Em um piscar de olhos - Chaesoo

Quarenta e nove

O sol forte do verão já dava suas caras e exatamente por tal acontecimento que Jisoo estava estirada em sua toalha de banho, enquanto tomava sol. Ela usava seus óculos de sol e um biquíni vermelho. Seus olhos estavam fechados enquanto ela desfrutava da sensação de um domingo tranquilo.

Sua namorada estava na água, brincando de guerra de água com sua mais nova amiga Hyeri. Haviam ido juntas à praia e combinaram com o restante dos amigos de Jisoo, que logo estariam ali.

Rosé havia começado a frequentar diversos cursos. Ela estava determinada a realmente começar a escrever livros e não abandonaria seu sonho. Hyeri frequentava as aulas de um desses cursos e assim se conheceram.

A garota era linda, sexy, educada e lésbica. Tinha todos os requisitos para Jisoo poder se remoer de ciúmes.

Mas não acontecia isso.

Pelo contrário, ela confiava na garota. Ela era respeitosa e jamais faltou com respeito a Rosé ou sequer a olhou de forma diferente. A carioca estava bem com isso e por isso não se preocupava em sua namorada estar usando um biquíni preto sexy e estar se divertindo com outra.

-- Amor. -- a loira chamou, se jogando molhada em cima de Jisoo. A maior arfava por ter corrido desde a água até a areia, que é onde a carioca estava.

-- Oi. -- a menor disse, se sentando.

-- A Hye disse que mandou uma cópia dos dois primeiros capítulos que escrevi para uma editora e eles querem que eu mande o material completo em três meses. -- Rosé disse e a coreana sorriu animada.

-- Acha que consegue? -- perguntou e a mineira assentiu, se ajeitando no colo da namorada.-- Estou tão orgulhosa. -- Jisoo disse abraçando o corpo molhado sobre si. -- Me deixa ler? Não acredito que deixou Hyeri ler. -- a coreana disse sorrindo.

-- Sou prioridade no mundo literário, Soo. Aceite. -- A garota disse rindo, se jogando na areia.

-- É sobre um casal que se conhece na prisão. -- Rosé disse. -- Mas as cenas de amor eu faço todas pensando em você. -- ela disse e Jisoo sorriu.

-- Quero ler. -- a coreana disse, deixando um bico dengoso invadir seu rosto.

-- Vou deixar só porque sou muito, muito boazinha, está bem? -- a neozelandesa perguntou e a menor sorriu assentindo.

-- Está mais do que bem. -- Jisoo disse, sentindo a namorada lhe dar um selinho.

-- Mas então, Hye, você viu só que minha namorada está ficando com marquinha do biquíni? -- Rosé perguntou e a outra olhou.

-- Vi, mas sinceramente aquela garota gostosa se aproximando chama mais a minha atenção. -- Ela disse, tendo a atenção presa em alguém.

-- Boa sorte. -- Jisoo disse baixinho ao ver de quem se tratava. -- Ela está conosco e se chama Irene.

-- E aí, doida. -- Jin disse se jogando na areia. -- Cadê as brejas?

-- O Hoseok vai buscar, não vai? -- a coreana pediu piscando os olhinhos e o garoto suspirou.

-- Só se me disser quem que é essa morena linda do seu lado. -- Ele disse sorrindo e Jisoo riu.

-- Desiste, ela não gosta de garotos. -- a carioca avisou e Hoseok negou com a cabeça.

-- Puta merda, eu só conheço mulher casada ou lésbica. Vou virar mulher. -- ele disse indignado. -- Mesmo assim é um prazer, moça. -- Ele disse a ela. -- Vou comprar as cervejas. Lisa e Jennie, vêm comigo porque só tenho duas mãos.

-- Vamos lá, fracote. Não presta para fazer nada sozinho mesmo. -- Lisa disse batendo na bunda do garoto.

-- Estou adorando essa marquinha. -- Rosé sussurrou no ouvido de Jisoo e a menor mordeu o lábio inferior.

-- Em casa eu tiro o biquíni para você ver ela melhor. -- a carioca sussurrou de volta e a maior suspirou

.-- Acabou a praia. É hora de irmos. -- Rosé disse e Jisoo riu alto.

-- Não, senhorita. Saiba esperar. -- a coreana disse e Rosé assentiu desanimada. A menor, de repente, estranhou o fato de Irene estar conversando animadamente com Hyeri, que acabara de conhecer, enquanto Jin estava sentado ao lado de Jisoo quieto. -- Não estavam ficando? -- a menor sussurrou para seu amigo.

-- Não mais. Eu vou me juntar com o Hoseok e nós vamos virar mulher. Vou sair esfregando meus futuros peitos nas caras de todo mundo e vou dar mais que chuchu na cerca.

-- Vocês têm sérios problemas. -- Rosé disse e ele assentiu sorrindo, se deitando na toalha que havia estendido após retirar a camisa.

-- Hey, princesa... -- Jisoo chamou, ganhando a atenção de Rosé para si. -- Seu aniversário é em poucos dias.

-- Sim. Vou ter idade para ir para as baladas com você e beber enquanto a gente se pega no meio da pista de dança. -- a neozelandesa disse enlaçando seus braços pelo pescoço da namorada.

-- Você anda lendo muito livro. -- Jisoo disse e Resé assentiu. -- O que quer ganhar de presente?

-- Pode ser um ursinho chamado Dalgom que seja considerado nosso filho? Ah não, espere! Já tenho esse. -- a maior brincou e logo sorriu. -- Eu não preciso de nada, Chu. Eu já tenho você na minha vida, curso o que eu quero, meu livro tem grandes chances de ser publicado...

-- Mas não tem nada que queira? -- a coreana perguntou e Rosé pensou um pouco.

-- Na verdade tem.

-- O quê?

-- Você na minha vida até ficarmos bem velhinhas. -- a loira disse e Jisoo fitou como o reflexo do sol atingia os olhos verdes.

-- Pois eu também quero isso e se depender de mim vai ser assim mesmo.

-- E dois ou três filhos para eu poder contar histórias igual você fez comigo.

-- Oh, vai roubar minhas histórias? -- Jisoo perguntou fingindo aborrecimento.

-- Não, vou criar as nossas. -- A menor suspirou e abraçou a cintura de sua namorada, apoiando o queixo um pouco acima de seu busto.

-- Amor você me ensinou tantas coisas, sabia? -- a coreana perguntou e Rosé a olhou compenetradamente. -- Aprendi a me conhecer; descobri que apesar de desastrada, consigo lidar com situações que exigem equilíbrio emocional; Aprendi a ser mais paciente; percebi que ter a memória ruim me serviu para confundir os quartos e entrar no vinte e três. -- Jisoo disse rindo ao se lembrar daquilo.

-- Engraçado que você é ruim de memória, mas nunca esqueceu o número do quarto que eu estava. -- a neozelandesa disse brincalhona e a carioca sorriu abertamente.

-- A gente nunca esquece o número do bilhete premiado que tem como recompensa o amor da nossa vida. -- a loira sentiu milhares de flores crescerem em seu interior ao ouvir aquilo

-- Tem razão. -- ela respondeu. -- Eu nunca esqueci da sua voz ecoando na minha cabeça quando eu sequer havia acordado ainda. Talvez os quatorze anos em coma, de alguma forma, foram meu bilhete premiado, porque me fizeram chegar até você. -- Rosé disse e Jisoo sentiu seu coração bater loucamente em seu peito. -- Aliás, te trouxeram até mim.

-- E o que vento nos trouxe ninguém mais leva de volta. -- a coreana disse e Rosé sorriu, sentindo o vento da maresia esvoaçar seus cabelos, mas não importava a bagunça que estivesse por fora, por dentro tudo estava intacto. Era como se o interior de sua alma fosse um museu, completamente dedicado à Kim Jisoo.

[...]
Oi gnt!!! desculpa q demora eu estava muito enrolado com o colégio, mudei de cidade e ainda estava com uns problemas e pessoais mas vou terminar essa fic hj e já começar outra