capítulo 35💌

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Javier dirigia com rapidez e muita agilidade. Reparei em suas mãos firmes no volante, fechei os olhos por um momento deixando seu perfume tomar conta do carro.
— Javier, peça para Elena levar minha irmã para casa. — pedi o encarando.
Estava esquecendo que ela está na boate.
— Está dando ordens para mim? — questionou com a voz rouca.
— Minha única preocupação é a minha irmã.
— Dominique vai cuidar de levá-la para casa. Afinal agora Ariel virou sua amiga e consequentemente da sua irmã, mas tem algum interesse por trás?
Ri debochada.
— Não estou armando nada, ela gostou da minha pessoa. Dominique assim como victor e outros, tem essa mania de privar suas esposas de terem amigas, saírem sem ter uma tropa de soldados atrás para vigiar e falar tudo.
— comentei aumentando o tom de voz.
— Alguém não gosta de coleira. Mas engraçado que ontem victor deixou você sozinha no salão da casa do Smith. — comentou intrigado.
— O capo está observando tudo o que acontece comigo? Achei que você odiasse loiras, foi isso que você disse para mim. — relembrei o encarando.
Seu olhar encontrou o meu.
— Não use o que eu falo contra mim, Barbara. É um conselho, não avisarei novamente. Aposto que não deve gostar de sofrer punições.
Cruzei os braços.
— Deveria ter trazido Elena para o ajudar com a garota. Ela é experiente e não deixaria nada de errado acontecer. — sugeri debochada.
Ele acelerou e logo chegamos em uma casa luxuosa. Javier falou ao celular com Dominique, o soldado veio até nós falando que os dois estão na casa.
O capo olhou para mim.
— Sua hora chegou, estarei lá em poucos minutos.
— Pode deixar comigo, deixarei ele ocupado e irei terminar logo com isso.
Não quero ficar muito por aqui.
Sai andando apressada.
Entrei na casa com facilidade, ouvi a voz da garota no andar de cima. O homem batia nela, ela gritava assustada.
Subi rapidamente.
A porta do quarto está aberta e a garota só está coberta pelas peças íntimas.
— Não!
— Pare. — avisei entrando no quarto e ganhando atenção do homem. — Vim no lugar da novata, ela ainda não sabe como funciona tudo na boate.
Ela saiu atordoada, mas correu aproveitando minha chegada. O homem me olhou bem e abriu um sorriso malicioso.
— Todas as garotas da boate são da máfia? Estou começando a gostar, uma ruiva e agora uma loira, tire a roupa agora loirinha! — exigiu tirando as calças.
Sorri divertida.
— Claro.
Abaixei o zíper da minha blusa, sem ela fico com os seios para fora. Ela tem bojo e sendo assim não preciso usar sutiã.
Ele se deitou na cama, olhei para o travesseiro ao lado dele pronto para ser usado ao meu favor.
— Venha até aqui agora! — exigiu rouco.
Fui até ele.
O mesmo olhava para mim como um maldito tarado, ameacei subir na cama, mas tudo não passou de uma estratégia.
Peguei o travesseiro colocando em sua cara, o sufocando sem ar, ele se remexeu, e tentou afastar meus braços.
Mas sem sucesso foi perdendo os sentidos.
Tirei o travesseiro vendo meu trabalho concluído.
Ajeitei minha blusa, logo depois ouvi passos. Javier entrou no quarto do homem indo conferir se estava vivo ainda.
— Não confia? — questionei irritada.
— Mulheres sempre deixam alguma coisa para trás. Mas você acabou com ele realmente, victor ensinou que usar seu corpo pode ser a destruição de muitos homens. — sua voz rouca arrepiou meu corpo por inteiro.
Seu olhar demorou em mim depois de terminar com esse serviço. Logo saímos da casa desse homem solitário que não tinha ninguém além do dinheiro.
Amava tirar garotas das boates e judiar, mas acabou morto sem ter prazer.
Nada me deixou mais satisfeita do que saber isso pela boca de Javier.
Lamento pela garota, mas ela não se ajudou.

Princesa da máfia💌 (babictor) 1TemporadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora