— Acho que no Japão não tem esses tipos de pizzas.

   — Então faça uma.

   — S/N, eu não sei fazer pizzas.

   — Oikawa, eu estou morrendo de fome e morrendo de tristeza, uma pizza de salada de frutas iria consertar meu coração quebrado.

   — Escolha uma pizza com sabor bom pelo menos.

   Ele disse por entre o riso, você revirou os olhos levemente irritada, suspirou pesadamente, deu de ombros.

   — Eu vou começar a chorar novamente, Oikawa, arrume minha pizza.

   — Você tem quantos anos, cinco? 

   — Oikawa Tooru!

   — Por deus, está bem, calma! Vou arrumar a sua maldita pizza de salada de frutas — ele disse de maneira mau humorada, lhe soltou devagar correndo os olhos castanhos até você, sorriu fraco —, mas primeiro eu quero te mostrar uma coisa, venha até a sala.

   Ele murmurou lhe arrastando para fora da cama contra a sua vontade, lhe guiou para fora do quarto, sentiu suas retinas doerem pela luz artificial do teto, estava prestes a gritar com ele quando seus olhos caíram por duas figuras mais do que conhecidas paradas no meio da sala, malas de viagem ao lado delas, arfou baixinho sentindo sentindo seus olhos marejarem, correu até as duas as abraçando com força.

   — Anna, Had, por deus, por que não avisaram que estavam vindo? 

   Indagou com a voz embargada começando a chorar novamente, a mulher loira riu de maneira suave antes de abraçar seu corpo com mais fora, deixou um beijo forte contra o topo de sua cabeça lhe segurando ali, Hadassah também lhe abraçou de volta.

   — Céus, nós sentimos tanto a sua falta, Anna não parava de falar de você e Orie um segundo sequer!

   A mulher de cabelos cacheados murmurou enquanto afastava seus corpos devagar, você riu baixinho levando as mãos até os olhos secando as lágrimas que se acumulavam ali, Anna revirou os olhos de maneira divertida, cruzou os braços sobre o abdômen.

   — Olha só quem fala, peguei a Hadassah no quarto da Orie cheirando as roupas dela e chorando sem parar falando "Oh, levaram meu bebê embora!". 

   Ela disse com a voz trêmula pelo riso que explodiu alto por sua garganta, você mesma não conseguiu segurar a risada ao ver os ombros de Hadassah tremerem de vergonha, seus olhos caíram sobre a garota de cachos ruivos que brincava no chão juntamente com Kyo, coloriam de maneira concentrada um livro de desenhos gigantesco, vez ou outra conversavam de maneira animada. Respirou fundo, sentiu sua garganta se fechar, queria chorar novamente, não sabia como faria para contar a garota sobre Shoyo, sentia que seu corpo inteiro doía, se fosse possível estaria doente de tristeza, havia sido muita emoção para os últimos dias.

   Deu um passo para o lado tentando andar em direção a garota quando sentiu uma pontada extremamente forte no pé de sua barriga quase que de imediato, caiu de joelhos no chão, sua cabeça voltou a doer quase como se fosse explodir a qualquer segundo, arfou alto sentindo seu corpo inteiro tremer em dor, gritou alto ao sentir outra pontada, Anna correu em sua direção rapidamente se agachando ao seu lado, pousou a mão em seu rosto.

   — Merda, você está queimando em febre, que porra aconteceu? 

   Ela indagou, fez um gesto para que Oikawa se aproximasse de vocês, o homem lhe ajudou a tentar se levantar, sua barriga doía como o inferno, gritou novamente, correu os olhos até Aurora, ela estava de pé lhe encarando de modo assustado, Hadassah correu até a garota a abraçando com força para que ela não visse a cena.

   — A mamãe tá com dor por que eu bati nela? 

   Ela indagou com a voz quebradiça por entre o choro, você sentiu seu coração pesado contra o próprio peito, abriu os lábios para tentar dizer algo mas apenas grunhiu de dor, Hadassah negou com a cabeça rapidamente abraçando a garota mais forte; Anna e Oikawa lhe levaram em direção ao seu quarto, agradecia aos céus por sua melhor amiga ser formada em medicina, mesmo que fosse especializada na área infantil.

   — Melhor nós te levarmos no médico... merda — Oikawa disse enquanto lhe deitava sobre a cama, seu corpo inteiro se tensionou de dor, ele abaixou o olhar para sua perna —, Anna?

   Ele chamou com a voz trêmula, a mulher volteou a atenção até você, arregalou os olhos, não disse nada apenas pegou a própria bolsa saindo quarto rapidamente, Oikawa lhe segurou por entre os próprios braços com facilidade lhe levando para fora do quarto, gemeu de dor, sentiu algo quente correr por toda a sua perna, sua vista estava turva, abaixou o olhar para as próprias coxas a saia do vestido estava levemente levantada, riu baixinho ao ver o que estava ali, não poderia ficar pior.

   Estava sangrando. 

𝐓𝐄 𝐕𝐈 𝐍𝐀 𝐑𝐔𝐀 𝐎𝐍𝐓𝐄𝐌 ; hinata shoyoWhere stories live. Discover now