— Não, ele não terá, ele pode ir até ao inferno e mesmo assim não terá uma chance... Vou te matar agora mas será com isso.

Ele levanta o martelo.

— Você perdeu a oportunidade da arma.

Ele desfere marteladas na cabeça do homem, que logo está inconsciente.

Eu e Vicenzo saímos da sala, no caminho falo.

— Toda Máfia Italiana está mobilizada procurando por Amanda, nossos informantes e associados também, faz sentido que ela fosse levada para Rússia, pois aqui nós iríamos encontrá-la com mais facilidade.

— Eu sei disso, já tinha cogitado essa possibilidade.

Ele entra na próxima sala e desfere um tiro na cabeça do outro Russo.

— Estou sem paciência para Figlio di puttana! (Filho da puta!)

Ele me encara e fala.

— Nem que eu coloque fogo na Rússia inteira, vou encontrar Amanda, Nikolay e todos os Bratva que estiverem envolvidos conheceram a soberania da Máfia Italiana.

Amanda

Estou sentada no colchão, o sangue de minha vó secou em meu corpo, meus cabelos estão duros, estou muito suja. Mas isso me deixa um pouco aliviada, pois sinto que estando assim, ele não sentirá desejo de tocar em mim, só de lembrar da mão dele tocando meu corpo, sinto nojo.

Escuto barulho na porta, a luz central do quarto ascende. me encolho no canto do colchão.

— Vai levanta vadia.

Obedeço, não quero que ele me bata, estou com medo pelo bebê.

— Vem aqui.

Fico imóvel, o que esse louco vai fazer agora?!

— VAMOS, VENHA AGORA!

Dou passos lentos em sua direção.

— Você é nojenta, está fedendo.

Estou com a cabeça baixa encarando meus pés.

— Olha para mim enquanto falo!

Levanto a cabeça e encaro o rosto do monstro.

— Vem, você precisa de um banho.

Balanço a cabeça em negação e dou dois passos para trás.

— Não...

Ele desfere um tapa forte em meu rosto.

— Você não tem direito de escolha vadia imunda!

Coloco a mão sobre meu rosto.

— O que eu te fiz? Por que você está fazendo isso comigo?

Ele fica sério, me encara com frieza.

— Você acabou com a minha oportunidade de ser um Capo da Bratva quando casou com o miserável do Vicenzo Gambino.... Você é uma cadela traidora, Bóris Petrova iria te legitimar como herdeira...

Ele é completamente louco, que culpa tenho eu disso tudo.

— Eu até iria perdoar você por ser uma puta da Máfia Italiana, iria te assumir como minha esposa mesmo depois de você dormir com o inimigo, mas você estragou tudo... Engravidou do miserável para que ele casasse com você, puta ardilosa.

Estou indignada com as palavras dele, que homem ridículo, não consigo suportar, começo cuspir verdades na cara dele.

— E o que te leva a acreditar que eu me casaria com você?! Você me da nojo... É um covarde de merda, tem tanta raiva da Máfia Italiana mas preferiu sequestrar uma mulher grávida?! Por que não sequestrou Vicenzo Gambino, um Capo?? Não, você prefere mulheres indefesas...

Sem deixar eu concluir, ele desfere mais um tapa em meu rosto me fazendo cambalear.

— Você tem culhões Amanda... Vai ser ótimo domar você! Agora vem desgraçada.

Ele pega em meu braço me levando em direção a porta.
Olho em volta, estou em um galpão abandonado com várias salas.
Ele me empurra para dentro de uma sala ampla, lembra um vestiário, mas sem as divisórias, tem chuveiros alinhados em uma das paredes.

— Tira a roupa.

Abraço meu corpo instintivamente, deixo algumas lágrimas rolarem.

— Por favor, não...

Ele se aproxima de mim, ignorando minhas palavras.

Ele puxa as lapelas da frente do uniforme de copeira que estou usando, os botões se rompem com facilidade. Ele joga o vestido no chão.
Meus seios estão à mostra, os cubro com as mãos.

— Agora vai para aquela porra de chuveiro e tome banho.

Ligo o chuveiro com as mãos trêmulas, a água está extremamente gelada, fico de costas para o monstro. Nunca senti tanto medo, estou tendo uma crise de pânico, meu coração está acelerado, sinto como se não conseguisse respirar, lagrimas inundam meu rosto.

— Não vai tirar a calcinha?

Eu não respondo, continuo de costas deixando a água descer sobre meu corpo.

— Você é uma vadia muito gostosa, é impossível não ficar excitado com você assim.

Escuto seus passos em minha direção.

— Vira para mim.

Eu não viro, falo com a voz embargada.

— Por favor, não faz isso...

— Não fazer o que? Te fiz alguma coisa? Vira agora...

Ele desliga o chuveiro e me puxa pelo braço me fazendo virar em sua direção, estico meus braços tentando empurrar ele para longe, mas ele é mais rápido, agarra meus dois braços e me prensa contra a parede.
Eu me debato e grito tentando escapar.

Alguém grita o nome dele atraindo o seu olhar.

— Nikolay!

Ele me solta e eu caio no chão, me encolho no canto tremendo da cabeça aos pés.

— Você ficou louco Nikolay?

Olha para o homem que fala e noto que ele é exatamente igual Nikolay... São irmãos gêmeos.

Nikolay se aproxima dele.

— É ela, a neta de Bóris Petrova?

Nikolay responde com arrogância.

— Sim.

— Por que você fez isso irmão? A máfia Italiana já está em nosso território, a Bratva negou qualquer envolvimento com isso... As duas máfias vão caçar você, ela é a porra da mulher de um Capo da Casa Nostra e neta de um Capo da Bratva... Olha a merda que você fez!

O homem me encara.

— Ela vai ter uma hipotermia assim, está tremendo.

Ele pega uma toalha e entrega para mim, me enrolo e fico em pé próxima a parede.

Nikolay volta a falar.

— Bóris Petrova falou que não queria saber dela, que ela havia morrido para ele assim que casou-se com um membro da máfia Italiana.

— Isso até ele descobrir que ela é filha legítima do filho, Anton Petrova e da esposa Jeniffer Petrova, parece que a vó materna roubou ela ainda bebê...

— Não pode ser.

— Sim, estão te rastreando, é questão de tempo até acharem esse lugar, vão te matar... Deixa eu levar ela?Enquanto isso você foge para longe.

Nikolay caminha de um lado para outro.

— Não, ela vai ser minha moeda de troca, não vou entregar meu único trunfo.

— Nikolay você está fora de si, ela está grávida... Você não vê que quase começou uma guerra entre Máfias?

— Adeus Dimitre! Eu vou me safar dessa.

O Homem me encara por uma última vez e deixa o cômodo.

Vicenzo: O filho do Don Where stories live. Discover now