-Uma vez, estávamos no supermercado. Ele cismou de empurrar o carrinho. Não satisfeito, achou que estava num circuito de fórmula 1 e começou a correr pelo mercado. Eu pedi pra que parasse umas 3 ou 4 vezes. Ele diminuía a velocidade, mas logo voltava a correr.
Peter está com os cotovelos apoiados na mesa e a cabeça sobre as mãos. Ele está tentando não rir.
-Então eu tive a brilhante idéia de me esconder, para que ele ficasse assustado.
-Acho que não deu muito certo né mãe?
Ele diz tapando a boca com a mão e rindo do tiro que saiu pela culatra.Peço pra que ela continue.
-Pois bem. Ele não só não ficou com medo, como foi até aqueles locutores que anunciam promoções e pediu para falar. O rapaz inocente, achou que ele fosse chamar pela mãe. Que nada. Ele estava com um rolo de papel alumínio na mão empunhado como uma espada, gritando no alto falante:
- Não se preocupe Rainha Susan, o príncipe Peter está indo ao seu resgate.
Meu Deus. Isso é mesmo tão a sua cara. Destemido e sempre pensando que todo mundo precisa dele. E precisa mesmo. Eu preciso.
- Você imagina a minha vergonha Lara Jean? Eu não sabia se ria, ou se brigava com ele.
-Ah mãe. Pára. Todo mundo me achou fofo.
Conquistador desde pequeno. Ele não era só agitado. Ele é, e sempre foi, esperto e cativante.
**
Sra. Kavinsky voltou para a loja, e Owen foi para o quarto jogar videogame.
Estou sentada no tapete da sala, e Peter deitado com a cabeça em meu colo. Ele ama ficar assim, sem esquecer que tenho que mexer em seus cabelos.-Minha mãe ontem perguntou sobre a gente.
Ah não. Essa história de novo não.
-Achei que isso tivesse passado. O que ela disse?
Não gosto da demora dele em responder. Parece estar procurando as palavras certas pra dizer alguma coisa. Eu tiro a mão do seu cabelo, porque me sinto ansiosa. Ele a pega de volta e põe no mesmo lugar.
- Calma. Ela não insinuou nada de ruim. Ela só quer saber o que estamos pensando, como pretendemos levar isso adiante.
- Continue.
-Ficou questionando se eu pretendo ir a Nova Iorque te visitar. Se eu sei quanto custa uma passagem, onde eu ficaria se fosse para lá. Essas coisas práticas. Depois disse que ficamos muito agarrados nessas férias, e não sabe como essa distância pode dar certo.
Ele rodou, rodou. Enrolou. E disse o que eu já esperava. Não é que ela torça para que não dê certo, é que ela acha que vai dar errado. Eu não posso julgá-la. Acredito que todo mundo pensa um pouco isso. Menos eu. Eu e Peter.
-O que você disse?- Pergunto.
-Eu disse só para ela não se preocupar. Que eu não iria fazer nenhuma loucura por sua causa. Mas disse que eu não ia desistir, e que tenho certeza que vamos passar por isso. Você também não é?
Ponho a mão no rosto dele e viro para que me olhe. Desde que eu fui recusada em Stanford, nunca tive tanta certeza que íamos ficar juntos como eu tenho agora.
-Desde a primeira vez eu sabia que ia ficar por muito tempo. A gente amadureceu, e muito tempo pra mim, não é mais suficiente. Eu agora quero o para sempre.
-Eu amo você Covey.- Ele diz com a mão me segurando pelo pescoço, antes que me tome em um beijo, só consigo dizer:
-Eu também amo você. Kavinsky!
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Me marca, sou todo seu Parte I
FanfictionFanfic doce e romântica como Lara Jean e quente e divertida como Peter Kavinsky. Vamos acompanhar juntos o amadurecimento deste casal que tanto amamos. Aqui eles terão um pouco do livro, um pouco do filme e muito da autora. Uma nova perspectiva...
Capítulo 12
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