Ele mostra a arma em sua mão.

Começo seguir eles.

Em pouco tempo estou no lado de fora, esta escuro e muito frio, o vento congelante me faz tremer. Tem por volta de quinze homens no lado de fora e quatro SUV pretas, sou direcionada para dentro de uma delas.

Dentro já está o motorista, um dos homens entra logo depois de mim, me empurrando para o meio, ele passa o cinto de segurança em mim, o outro senta no banco da frente, ao lado do motorista.

Depois de alguns minutos avisto Nikolay, ele conversa com alguns homens. Tenho repulsa, nojo e raiva desse monstro, rezo para que Vicenzo mate esse desgraçado, se eu tivesse oportunidade eu mesmo o mataria.

Ele começa a caminhar em direção do carro onde estou, ele abre a porta e entra sentando ao meu lado. Fico rígida, imóvel.

Ele fala algo em Russo que não sou capaz de compreender. Todos os carros começam a se mover.

Sinto Nikolay aproximando-se de mim, sua respiração está próxima a minha cabeça, viro meu rosto para a esquerda, lado oposto de onde ele está.

— Você está cheirosa, nem parece aquela coisinha suja e nojenta de antes.

Tento me encolher, afastando-se o máximo possível dele.

Nikolay solta uma gargalhada.

— Que ratinha assustada você é!

Já estamos andando a bastante tempo, o motorista fala algo em Russo que parece prender a atenção de Nikolay, ele fica irritado. Os carros que nos acompanham param no acostamento, assim como o que estamos.

Olho para frente e avisto de longe muitas luzes, parecem ser carros parados, talvez uma barreira, mas estamos muito longe para que eu consiga identificar com precisão, mas a possibilidade que sejam os homens de Vicenzo me faz esboçar um pequeno sorriso.

— Não fica feliz vadia... Nós vamos fazer uma rota alternativa voltando 2km.

Ele pega em meu rosto fazendo com que eu encare ele.

— Você nunca mais vai ver Vicenzo Gambino.

Em um rompante respondo ele.

— E você vai ser morto por ele.

No mesmo instante ele desfere um tapa em meu rosto... Em seguida ele agarra meu maxilar.

— Não me provoque!

Ele me solta.

— haja novamente assim que te mato Su-ka. (Cadela)

Os carros voltam a se mover, estamos voltando pelo caminho já percorrido, logo pegamos a primeira saída à esquerda, é uma estrada de terra, o caminho tem muitas árvores e buracos, nenhuma iluminação.

Já estamos a muito tempo por esse caminho íngrime, devem fazer horas... estou cansada e ficando muito enjoada.

— Eu não estou bem... Estou enjoada.

Nikolay me encara por um segundo e desvia o olhar indiferente.

— Eu vou vomitar.

Ele fala algo em russo e o motorista para o carro. Ele abre sua porta e me puxa pelo braço.

Apontando a arma em minha direção ele fala.

— Não tente nenhuma gracinha.

Ele nem precisa falar, ou ele acha que vou fugir vomitando mata a dentro nessa escuridão?! Tem uns quinze homens armados aqui, não tô afim de virar uma peneira.

Apoio minhas mãos no joelho e o vômito vem... Já vomitei umas três vezes, um dos homens de Nikolay se aproxima com uma garrafa de água e entrega para mim.

— Obrigada.

Faço um bochecho... Mas em seguida volto a ter uma náusea, minha visão fica turva e eu perco o equilíbrio, acabo caindo e então tudo fica escuro.

Começo a recuperar a consciência, estou deitada no chão e noto que alguém segura minha pernas levemente elevadas, um homem com um pacote que parece ser de salgadinho na mão fala algo, mas não entendo o que ele diz.

— Tebe nuzhno s"yest' chto-nibud' s sol'yu (Você precisa ingerir algo com sal)

Nikolay parece traduzir o que o homem fala.

— Você teve uma queda de pressão, precisa de algo com sal.

Ele pega o pacote da mão do homem e entrega para mim.

— Isso é salgadinho, come!

Abro e coloco alguns na boca, começo a sentar com cuidado.

— Já está melhor?! Ótimo agora vamos.

Nikolay me puxa pelo braço bruscamente arrastando-me em direção do carro. Em pouco tempo voltamos para estrada.

Começo sentir um pouco de cólica, levo minha mão abaixo do meu umbigo nervosa, será que isso é normal? Estou assustada, começo a ficar nervosa... Meu Deus e se eu perder o bebê! Começo deixar algumas lágrimas rolarem.

Nikolay nota e grita.

— Que porra aconteceu agora?

— Eu estou com cólica...

Começo a tremer, acho que são os nervos.

— Para de me encher com suas merdas, mulher chata da porra.

Homem nojento do inferno, quero que ele morra! Fecho os olhos tentando me acalmar... Tenho que ser forte por você meu bebê.

Nunca chegamos ao destino... Estou tão cansada, a cólica passou, acabo adormecendo.

Me acordo com um toque carinhoso no meu rosto, por um segundo me esqueço te todo o inferno que estou vivendo... Abro meus olhos lentamente, e sou puxada bruscamente para a realidade ao encarar os olhos de Nikolay tão próximos de mim.

— Fica longe.

Ele solta uma gargalhada.

— Enquanto você dormia apoiada em mim, não parecia querer eu longe... Seu corpo quer um homem de verdade, vem você vai gostar.

Me afasto bruscamente dele, chegando a me encostar na porta ao lado oposto, Nesse instante noto que só estamos nós dois no carro.

— Não toque em mim.

— Tá bom vadia chata, nós chegamos...

Olho em volta e noto que estamos estacionados em frente a uma casa grande, o design da construção parece ser antigo, se não fosse a iluminação diria que o lugar está abandonado...

— Chega de show, vamos.

Ela pega em meu braço e me puxa, logo começamos adentrar a casa, olho para trás e avisto os muros enormes que cercam o lugar. Como Vicenzo vai me encontrar nesse lugar no fim do mundo... O que Nikolay pretende com tudo isso?!

Vicenzo: O filho do Don Where stories live. Discover now