capítulo 10💌

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O carro parou no cruzamento, observei uma garota loira ao lado de um garoto que parece ser o namorado.
No exato momento acabei lembrando da época da escola, perdi contato com todos eles, nem mesmo minha amiga, pessoa que mais tinha contato, perdi e nunca mais soube dela.
Desviei o olhar.
O passado deve ficar longe, Barbara.
Quando estamos fracos, qualquer um pode atacar, automaticamente que você não vai fazer nada para se defender.
Por já estar quebrada.
Olhei para o soldado que dirige o meu carro! Victor controla tudo, o carro que ele me deu, parece mais dele do que meu.
— Seu chefe não pediu para você fazer outras coisas? — questionei ganhando sua atenção.
Ele riu.
— Boa tentativa, senhora. Ele mandou cuidar da sua segurança, estou fazendo o meu trabalho.
Revirei os olhos.
Victor precisa viajar, estou precisando de paz.
A governanta abriu a porta para mim com um largo sorriso, entreguei meu casaco para ela.
— Meu marido chegou?
— Sim, ele está no escritório. Estava esperando a senhora chegar, e para ir imediatamente, então melhor não desobedecer.
Apertei os olhos para ela.
— Não sou surda, deixe o meu casaco no quarto, por favor.
Ela assentiu com a cara fechada.
Não posso deixar essa mulher ganhar asas, ela pode ser um problema quando meu marido estiver fora de casa.
Meus saltos fazem barulho pelo mármore, anunciando minha chegada até o escritório, esperava ouvir algum grito de raiva por não avisar ele pelo celular sobre o meu encontro com minha amiga.
Mas encontrei minha irmã com sangue nas roupas, os cabelos bagunçados, olhos marejados.
— Verônica!
Levei um susto.
A sombra de Victor surgiu atrás de mim, senti seu perfume masculino invadir os poros do meu nariz.
— Surpresa, Barbara. Olha quem chegou agora, estava perguntando sobre você.
Olhei para ele.
— O que você fez com ela? — questionei engolindo em seco.
— Meu marido morreu, não tenho nada, Barbara. Papai e a mamãe não me receberam! — Verônica disse desesperada.
Ela veio ao meu encontro, abracei minha irmã e encarei os olhos frios e sem expressão de Victor.
Alguma coisa está errada.
— Como ele morreu?
— Defendendo a máfia, Barbara. — victor respondeu com diversão. — Sua irmã não tem mais importância para seus pais, e o marido não deixou nada para ela.
— Barbara, deixe ela ficar conosco. Essa casa é nossa, não é? — o lembrei.
— Ela vai ficar. — respondeu me surpreendendo. — Mas não estou fazendo isso por caridade. Verônica vai ficar nessa casa, mas é melhor você me obedecer em tudo ou sua irmã pode virar minha prostituta particular. — revelou com seu olhar perturbador.
Sentindo desespero da Verônica com a ameaça.
— Você não vai encostar nela. — afirmei. — Sou sua para o que você quiser fazer, não precisa ameaçar minha irmã.
— Verônica, pode ir. Nossa governanta, Amber vai te levar para um quarto de hóspedes, depois Alana irá até você. — mandou olhando para mim.
Verônica saiu atordoada do escritório dele, perder o marido e não ter para onde ir.
Isso foi o que Victor precisava para me atormentar.
No passado ele havia ameaçado ela, mas agora sua ameaça é mil vezes pior.
— O que quer falar comigo? — perguntei intrigada.
Ele se serviu de whisky, sentei no sofá do enorme escritório.
— Vou apresentá-la para o capo, Javier Lucchese, hoje. — anunciou ganhando ainda mais minha atenção.
— Javier?
— O que tem? — perguntou rapidamente.
— O nome é interessante, nunca ouvi falar, antes você não compartilhava nada comigo. — expliquei.
— Javier é o nome que a vagabunda mexicana escolheu, a mulher que pariu ele. — sua voz é puro veneno. — O pai dele me criou, eu poderia ser o capo, mas voltando ao assunto, fale para a sua irmã se arrumar, não quero que ela apareça como uma mendiga de merda.
— Achei que você mandaria esse recado para mim. — ri irônica.
— Você sabe se arrumar, mas é apenas para mim. Saia, faça o que eu mandei, Barbara.
Sai do escritório dele com uma certeza, ele tem inveja do capo e não disfarça para mim, pelo menos.

Princesa da máfia💌 (babictor) 1TemporadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora