Kênia
Fogo de escuridão e fogo tempestual, um contra o outro, explosão contra explosão.
Eu cravei minhas garras como uma águia no peito da criatura que rugiu, tentando me atingir com as suas próprias.
Não, não!
Nem a própria mãe pode me derrotar. -eu grunhi.
Afastei o rosto para encarar o amarelo doente de seus olhos amendrontados.
Porque eu estou acima dela.
Eu rugi e minhas presas afundaram no pescoço da criatura, silêncio, apenas o rugido ecoando pelo o campo de batalha, através dos gritos e das lâminas se chocando, mais uma mordida forte, afundando ainda mais e o corpo da besta tomou, as asas caindo, a vida sumindo de seus olhos.
Minhas asas bateram e eu lancei o corpo da criatura abaixo, ela caía com precisão, ele atingiu o chão com um estrondo, caindo diante das rainhas, diante de suas mestras, morto.
Elas encararam pálidas a criatura e eu rugi.
O som de uma lâmina ecoando eu virei meu olhar para encarar meu irmão, bem a tempo de ver a espada de Beron cravar em seu abdômen, ao mesmo tempo que meu irmão se movimentou, cortando a garganta de Beron, o corpo do ex grão-senhor foi ao chão, para em seguida o de meu irmão.
DOMINIC! -rugi um grito.
Eu mergulhei, meu corpo se destransformando, eu atingi o chão com um estrondo que estremeceu o mundo. Até música acima.
Eu atravessei caindo de joelho diante dele, meu irmão puxou a espada de seu corpo com um ofego, largando a lâmina no chão, os olhos azuis sem foco.
— Dominic, Dominic olhe pra mim. -pedi nervosa, o puxando para mim.
— Ei, eu tô bem. -sussurrou.
— Não está não, você não está bem. -sacudi a cabeça, as lágrimas caindo.
— Eu fui corajoso, como você um dia me ensinou. -ele murmurou.
— Dominc. -soluçei.
Azriel e Cassian me encararam de longe, impedindo que os guardas chegassem até nós.
Um relâmpago meu rugiu e eu golpeei todos, o raio transpareceu matando os queriam chegar até nós, os matando.
— Está ficando escuro. -ele sussurou.
— Não, Dominic, fique acordado, fique acordado, fique aqui comigo. -segurei o seu rosto.
— Mas eu estou tão cansado. —ele sussurrou— eu só preciso dormir um pouco mãe, só um pouquinho.
— Não. —soluçei— não pode.
Ele me encarou, os olhos vagos.
— Eu amo você, irmã, mãe. -ele disse baixinho.
— Eu também te amo.... Filho. -balbuciei em meio ao choro.
Eu não o deixaria ir, ele não poderia partir agora.
— Você não vai, Dominic, não pode dormir. -murmurei.
Um sorriso cansado.
— Você é minha heroína, desde sempre...
Ele fechou os seus olhos.
E eu gritei, eu gritava, apenas gritava, não ouvia seu coração bater, não ouvia sua respiração.
Aquele vínculo, aquele laço de irmandade entre nós havia se partido, eu não ouvia mais a sua risada ou as suas provocações, não o ouvia me chamar de baixinha, ele estava morto.
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Corte de Sombras e Trovões
FantasyUma suposta guerra estava por vir, e os grão-senhores mais uma vez teriam de unir suas forças para vencer a nova ameaça que colocaria em risco a paz que haviam conquistado desde a última guerra. E agora eles precisariam de toda a ajuda possível, e e...