Primeiro Arco - A doce Sensação de ser Adorada pelos amigos

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— Eu não posso te chamar de Malu, se eu pensar que você é uma garota, vou querer te paquerar e se eu fizer isso vou ganhar um soco no meio da cara. Tô ótimo. Man. – Disse sorrindo sacana, dou de ombros e arqueando minhas sobrancelhas e novamente me vi indo e voltando do freezer.

— Você está certo Duka. Até eu tento imaginar que ela é um garoto, imagina só se eu pensasse que minha subordinada fosse apenas uma garota. Seria uma negação !! – a voz grossa, grave e cheia de riso do Carlos me fez arquear as sobrancelhas e inclinar o rosto na direção dele, estava prestes a falar toda a minha opinião e fazer ele enfiar as palavras dele no meio do cu. Mas Duka já sabia da minha reação então ele foi mais rápido em me jogar outra peça enorme de carne.

— Bom as roupas que ela veste facilita a pensar que é um cara – meus olhos se fixaram, cerrados, em Duka. Ele fazia uma careta como pedido de desculpas e rapidamente corri ate o freezer, voltando em questão de segundos com fogo correndo pelas minhas veias. 

— AHA! Um grande pau enfiado em seus cus de merda, bando de otario do caralho. A mamãe aqui é incrivelmente melhor que todos vocês em qualquer sentido, então não ousem diminuir o meu gênero. – O riso alto e grosso de Carlos me fez rosnar e apertar os meus olhos na sua direção, sua mão gigante e calejada bagunçou os meus cabelos arrumados, enquanto o caminhoneiro ria cheio de diversão. Revirei os meus olhos e Duka joga mais um pedaço de carne na minha direção, faço um pouco mais de esforço e apoio a peça em um lado do corpo, levantando o dedo do meio para todos. – no dia em que achar um cara melhor do que eu em qualquer coisa que eu faça, eu aceito trabalhar por ele e dar toda a porra do meu salário. Senhor Carlos. - tanto o meu chefe quanto o caminhoneiro calaram a boca. Duka soltou um berro, socando o ar enquanto ria e batia palmas.

- ESSA É A MINHA GAROTA!! – berrava o Duka com um riso divertido contagiando os dois mais velhos. Revirei os meus olhos e continuei com o meu trabalho resmungando internamente.

Eu sabia que era uma brincadeira, mas ainda assim, me incomodava. odiava essa merda de machismo mesmo que fosse apenas humor negro. que foda essa coisa de sexo frágil. eu não sou frágil. sou forte, sei me defender e ainda sei usar arma de fogo. deixe alguém vir tentar me provocar pra eles verem do que sou capaz. 

A maioria da noite passa assim, com o Duka me ajudando, o Chefe fazendo piadinhas, dessa vez sem citar nada relacionado ao meu gênero, com o caminhoneiro tomando café, e eu cortando carne ouvindo as piadinhas deles, depois de um tempo com o Carlos tentando me fazer rir, eu finalmente acabei rindo de suas piadas

Voltei pra casa doze e meia da madrugada, e por ser literalmente ao lado do meu AP, não demorei mais de quinze minutos para me arrumar e descer novamente para o meu segundo trabalho. Já estava trancando a porta do Ap e sentando em minha pequena bicicleta preta, ela era um pouco desproporcional para o meu tamanho mas eu não me incomodava por isso.

—HEY MINHA LUA!! – a voz dela me fez sorrir instantaneamente, obviamente eu tinha muitas amigas, e ao todo umas quatro melhores amigas, e ela seria a minha segunda melhor amiga. A primeira foi a Lua obvio, pois a conheci literalmente depois de ser acolhida pelo Carlos. Já a Lucy foi quando eu comecei a trabalhar no açougue, afinal ela mora aqui a mais de quatro anos.

Maria Lucia era o seu nome, felizmente ou infelizmente, ela havia conseguido alugar um dos kit net do quarto andar do apartamento. Logo depois de ser expulsa de sua casa, obviamente nossas historias são tão parecidas quanto os nossos nomes. Mas como eu sou a Luísa e ela é a Lucia. O trabalho que ela conseguiu foi bem diferente do meu.

— Iae minha cópia !! – Sorri acenando para ela, com a garota retribuindo o meu sorriso e aceno. o mais engraçado disso tudo, é que fora nosso nome, apelido e experiência em ser chutada de casa, Maria Lucia tinha a aparência completamente diferente da minha. seus cabelos eram quase que dourados e cheios de ondulações perfeitas, seus lábios eram diferentes dos meus, e o seu sorriso tinha uma pegada mais charmosa do que sexy, o que é o meu caso. não podemos esquecer do fato de que os olhos da garota eram azuis bem escuro, já os meus eram verdes cristalinos. colocadas de lado a lado, nunca na vida alguém diria que éramos parecidas.   - Folgou hoje linda ? – Pergunto concertando meu gorro no cabelo, terminando de amarrar o meio dele como de costume. meu cabelo é bem grande e liso então sempre me causa certo desconforto andar de bicicleta ou de skate com ele solto. quase que cai diversas vezes por ele entrar na frente da minha visão. 

— Não.. cliente veio aqui em casa – Deu um sorriso sem graça – Vem aqui quando chegar pra gente comer uma pizza !! Por minha conta minha lua ! – Mandou beijo toda carinhosa, sorri divertida e acenei dando um legal.

— Positivo !! Até então meu sol !!! Boa noite – Pisco para ela vendo ela sorrir toda boba, começo a pedalar saindo da minha rua, acelerado minhas pedaladas e entro na quadra do barzinho, continuo pedalando ate estar no fundo do bar, tranco o quadro e o pneu da bike num poste e entro pelos fundos com certa pressa. cumprimento os meus colegas do trabalho e tiro meu casaco, vestindo o avental de garçom, dou um aceno de mão para o gerente que sorri e vou servir os clientes.

Passei mais uma madrugada servindo bebidas para alcoólatras pois a maioria das pessoas que ficavam desde as uma ate as três da manha bebendo no nosso bar, eram viciados de carteirinha, botando idiotas para fora do bar, parando algumas brigas, sendo confundida e chamada de garçom o que gera uma grande ceninha de vergonha alheia para as pessoas e claro, serve também para flertar com as garotas, coisa que nunca perdeu a graça, ver as reações delas, algumas jovens da minha idade ou mais velhas ate mesmo retribuíam o flerte. E o que eu mais gostava além de ficar com garotas, era ficar com as mais velhas.

Quando meu turno acaba as três e meia da manha, ajudo os meus colegas do trabalho a fechar o bar/pub e volto para casa arrastando a bicicleta enquanto dividia uma garrafa de vodka com dois colegas de trabalho.

— Então sapa, como foi seu dia hoje ? - Perguntou a Jessie pegando a garrafa de vodka da minha mão e bebendo um gole. Ela e seu irmão são os que eu mais criei vinculo no bar. Obvio que tem outros que trabalham no mesmo, mas eles dois se deram bem comigo logo de cara.

— Bom.. eu tive prova. E foi uma merda, conheci uma novata gostosa que parece ter curiosidade sobre o meu mundo colorido, e chapei a tarde toda. Ata cheguei atrasada no açougue também – Faço um resumo do meu dia pegando a garrafa de volta e dando um gole, Jessie me olhou risonha e negou com a cabeça enquanto o seu irmão gargalhava divertido.

— Mas a mina já tá na tua ?? Mano o que você tem?? Mel ?? – Comentou o Bob rindo, sempre fiz piada com o seu nome mas eu adorava esse garoto.

— Fazer o que meu querido, as garotas me adoram – bato em meu próprio peito, toda convencida, afinal é de mim que ele esta falando.

— Nem é egocêntrica. – nego com a cabeça toda risonha e ele me da alguns soquinhos pelos ombros enquanto ria.

- bom, é nossa deixa Malu, ate amanha. – acenei em resposta, não deixando de sorrir enquanto os dois andavam na direção da avenida.

— Até amanhã suas gostosas ! – Grito e saio correndo montando na bicicleta antes que o Bob corra atrás de mim pra me bater. Dou um sorrisinho vitorioso ouvindo os gritos e xingamentos histéricos dele enquanto pedalava para longe.

A incrível sensação de ser adorada pelos meus amigos. Oh.. é tão caloroso. 

Nosso Maldito Fluxo - Conto Sáfico -Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ