega-lo já que minhas malas já tinham sido despachadas para o hotel. Já estava tarde decido ir caminhando mesmo,embora o hotel fosse longe eu já estava cansada e não aguentava mais,precisava me ver longe daquela loucura toda do Brasil.
   Depois de caminhar por um bom tempo me vejo em uma rua escura completamente sozinha, eu estava completamente assustada,em um país novo e ainda por cima perdida em uma rua completamente escura e com o telefone descarregado,nunca se sabe quando alguém pode surgir do nada e te matar.
  Vejo um telefone público do outro lado da rua,se estivesse com sorte talvez ele funcionasse.Estava atravessando a rua quando um carro surge do nada e me atropela, com o impacto da batida caio ao chão feito um saco de batatas.Meu joelho dói pra caramba,resmungo de dor tentando não chorar.Vejo alguém descer do carro e vir ao meu encontro, pela falta de iluminação da rua,não consigo ver de imediato quem era,mas parecia preocupado,já que corre em minha direção,se abaixa e coloca sua mão em minha perna.

—Hó meu Deus,me desculpa eu não vi você, por favor diga que você está bem.Sente alguma coisa?

Senti muita vontade de dizer que sentia a vontade de enfiar minha mão na cara dele, mas por educação não disse nada.

Finalmente consegui ver seu rosto, acabo por me assustar um pouco ao perceber quem era o meu atropelador.Minha boca secou, eu não conseguia falar absolutamente nada,era como se eu tivesse perdido minha voz. Com cuidado ele me levanta e me põem encostada na parte da frente de seu carro.

—Eu estou bem obrigada.—Digo com a mão no joelho.

—Vou levar você para o hospital.

Não!Não precisa, eu estou bem.

—Tem certeza?

—É,tenho sim.Tirando a dor no joelho,eu estou bem.

—Tem certeza?Deixa eu te levar pro hospital

—Olha eu já disse que tô bem,só quero ir pro hotel.

—Aqui não tem hotel, o mais próximo fica há horas de distância.

—Que ótimo,me  perco justo no primeiro dia.

Ele me olha confuso.

—Eu sou o Chris,Chris Evans.

—É,eu sei quem você é.

—É minha fã?—pergunta todo sorridente

—Não,mas você está em todo lugar,é meio difícil não saber quem você é.

—Ok,vamos—Estende a mão.

—Pra onde?

—Botar um gelo nisso aí. —aponta para o meu joelho.

—Ja que você não quer ir ao hospital o minimo que eu posso fazer é colocar um gelo no seu joelho.Vamos,por favor?

Meio assustada e nervosa,entro no carro com sua ajuda.Evans dirige concentrado,ambos permanecemos o caminho todo em absoluto silêncio.

—Onde estamos? —Pergunto assim que ele para e um portão se abre.

—Em minha casa.

Ele só pode estar de brincadeira.

—Me trouxe na sua casa só pra botar um gelo no meu joelho?—Digo desconfiada,a reputação desse homem com mulheres não é nada boa.

—Não era mais fácil ter pegado em uma farmácia ou sei lá?!

Ele apenas me olha e põem o carro para dentro,assim que o desliga,sai e abre a porta para mim.

—Chegamos.

Saio do carro e com sua ajuda chegamos até a porta.Assim que chegamos ele me ajuda a sentar no sofá, ele fecha a porta e some da sala,me deixando sentada lá olhando para o "NADA", esperando que tudo aquilo não passasse de um sonho.
  Algum tempo depois ele volta com um saco de ervilhas e uma caixa vermelha com branca.

—Desculpa a demora.—Diz enquanto se senta em uma mesinha em minha frente.

Ele abre a caixa e percebo que era um kit de primeiros socorros.

—Eu posso?—aponta para meu joelho.

—Claro—Digo um pouco desconfortável

Ele pega minha perna e coloca em cima da sua com cuidado,tira lenços de um pacote,coloca soro e começa a limpar meu joelho.

—Ai.—Mordo meu lábio inferior por causa da dor.

—Desculpa.

—Tudo bem.—suspiro

Depois de limpar meu joelho ele passa um creme verde que parecia com um gel.Quando ele assopra sinto uma sensação gelada,mas ao mesmo tempo de alívio, ele parecia estar bem concentrado enquanto assoprava e massageava meu joelho delicadamente,pra um homem do tamanho dele,suas mãos são bem macias e delicadas,de repente  ele para,me olha,e sorri.

—Como se sente?

—Melhor,obrigada.

—Não precisa agradecer,era o mínimo que eu poderia fazer.

—Mesmo assim,você não precisava me trazer até aqui.

—Você tá com fome? —Diz enquanto coloca minha perna no chão com delicadeza.

—Não,obrigada.

—Eu já volto.—Diz assim que guarda as coisas no kit.

Ele some novamente pela casa e um tempo depois reaparece.

—Vem—Estende a mão para mim.

—Pra onde?—Digo desconfiada

—Calma,não vou machucar você.

—É,você já fez isso.

—Vem.Não vou mais te machucar

—Ta bom.

Seguro sua mão tentando me levantar,mas quase caio,Cristopher me segura bem a tempo.

—Vem cá, segura no meu pescoço.

—O que você ta fazen.... —Antes que eu pudesse terminar a frase,ele me pega em seu colo,estilo noiva

—O que você acha que ta fazendo?

Ele não responde,sobe as escadas comigo e me leva até um quarto e me põem na cama.

—Que lugar é esse?

—Meu quarto.

—O que?

—Ta tarde,você precisa descansar,já preparei seu banho.Deixei uma camiseta minha ali no banheiro—aponta para uma porta que estava entre-aberta.

—Toma banho e descansa,estarei no quarto ao lado se precisar de mim,tenha uma boa noite.

Antes que eu pudesse dizer algo ele sai e vai embora.
Tranco a porta por precaução.Vou até o seu banheiro
havia uma jacuzzi com espuma e pétalas de rosas.
Tiro meu vestido e minha lingerie,em seguida entro na jacuzzi.Me deito na água quentinha e fico flutuando entre as espumas e as pétalas. Me lavo e depois de um tempo saio da água,me seco,coloco minha lingerie e a camiseta que Chris havia me deixado,uma ótima camisa social,mas é claro que ficou um balão em mim.
  Caminho devagar até a cama,me deito e me tapo,o cansaço e a dor falaram mais alto,a única coisa que eu queria fazer era dormir e descansar,e sem duvidas é a melhor cama em que já me deitei.Me senti como se estivesse nas nuvens,é tão macia e confortável,logo em seguida adormeço.

Amores ao Acaso,Por Chris EvansWhere stories live. Discover now