Segurei o copo então com as duas mãos e bebi a água com calma, eu não podia ter uma crise agora, eu não deveria. Me sentei então no sofá e encarei a lareira que me esquentava, sem nem ao menos piscar fiquei preso a ela. Era como se a as imagens do pesadelo se repetissem em minha mão, e meu corpo se arrepiasse por inteiro, de medo. Minha atenção então é chamada por alguém chamando por meu nome, John.

— Hanna...Ta fazendo o que ai? - Diz coçando os olhos.

— Eu...Só to bebendo um pouco de água, nada demais. - Tentei parecer tranquila, forçando um sorriso.

— Volta pra cama... - Disse de forma sonolenta, se virando para o outro lado.

— E....Eu já vou...! - Falei com a voz trêmula, vacilando em minha tentativa.

No mesmo instante John se virou para mim de volta e se sentou na cama, me encarando fixamente com seu olhar preocupado. Desviei o olhar do mesmo e voltei a olhar para a lareira, de canto pude ver o Shelby se levantar com pressa e vir até mim, se ajoelhando em minha frente.

— Ei, Hanna, o que foi? - Tentou fazer eu olhar em seus olhos.

Permaneci calada e encarei minhas mãos que seguravam o copo d'água, eu estava tremendo e isso fazia com que a água também se mexesse sem parar.

— Fala comigo meu amor... - Coloco suas mãos quentes por cima das minhas.

— Eu to bem! É, apesar de não conseguir dormir, do nervosismo, do constante medo aterrorizador de alguma coisa acontecer. - Falei deixando algumas lágrimas caírem, olhando para pontos aleatórios. - Mas não é só medo, sabe. É como um ataco de pânico, eu não consigo nem respirar.

— Como um afogamento... - John pensa em voz alta.

— É... - Balanço a cabeça positivamente.

— Hanna olha pra mim. - John pede com calma. - Por favor.

Ele pede com calma e paciência, mas eu podia sentir a preocupação e medo na sua voz. O toque quente de suas mãos fizeram com que a tremedeira fosse embora, como se o calor de seu corpo fosse o bastante para mim. Olhei então pada o Shelby que me encarava com seus olhos azuis preocupados.

— Nada mais vai acontecer com você, eu prometo! Eu entendo que esteja com medo, mas você não vai precisar se sentir assim de novo. - Diz segurando em minhas mãos. - Porque eu não vou morrer, Hanna. Eu não vou te trair, e não vou te abandonar também.

— Você foi a melhor coisa que me aconteceu John... - Falei abrindo um sorriso, com os olhos cheios de lágrimas.

— Com você eu sou um homem melhor, você me faz querer ser melhor, me faz querer ser bom. E eu acho que eu posso, com você. Então eu nunca vou a lugar nenhum sem você. - Colocou uma de suas mãos no meu rosto e o acariciou. - E você pode parar de se esconder, e se quiser sentir medo, tudo bem. Mas sinta medo ao meu lado.

Me senti nas nuvens ouvindo sua voz, toda aquela sensação foi embora e tudo o que eu sentia era paz e segurança. Olhei continuava a me encarar com aquele olhar genuíno e preocupado, e eu analisava cada detalhe de seu rosto. Eu o amava tanto que poderia morrer, ele me tinha por completo.

Naquele momento eu tive a total certeza, era o homem a minha frente que eu queria que fosse o pai dos meus filhos. O puxei para cima, o trazendo até mim e com as duas mãos em seu rosto o beijei delicadamente, sento retribuída.

Meu Eterno Shelby Where stories live. Discover now