caring only kills love

2.

— Por um segundo, achei que estávamos lidando com algo muito pior e ferrado. Louis deve ter ido para o bar ontem à noite e bebido demais. Jim não deve ter deixado ele ir embora sozinho e bêbado, então ele deve ter dormido por lá, Zayn... Foi isso!

Zayn permaneceu quieto. Ele não gostava de criar suposições e encontrar conforto nelas. Achava que seria pior para sua própria mente, se o que tivesse acontecido, não fosse o que ele havia imaginado. Zayn gostava de ter controle e saber de tudo, mas, em casos assim, preferia manter a calma e esperar antes de tirar conclusões precipitadas.

Eles caminharam até o bar do Jim, onde Louis trabalhava. Ele era realmente perto do prédio que moravam. Apenas 2 quadras depois.

Chegaram ao local com seus corações apertados. Quando abriram a porta e o sininho do bar tocou, quase se assustaram com o fino barulho. Estavam concentrados demais. Preocupados demais. Qualquer mínimo detalhe fora de seus alcances parecia tenebroso. Jim estava atrás do bar, onde sempre ficava. Assim que viu Liam e Zayn, sua expressão também pareceu aliviada.

— Finalmente, tentei ligar para vocês a noite toda!

Bem, eles estavam ocupados demais transando.

— Por quê? — Liam questionou.

— O que houve? — Zayn perguntou.

Jim balançou a cabeça, saindo do balcão e caminhando na direção do casal.

— Venham comigo.

Eles seguiram Jim até o fim do bar, onde Louis estava completamente apagado, deitado no sofá.

— Deus, ele ficou bêbado, foi só isso! — Zayn cuspiu, sentindo o peso nos seus ombros ficar mais leve.

— Eu disse... — Liam segurou sua mão.

Jim virou na direção dos dois, no entanto. Sua expressão brava. Ele apontou para Louis, diminuindo o volume de sua voz, mesmo que sentisse uma vontade absurda de gritar tudo aquilo.

— Nunca, em todos os 5 anos que esse ômega trabalha comigo, ele fez algo assim. Sim, ele apenas ficou bêbado, mas não foi algo normal. Não foi um bebendo para se divertir e relaxar um pouco. Ele passou a noite pedindo bebidas sem parar até literalmente desmaiar em cima da mesa. Eu não consegui acorda-lo de jeito nenhum, nem água no rosto funcionou. — Jim suspirou. — Sabe, ele me pediu férias na semana passada, eu não queria dar porque ele é um dos melhores funcionários e eu não queria perde-lo nessa época movimentada. Mas fico feliz que dei, porque Louis precisa desse tempo. Isso não parece normal para um ômega. Nem só uma bebedeira como outra qualquer. Preciso dizer que ele definitivamente não está bem. Deu em cima de alfas durante horas, antes de desistir e se isolar em um canto do bar. Louis não é assim. Ele foge dos alfas que flertam com ele... Louis é doce, não um ômega atirado. Tem algo errado com ele.

Quando Louis chegou ao bar, Jim realmente estranhou. O ômega não costumava frequenta-lo sozinho fora do horário de trabalho, apenas com seus amigos. Era difícil vê-lo bebendo ou curtindo no bar durante a semana. Ômegas, em geral, dificilmente bebiam muito, o álcool os afetava de uma forma mais intensa que os outros meia-raças.

Quando ômegas queriam beber, precisavam estar acompanhados por amigos ou seus parceiros. O álcool tornava os ômegas muito suscetíveis. Eles poderiam ser violados ou desrespeitados por outros alfas com facilidade, e não conseguiriam fazer nada contra, pois o álcool sugava sua consciência 10x mais rápido. Claro que isso, infelizmente, também poderia acontecer com eles sóbrios, entretanto, seria um pouco mais difícil. Então quando Louis chegou ao bar desacompanhado e pedindo por bebidas. Jim soube que algo estava errado. As coisas pioraram quando Louis começou a dar em cima de alfas.