One shot

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Notas da autora: 

Então, é algo engraçado, mas essa fanfic foi criada em um trabalho de aula, então eu tive que trocar os nomes dos personagens como: Jonathan=Johnny e Cessar=GyroE sinceramente, a história é para ser livre para todo o publico já que é apenas um romance gay bem leve, mas sabem como as regras daqui funcionam, não quero arriscar. Inclusive, personagens não me pertencem, assim como a obra de jojo's bizarre adventure, e as imagens e fanart's também não, apenas fiz a edição da capa. 

Bom, espero que tenham uma boa leitura.


Narrador on-

Tinham alguma experiência em fazer caminhadas, sempre em trilhas já demarcadas ou com a ajuda de um guia. Desta vez, entretanto, resolveram caminhar por uma trilha mais afastada e foram sozinhos. Pela manhã, tudo cheirava a aventura: a mata mais densa acompanhava a trilha, o solo irregular dificultava o percurso, mas prosseguiram assim mesmo.

A tarde foi caindo e perceberam que já era hora de voltar, porém Cessar permanece no mesmo lugar, pensativo, Jonathan vê que ele está desconfortável com a menção de voltar para sua casa e então fica desconfiado.

- Você está bem? - Jonathan fica lado a lado do cavalo de Cessar, com as sobrancelhas franzidas em curiosidade.

- Huh? ah! não é nada, só estava pensando demais... - na verdade algo estava assombrando seus pensamentos.

- Sabe que pode falar para mim, certo? - Jonathan se importava muito com o amigo, mesmo que não demonstrasse tanto quanto gostaria, ele tinha problemas para demonstrar sentimentos - Vamos cara, estou ouvindo.

Cessar dá um suspiro de frustração e decide que mal nenhum fará se ele contar ao seu amigo, eles se conheciam a um tempo, e tinham um bom relacionamento, ele apenas não queria o sobrecarregar com seus problemas pessoais.

- É só o meu pai, eu briguei com ele hoje de manhã e não quero voltar para casa agora.

Como ele parecia abalado nesse momento, Jonathan decidiu não fazer mais perguntas e juntos eles decidem acampar na floresta, era algo comum entre eles, depois de esfriarem a cabeça conversando e brincando um com o outro, Jonathan decide perguntar.

- Mas o que aconteceu com você e seu pai? - os dois estavam sentados ao lado da fogueira improvisada

- hmm, é que ele arrumou um casamento arranjado para mim, só por status, e não sei como reagir a isso... - aquilo afetou algo em Jonathan, lá no fundo, sentimentos estranhos começando a surgir, mas não parecia correto compartilhá-los com Cessar.

- Isso é... algo bem diferente uh? Bom, tomara que você saiba o que fazer mais para frente. - aquelas emoções entalaram em sua garganta, ele tinha vontade de chorar, mas não podia demonstrar.

No dia seguinte os dois voltam a casa de Cessar, ambos ainda um pouco abalados com a conversa da noite passada e ao chegarem são recebidos com ofensas e xingamentos do pai de Cessar que exigiu uma explicação do porque o sumiço dos dois, Cessar tentou dar uma desculpa esfarrapada de que já estava tarde e o tempo se fechando e por isso acamparam, então o pai confronta Jonathan.

- E vocẽ? hu!? entendo meu filho se perder no tempo de vez em quando mas e você, não viu o tempo passar? e ainda assim concordou com as estupidezes de meu filho, porque? - o mesmo estava literalmente gritando em cima do garoto baixo, porém logo em seguida Cessar se colocou na frente de Jonathan protetoramente e disse.

- Ei! Deixe Jonathan fora disso, ele não tem nada a ver com nossos problemas! - respondeu ao seu pai de forma ríspida e grossa, não se importando se estava sendo desrespeitoso ou não, de cara feia, o senhor se virou e entrou na casa, rabugento do jeito que era.

Os dois se despediram com um abraço forte e combinaram de se encontrarem em outra outra hora, Cessar queria tanto passar mais tempo perto dele, dentro de sua casa o pai já o esperava com o peito estufado e os braços atrás das costas.

- Cessar, meu filho, você é estupido se acha que não sei sobre seus sentimentos a respeito do seu "amigo", e sinceramente, você deveria esquecer logo essa baboseira, já te disse, você se casará com essa moça que eu escolhi para você, não quero mais te ver com esse garoto, não ouse desonrar essa família! - e assim, o homem foi embora sem olhar para trás, a onde Cessar ficou perplexo com aquelas palavras, com os olhos lacrimejando enquanto corria para seu quarto.

E naquela noite, Cessar tomou coragem e arrumou sua mochila, saiu de fininho da casa, pegou seu cavalo e correu até a casa do amigo... não, Jonathan não era apenas um amigo para ele, não mesmo, já estava na hora de abrir seu coração, com sorte, ele entenderia, na velocidade máxima ele chegou no destino até que bem rápido, desceu do cavalo e foi até a porta batendo com certa animação, quase na mesma hora, Jonathan abre a porta esfregando os olhos sonolentos.

- Cessar? o que está fazendo aqui, não deveria estar- ele foi cortado por Cessar segurando suas mãos com força.

- Jonathan por favor me escute, eu não queria te sobrecarregar com tudo isso mas... eu já tô cansado! Meu pai, nem é um pai de verdade, ele não se importa com os meus sentimentos, só com a imagem da nossa família "perfeita", e a gota d'água foi ele tentar nos separar, e lembra que eu te disse que eu não sabia como reagir a aquela notícia? Isso é porque... Eu te amo! mas não sabia se eu deveria, eu estava com tanto medo de eu estragar tudo que- e novamente alguém foi cortado, porém dessa vez com um beijo apaixonado, depois do choque Cessar retribuiu o beijo, e logo eles se separaram.

- Você se preocupa demais, o sentimento é... recíproco - Jonathan não conseguia tirar o sorriso do rosto, com a cara toda corada de vergonha. - cabeça oca

- Haha parece que somos dois idiotas mesmo, ei, sei que parece loucura, mas o que acha de fugir da cidade?

- sinceramente, morar sozinho em uma cidade pacata era chato mesmo, acho que a única coisa que me prendia aqui era você.

Então Jonathan foi até seu quarto, arrumou suas coisas em seu cavalo e partiu com Cessar.

- Para onde vamos então romeu? - o dia estava bonito e a atmosfera leve

- hoho não sei, apenas o mais longe possível daqui!

- Hmpf, então suponho que seremos nômades agora? - a ideia não parecia tão absurda comparada com a prisão em que Cessar vivia

- Não necessariamente, mas ei! Pelo menos estaremos juntos, e isso é o que realmente importa! - Jonathan parecia concordar, com um sorriso calmo no rosto.

E assim eles foram embora, conversando sobre sua futura vida que viria e trocado conversa fiada, felizmente aquela sensação de angústia, tristeza e de que tinham que se esconder que ambos tinham quando estavam naquela situação parecia apenas uma lembrança distante.

FIM

O que realmente importaWhere stories live. Discover now