childhood love. ✓

(12) blue cap.

𖦆˓ 𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 ◗˖ ࣪ ‹ 19

— Certeza que você tá bem? — pergunto mais uma vez para a loira, que estava fazendo carinho no meu cabelo.

Quando acordamos já era tarde, e resolvi dormir aqui, óbvio que com a permissão dela.

Estou entre as suas pernas, com a cabeça apoiada no colo do seu útero, enquanto acariciava suas coxas.

Sua febre já tinha abaixado e ela conseguiu comer pipoca, mas já disse que estava com fome, e isso de uma certa forma me aliviava.

Agora estamos falando sobre os comentários na foto dela.

— Claro que sim Vinnie, já disse que eu não ligo pra isso. — sua fala me aliviou.

— Faz skin care em mim?

— Faço. — ela se levanta, indo até o banheiro, e volta com uma necessaire transparente, onde pelo visto tinha vários produtos.

— Você tem uma farmácia inteira aí? — brinco e ela revira os olhos, mas logo depois ri.

— Senta aí.

Me sento, encostando na sua cabeceira e vejo a garota sentar na beirada da cama.

— Romã ou maracujá? — ela me mostra dois pacotinhos.

— Depende... o que é?

— Máscara.

— Romã. — ela assente, tirando de lá, e logo colocando no meu rosto.

— Fica parado. — assinto e escuto um barulho de foto.

Arregalo os olhos e ela gargalha.

— Ridícula. — murmuro e ela ri ainda mais, logo tirando aquela coisa do meu rosto. — Que isso? — digo vendo uma espécie de rolinho.

— É um massageador facial, pode usar.

[...]

Vejo a garota sair do banheiro, com uma calça de moletom preta, e um moletom da mesma cor, da purgatory.

— Posso usar seu boné azul? — ela pergunta e eu assinto, vendo ela pegar e colocar.

— Agora esse boné é meu e seu, ficou perfeita. — levanto e deixo em selar em seus lábios ouvindo ela rir fraco.

— Ninguém mais pode usar então! — diz e eu bato continência, como um sinal de afirmação. — Tem certeza que é uma boa ideia você me ensinar a andar de skate?

— É óbvio que é, você está lidando com um ótimo professor.

— Quero ver o ótimo professor quando eu estiver toda ralada no chão.

— Que pessimismo da porra, você não vai cair, loira. — afirmo, passo meu braço sobre seu ombros e logo saímos do apartamento.

Entramos no meu carro, e ela liga o som logo conectando seu bluetooth.

— Banda morta de novo? — murmuro ouvindo one direction começar a tocar.

— Vinnie eu só não te mando ir se fuder por que eu tenho educação, não chama meus meninos de banda morta de novo se não eu voo na sua cara! — olho assustado pra ela, que me olha mortal ainda.

— Desculpa aí estressadinha. — dou duas batidinhas na sua coxa e a vejo me encarar com tédio.

— you're insecure, don't know what for
you're turning heads when you walk through the do-o-o
don't need make-up to cover up being the way that you are is enou-ou-ough. — ela começa a cantar e eu rio.

— everyone else in the room can see it
everyone else, but you, ooh. — continua. — Canta comigo por favor — ela faz beicinho e eu faço também, vendo ela bater palmas.

— baby, you light up my world like nobody else
the way that you flip your hair gets me overwhelmed. — abro a janela sentindo o vento bater em meu rosto, e ver seus cabelos loiros voarem, fazendo ela sorrir mais largo ainda.

Porra de garota perfeita.

— but when you smile at the ground, it ain't hard to tell
you don't know, oh-oh
you don't know you're beautiful... — nossas vozes juntas ecoam pelo carro.

Seus olhos claros penetram as ruas a nossa frente, e seu corpo de mexe animadamente, porém desajeitado por estar sentada.

I don't know why you're being shy
and turn away when I look into your eye-eye-eyes...

Olho pra ela, que também olha pra mim, mas rapidamente desvia o olhar, envergonhada. bingo!

— Idiota. — ela murmura e eu rio.

hmm, tá tudo tão bem.... acho que uma merdinha seria legal né?