Me marca, sou todo seu Parte I

Capítulo 2

Meus pensamentos são interrompidos pelo som da campainha. Deve ser Peter. Me levanto para recebê-lo. 

-Meus Deus Katherine. O namorado é  meu, será  que posso ter a honra de ser a primeira a ganhar um beijo?

Falo isso quando ela me ultrapassa a caminho da porta, e...Ela é  quem abre a porta. E obviamente ganha um beijo de Peter antes mesmo que ele entre em casa. 
Ele me olha e nota um bico em meu rosto.

-O que houve?

-Essa garota intrometida.
Falo com aspereza. 

-Peter, a Lara Jean tem ciúmes de mim. Você  acredita? Fala pra ela que eu sou sua Garota Song preferida.

-Ela é  a minha Garota Song preferida.- ele me diz sorrindo.

Me viro de costas e sigo para a sala. Peter me abraça por trás, enquanto caminhamos até  o sofá.

-Porque você  é  a minha Covey. 
Eu sorrio. Não dá  pra ficar séria  com esses dois. 

Nos sentamos na sala de estar e repassamos para Peter como foi o casamento. Ele ficou muito triste em não ter comparecido, afinal ajudou na Despedida de Solteiro do meu pai. Kitty contava tudo em detalhes, empolgada como se estivesse vivendo cada momento outra vez. Vimos algumas fotos e adentramos a tarde conversando amenidades.  Ninguém se interessou em jogar nada. Fiz várias tentativas, mas não  consegui convencer ninguém.  Nem mesmo a mim na verdade. Parecia que estávamos de ressaca. Podia ser, ressaca pós festa. Peter era o único com energia. Animado e falante. De repente ele dá  um salto e diz que gostaria de comer panquecas.

-Jura? Eu não quero ir pra cozinha fazer panqueca.
respondo desanimada.

-Tudo bem. Vamos no Corner.

-O que aconteceu com o quero ficar perto, muito perto?
sussurro no ouvido dele para que apenas ele possa ouvir.

-Eu estou aqui há mais de 2h e ainda não consegui  ficar perto, muito perto de você. Então, vamos dar uma volta!

-Ok!
Aviso a Margot e Kitty que vamos na cafeteira. A caçula pula empolgada, olha pra mim e pergunta se  pode ir também. Ela consegue me tirar do sério muitas vezes, é  abusada e rancorosa. Mas é  a minha caçulinha. Eu já estou pronta para ceder, quando Peter intervém:

-Kitty, Kitty. O que você acha de escolher um filme desses bem brega e velho que você  e sua irmã gostam? Você faz a pipoca e eu vou buscar uns donuts.- ela olha pra Peter pensativa.

-Donuts nem combina com pipoca  e filme.- ela olha de mim para Peter, de Peter para mim. 

-Vocês querem ficar sozinhos, né? 

-Bingo! Essa é  a minha garota.

-Tá bom. Mas eu quero os donuts. Mesmo não combinando com pipoca.

Margot permanece na sala, imóvel e alheia a tudo, entretida no celular.

-Margot? Estamos indo. Quer que traga algo para você?

-Uhm?- ela pergunta aérea, nossa, em que planeta ela estava?

-Eu e Peter vamos ao Corner. Quer que traga algo pra você?

-Não.  Não. Obrigada

-Tchau, tchau Peter diz fechando a porta atrás de mim.

Quando chegamos ao Corner, nada novo. A mesma garçonete e os mesmos pedidos. Sentamos lado a lado.  Peter se aproxima de mim, e começa  a brincar com os meus cabelos. Ele tenta se aproximar, eu desvio um pouco. Ele me olha implorando um beijo, lhe dou um selinho rápido  e espero que  se dê  por satisfeito. Ainda não me sinto à vontade para trocar carinho  em público. Ele respira  fundo e volta para sua cadeira.
Joan se aproxima sem nossos pedidos. 
Se dirige a Peter com um sorriso.