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Deitado no sofá eu acariciava os pequenos cortes em minhas mãos, vez ou outra desviando o olhar a um Dutch quieto, sentado na porta da cozinha, fitando-me como se me pedisse desculpas por aquele estrago. Meus joelhos não doíam mais e tudo pareceu apenas uma grande trapalhada minha, afinal, nosso cachorro conhecia o jardim e o que havia além dele muito melhor do que qualquer outro alguém naquela casa.
— Mamãe está atrasada hoje — Kihyun apareceu de repente, sentando-se no outro sofá. Sua observação não me parecia nada boa e eu esperava que o telefone não tocasse tão cedo, pois toda vez que o som dele ecoava pela casa, notícias ruins eram distribuídas. — Está melhor?
Ele me perguntava isso todos os dias, mas naquele começo de tarde eu estava realmente me sentindo diferente.
— Finalmente o mau tempo deu uma trégua — respondi e ele inconscientemente olhou pela janela. — Eu sei que você prefere quando está nublado, mas...
— A gente precisa do sol às vezes — ele completou e riu, esticando-se para pegar o controle remoto sobre a mesa. Ligou a televisão e começou a mudar os canais, a procura de algo interessante para assistir. — Jooheon andou perguntando sobre você também.
— Ah, é? E como vocês estão?
Incerto sobre fazer esta pergunta, acabei quase me levantando e pensando em uma maneira de mudar de assunto quando a deixei escapar, mas meu irmão soltou mais um riso, indicando que eu não deveria me preocupar com isso.
— A gente brigou, mas agora está tudo bem — ele respondeu, dando de ombros. — É o tipo de coisa que tem que acontecer de vez em quando...
— O quê? Trocar uns socos? — eu brinquei e ele mordeu o lábio.
— É... — resmungou. — Qualquer coisa que ajude a clarear as ideias, você sabe, quando se briga com alguém, a pessoa acaba não saindo da sua cabeça.
Imaginei se ele teria pensado sobre a nossa discussão e de repente soube que estava feliz por ele ter dito todas aquelas coisas a mim. Acima disso, estava feliz por ele ter ficado e desistido de tentar se afastar dos problemas quando podia enfrentá-los facilmente. Encarei-o por um tempo e ele abandonou o controle, indicando o lugar ao seu lado.
— Minhyuk me mandou uma mensagem perguntando sobre você — Kihyun disse quando me sentei junto dele. — Acho que ele não acredita quando te liga e você diz que está tudo okay.
— E o que você respondeu? — eu perguntei, curioso.
— Que podia confiar no tom da sua voz, pois já faz um tempo que você não chora.
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Levei uma semana inteira para chegar às palavras finais do livro de minha tia e foi impossível controlar as minhas lágrimas diante da história criada por ela. Enredos envolvendo a morte de um dos personagens principais, principalmente romances, sempre me deixavam triste quando meus olhos encontravam aquele ponto final.
Ainda estava com o livro sobre o colo, fechado e com a capa virada para baixo, limpando meu rosto com a manga de minha blusa, quando alguém bateu na porta com cuidado. Me virei para ver quem era e me deparei com Minhyuk e seus olhos repentinamente assustados.
— O que aconteceu? — ele perguntou de imediato, fechando a porta atrás de si e aproximou-se, certamente referindo-se ao fato de eu estar chorando.
— Não é nada, foi o livro — eu indiquei e ele pareceu aliviado.
— Seu irmão me disse que estava tudo bem e de repente eu te encontro nesse estado — ele reclamou. — Eu tomei um susto.
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What Is Love - MX ver. | HyungKyun
FanfictionChangkyun descobriu muitas coisas sobre Hyungwon depois que ele se mudou para a casa de sua família: era um bom menino, desenhava como ninguém e podia salvar as pessoas, literalmente. [HyungKyun] • esta fanfic é uma adaptação de outra história minh...