2014. Patrice Pritchard recebe uma grande proposta vindo da Paramount Studios mas para isso terá que deixar para trás toda sua vida em Denver.
Proibido adaptações dessa história!
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Medicina responsabilidade e coragem, acima de tudo ser empático foi algumas lições do que aprendi durante meu expediente de estudo na área. Eu iria cursar medicina, queria ter a responsabilidade de cuidar de outras pessoas e de ver os olhos das outras brilharem sempre que alguém saísse curado de lá.
Estudei corpo , mente e o funcionamento de todas as áreas do nosso cérebro . O meu caderno tinha 75 páginas com mapas e textos sobre como era o esquema do nosso corpo, o quanto tudo era importante. glioblastoma mortal tumor responsável por levar embora minha mãe biológica e único membro que conhecia, até então, da minha família.
Esse tipo de tumor é agressivo e faz com que os seus portadores morram em apenas alguns meses. Isso foi o o que aconteceu com Rita e o que trouxe meu interesse a medicina, durante o tratamento dela li vários artigos e virei noites estudando sobre esse tumor com esperança de chegar a uma cura.
Mas isso não foi possível ─ vinte e três de outubro, Porter Heart Institute ─ chegando ao quarto de hospital, clima totalmente frio e árido. Rita estava com um fisionomia cansada. Sua mente parecia ir longe, ela entrelaça seus dedos aos meus e suspira. Respira e expira, deixando que o vento levasse embora todo sentimento maligno. Finca os olhos aos meus e sorri ─ eu aceito, eu aceito a decisão do senhor. Se queres me levar para perto de ti, o faça. Não impedirei ─ disse com um sorriso de canto a canto então sem forças de levanta da maca. A guio até o carro, ela senta no banco de trás e deixa com que a cabeça fique pendente sobre o banco. Fecha os olhos e puxa a respiração pesada.
Ligo o som, volume baixo. Tocava how can i go on, canção por Freddie Mercury e Monttserrat Caballe . Ela cantarola a música por todo o percurso, sua voz se abaixa gradualmente até que o silêncio tome conta por todo o carro ─ Rita, chegamos ─ digo abrindo a porta do carro, abro a do banco de trás até perceber que ela já não tinha sinais vitais. Seu sorriso ainda se fazia presente no corpo gélido, meu corpo treme ao tocar o seu e me sento ao seu lado acariciando seu cabelo. As lágrimas percorrem por meu rosto e começo a cantarolar a música como se ainda escutasse sua voz.
─ 23 de Outubro, a estrela mais brilhante do céu. Te amarei por todo sempre, minha querida Rita.
