capítulo 2💌

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Entrei no quarto pegando o papel e colocando em uma gaveta da minha penteadeira.
Se alguém achar isso, não vou poder chegar perto daquele garoto de novo, muito menos ter um encontro.
— Barbara.
Verônica, minha irmã adentrou o quarto em um vestido vermelho longo, os cabelos escuros preso em um rabo de cavalo, maquiagem leve e saltos vermelho combinando com o vestido.
— Verônica, quem é que vem? Mamãe faltou me bater por pedir para trazer uma amiga.
— Eu te falei que não é para tentar trazer ninguém. Alana, não podemos trazer pessoas para o nosso lado, podemos colocar todas em risco. — alertou séria.
— Não quero ficar trancada e afastando todo mundo que eu gosto por causa dos nossos pais e suas escolhas. — a encarei irritada. — Minha amiga só queria vir aqui.
— Eu sei, mas você sabe como temos que seguir tudo o que papai diz.
Melhor se arrumar, não estou conseguindo ficar calma, algo me diz que essa noite vamos ter que lidar com algo maior.
— Credo! Espero que a noite passe rápido, quero dormir e tentar esquecer o dia de hoje.
Minha irmã e eu descemos juntas vendo a governanta arrumando os talheres na enorme mesa de jantar.
Olhei para meu visual, deixei meus cabelo loiro solto, passei apenas uma base e rímel, um brilho labial para não ficar sem nada na boca.
Coloquei um vestido vermelho igual da minha irmã, por ordem da minha mãe.
Com o decote v meus seios ficaram em destaque para meu desespero.
— Estou me sentindo exposta.
— O melhor para nós duas e não falar, apenas o necessário. Passar despercebidas é nossa melhor opção, Barbara. — Verônica avisou baixinho.
Ouvimos barulho de saltos.
Mamãe apareceu no corredor olhando para nos duas com desconfiança.
— O que tanto minhas filhas estão comentando? Digam! — exigiu séria.
— Esse vestido é ousado. — reclamei.
— Mas você vai usar e cale sua boca, nosso convidado está chegando. — avisou com seus olhos azuis perigosos em cima de mim.
— O que vai ser tratado, mamãe? — Verônica perguntou.
Olhei para minha mãe.
Ela sorriu.
— Entre victor, minhas mulheres estão esperando por nós. — ouvimos a voz grossa do nosso pai.
Olhei sem entender nada para Verônica, ela olhou de volta para mim com um olhar tenso.
Passos firmes se aproximaram, nosso pai, Augusto Carter e seu convidado victor.
O homem é alto como meu pai, olhos verdes que não tem expressão nenhuma, cabelo castanho claro.
O que chamou atenção foi o olhar descarado dele para minha mãe, Verônica e logo depois em mim.
Analisando como se fosse comprar uma de nós e levar embora.
— victor é uma honra recebê-lo em nossa casa, bem vindo, essas são nossas filhas. Verônica é a mais velha, tem dezenove anos e a caçula, Barbara com dezessete anos. — o cumprimentou com um beijo rápido na bochecha e apontou suas filhas.
— Prazer, senhor. — dissemos juntas.
Ele ignorou e encarou meu pai com um sorriso que não chegou aos olhos.
— Suas filhas são o que muitas famílias querem entregar para negócios, Augusto, parabéns.
O sorriso do meu pai cresceu.
Engoli em seco.
— Genevieve e eu fomos abençoados com duas lindas garotas. Bom, vamos se sentar para o jantar.
Tratei de pegar um lugar distante e Verônica fez o mesmo, deixando os três perto um do outro para tratar sobre esse assunto misterioso.
Assunto o qual não quero saber mais.
— Sua irmã se casou recentemente com um soldado. — mamãe comentou olhando para ele. — Achei que o subchefe teria ciúmes.
Ele não riu.
— Ela não estava cooperando comigo, o marido vai mostrar que sem o meu dinheiro para pagar os gastos fúteis, minha irmã não é nada.
Arregalei os olhos.
Fiquei de pé.
— Mamãe, posso ir ao banheiro? — perguntei esperançosa de fugir.
— Não, sente-se.
Me sentei sentindo um frio na barriga.
— Impaciente, defeito do pai ou da mãe? — victor me encarou com uma sobrancelha grossa erguida.
— Acho que é um defeito meu. — papa respondeu por mim. — Bom, reuni minhas duas filhas nessa noite para um anúncio. Verônica, o dia de se casar, finalmente chegou, filha. — anunciou em um tom frio.
Verônica ficou pálida.
— Ca.. casar? — perguntou assutada.
Entendo o medo dela.
Ele deve aparentar ter tinta anos, além de ser fechado e com olhos que transmitem maldade.
— Surpresa, filha! — mamãe sorriu. — Está com dezenove anos e Julian é subchefe, precisa de uma mulher para estar ao seu lado. — explicou.
Respirei aliviada por não ter chegado nessa idade, ainda tenho dezessete.
— A caçula, não tem nenhum pretendente? — Victor perguntou acabando com meu alívio.
Fiquei tensa.
Quase derrubei água quando fui beber um pouco.
— Não. — papai disse rapidamente. — É nova ainda.
Encarei os olhos da minha mãe e ela piscou surpresa olhando para o marido e o convidado.
Ousei olhar para victor.
Ele não tirou os olhos de mim.
— Mudei de ideia, Augusto. Quero a caçula.

Princesa da máfia💌 (babictor) 1TemporadaWhere stories live. Discover now