Pedido de socorro

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Notas: Eu e minha péssima criatividade para nomear os capítulos <3 pqp mas enfim, passei essa madrugada escrevendo e por fim acabei escrevendo 23 páginas. Pro cap não ficar muito longo eu o dividi.

*alerta gatilho, depressão, agressão, etc etc etc*
Boa leitura à todos e o hate é gratuito... podem lançar o Sam merece :)

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POV EMILY

Estou a meia hora dentro do carro, em frente ao aeroporto, aguardando Sam chegar. Já vieram dois guardas pedindo pra eu me retirar, estou quase recebendo uma multa por conta do atraso dele.

Aqui, sozinha, fico refletindo sobre toda minha conversa com Vinnie, mais especificamente o que ela disse sobre o Sam. Estou apreensiva com o que Samuel quer falar comigo, e consciente de que haverá mais uma briga quando chegarmos em casa.

Ai Deus, eu não estou preparada. Será que o Senhor poderia, por favor, ouvir pelo menos essa oração e me mandar um mal súbito pra eu cair dura aqui agora? Não? Tá bom então... Eu sei que o Senhor não gosta muito de mim, não ia me querer aí no paraíso mesmo.

Em meio aos meus devaneios, pego meu celular e penso em mandar uma mensagem pra Susan, mas hesito logo em seguida. Essa insegurança e essas dúvidas ainda vão me fazer colapsar, eu juro. Desbloqueio o celular e abro nossa foto, a que Vinnie postou no instagram, e fico observando por alguns minutos quando ouço batidas na janela do carro. Sam havia chegado.

- Poxa, você demorou! – falei – Como foi a viagem?

- Normal, vamos logo. – Samuel fala olhando pra frente, ao entrar no carro.

Percebi que ele não estava querendo conversar e comecei a dirigir. Não houve assunto durante o caminho, o silencio era ensurdecedor. Eu sabia que ele estava com raiva, sabia que queria discutir, mas fiquei na minha. De repente Samuel liga o rádio do carro e aumenta o volume.

- Sam, abaixa isso! – falei diminuindo o volume, mas ele segurou meu pulso com força, afastando minha mão do rádio. – Ai! Você quer quebrar meu pulso? – reclamei.

- Emily dirige em silêncio, por gentileza, em casa a gente conversa. – Samuel falou olhando pra frente.

Conversar ou brigar? Acho que ele se referiu à segunda opção.

Chegamos em casa e Samuel não falou comigo. Foi direto para o bar que fica mais ao fundo da sala de estar e encheu um copo. Ele ficou ali em silêncio, bebendo e eu preferi subir pro meu quarto.

- Emily volta! – Samuel falou ao me ver saindo da sala.

- Você não quer descansar? – perguntei tentando evitar uma briga, eu o conheço e pra falar a verdade eu estava com medo.

Samuel não me respondeu, pegou o celular do bolso e caminhou até a mim, em silêncio, mexendo no aparelho. Eu fiquei ali, parada aguardando ele dizer o que queria. Estava tensa, obviamente, e minha respiração ofegante. Ao se aproximar, Samuel repousou o copo em cima do móvel ao meu lado e ainda o segurando ele soltou uma risada.

Em uma fração de segundo ele soltou o copo e, como um raio, sua mão atingiu meu rosto com tanta força que me fez cair no chão, mas imediatamente ele me puxou pelos cabelos fazendo com que eu me levantasse e com a outra mão ele aproxima o celular para me mostrar o motivo da sua raiva, literalmente esfregando o aparelho no meu rosto.

- Vai me dizer que porra é essa aqui sua vagabunda!? – ele grita com o rosto colado ao meu. Eu não consegui olhar pra tela do celular.

- Samuel me solta – implorei já aos prantos, pelo medo e agora pela dor que estava sentindo – você está me machucando, Samuel me solta! – ele me empurra contra o chão e eu caio novamente.

EmiSue - Armadilhas do coração Onde as histórias ganham vida. Descobre agora