Por medo de ter sua identidade descoberta (e influenciada por quase vinte minutos de um monólogo feito por Alya Cesaire), Marinette Dupain-Cheng se inscreve em um concurso para tentar ganhar um date com Chat Noir, o tão querido herói francês.
Sem im...
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━━ DOZE. FOI O número exato de tentativas que Marinette precisou para conseguir gravar aquele vídeo de uma maneira convincente. Ela sempre ria, não se concentrava, não ficava bom ou ela simplesmente não parecia animada o suficiente
Algo que, na realidade, ela não estava de verdade, mas sentiu um alívio quando enviou o vídeo.
Ela não precisou esperar muito para obter uma resposta. De fato, havia enviado perto do prazo final de inscrições e nem mesmo pensava na possibilidade de ser selecionada. Não foi surpresa ver que, ao ser divulgada uma lista com as finalistas, ela não estar entre as quatro escolhidas.
Mas, para a própria surpresa, ela havia ficado em sexto lugar na pontuação.
— Se o meu ficou em sexto, posso dizer que não faço ideia do que foram os outros. — Ela murmurou. Estava no refeitório da faculdade com Alya, segurando uma embalagem com milk-shake de morango. Tomou um gole. — Pelo menos, estou livre.
— Livre? Livre de que?
A voz de Adrien chamou a atenção dela. Ela desviou o olhar, sentindo o coração acelerado. O loiro estava ao lado de Nino com a mochila presa em um lado do ombro. Ele sorria. Marinette suspirou. Era aquele sorriso que ela amava, um sorriso lindo que só Adrien Agreste tinha.
— Livre de.... de.... — Ela murmurou, e percebeu que se perdeu nas palavras. Olhou para Alya em busca de ajuda. — de....?
— De um compromisso nosso, nada demais. — A Cesaire murmurou. — Boa tarde, amor.
— Boa tarde, neném. — Ela sorriu ao receber um beijo de Nino, que então contornou a mesa e se sentou em sua frente.
Adrien, por sua vez, se sentou de frente para Marinette, deixando a mochila no chão. A Dupain-Cheng ficou um tanto quanto surpresa, sem saber como agir. Oh, lá estava Adrien em sua frente! O que ela devia fazer?
Mesmo não sendo mais adolescente, ainda se atrapalhava (as vezes) quando estava perto do loiro-maravilha.
— Vão fazer algo essa semana? — Nino perguntou. — Estava pensando em irmos ao cinema.
— Eu estou livre. — Alya murmurou de prontidão.
— Queria aceitar, mas não quero segurar vela. — Marinette cruzou os braços, desviando o foco para os amigos como forma de desfocar-se de Adrien. — Então, acho que passo.
— Qual é, Mari! Vai ser legal! — Alya murmurou.
Nino olhou para Adrien.
— Você vem, não é bro?
Adrien se mexeu na cadeira, um tanto envergonhado.
— Bem eu.... tenho que....
Adrien não conseguiu completar a frase. Teve sua atenção desviada quando um par de passos fez com que os 4 percebessem que alguém se aproximava. Marinette quis rolar os olhos ao perceber ser Lila Rossi, mas preferiu tomar um gole do milk-shake.
E Lila não estava sozinha.
— Marinette! — Lila murmurou, em um falso tom de amabilidade. — Eu vi que você se inscreveu para o concurso do Chat Noir.... que pena que você não conseguiu, diferentemente de mim.... como se sente?
Aliviada. Marinette quis responder, mas olhou discretamente para Alya como se buscasse ajuda. A Cesaire fez uma careta como se dissesse para que ele falasse qualquer coisa que não fosse seus sentimentos verdadeiros a respeito de não ter sido selecionada.
Então, Marinette adotou sua melhor postura de atriz, olhando para o milkshake e mexendo o canudinho sustentável.
— Ah, eu... estou um pouco triste. É chato você se inscrever e não ser selecionada, principalmente ficando tão perto das outras pessoas. — Ela suspirou. — Eu gostaria de ter aquele date com o Chat, mas.... não é possível, então, estou me contentando com a classificação ter sido boa.
— Bem, digamos que boa seria se tivesse conseguido o date, está mais para razoável querida. — Lila sorriu. — Eu até te deixaria ir no meu lugar, mas.... não. Eu acho que posso competir e ganhar, algo que você provavelmente não conseguiria. Não me leve a mal, mas, é o que eu penso. — A italiana deu de ombros. — Bom, eu preciso ir agora. Vou fazer umas compras. Preciso estar bonita para a segunda fase. Vamos, meninas.
Ela saiu andando com as outras garotas que a acompanhavam. Marinette segurou a vontade de revirar os olhos, mas foi surpreendida quando uma mão tocou a dela. Ela ergueu o olhar, vendo que era Adrien tentando chamar sua atenção.
— Ei.... você está bem? Lila foi.... cruel.
— Deselegante, estúpida, mesquinha e babaca também. — Alya complementou. Adrien prendeu uma risada.
— Não esqueça do baixa. — Nino resmungou.
— Bem, ela teve uma atitude muito ruim que engloba o que eu disse e o que a Alya disse junto com o que Nino disse. — Adrien suspirou. — Está.... bem? Digo, é uma pergunta idiota, mas....
— Sim eu.... eu estou. — Marinette sorriu de uma maneira um tanto bobinha. — Um pouco.... chateada, mas bem. — Ela olhou para o celular e se levantou. — Eu preciso ir agora. A gente se vê em casa, Al?
— Provavelmente não, vou ficar na casa do Nino hoje. — A Cesaire deu um beijinho no Lahiffe. Marinette riu.
— Certo. — Ela deu de ombros. — Até mais, meninos.
— Até, Mari. — Eles murmuraram.
Nino e Alya se entreolharam. Adrien soltou um suspiro.
— Acham que ela ficou.... chateada? Digo, por não ter sido uma das selecionadas.
Alya abriu um sorriso.
— Talvez, por que? Vai consolar ela levando ela para jantar? — Adrien desviou o olhar.
— Não é uma péssima ideia....
Ele murmurou, mesmo que não fosse bem como Adrien que ele falaria com ela e ele aproveitaria aquele dia para falar com ela, afinal, já tinha um plano em mente.
