Capítulo 45 - Nova Casa Obsessiva

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Eu sugo seus lábios macios e rosados com paixão, mas de forma lenta, somente para depois enfiar minha língua em sua boca quente e receptiva.

Clarisse arfa e eu sinto o calor de seu rosto rubro sobre o meu.

Porra... Eu não... Tenho que me controlar, ela nem deve saber o que um beijo de língua.

Me afasto dela com todo o meu auto controle que eu nem sabia que existia.

- Desculpa. - Peço.

- Não! E-eu... Gostei disso! Isso foi um beijo?

Sorrio, eu gosto da sua inocência.

- Foi sim. Um beijo mais... Íntimo.

- Entendi. - Ela disse passando a ponta do dedo nos lábios. - Eu gostei. Você... Hã... Beija bem.

Claro que eu beijo bem, oras...

Sorrio pra ela e me afasto.

- Você está muito danadinha. - A acuso.

Ela sorri sapeca.

- Eu gosto de você, Thony. - Ela diz simplesmente.

- Eu sei... - Digo me sentindo meio estranho. - Vou providenciar as coisas pra sua alta.

Alta providenciada e Clarisse ficou me esperando até o final do meu plantão para irmos pra minha casa

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Alta providenciada e Clarisse ficou me esperando até o final do meu plantão para irmos pra minha casa.

Como o combinado era apenas eu ficar ali até a recuperação da Clarisse acabar, eu avisei que não retornaria ao hospital, a não ser para trazer a Clarisse para algumas consultas.

Mas continuaria trabalhando no desenvolvimento de remédios e tudo o que mais fosse necessário de casa.

Clarisse parece radiante.

- Está tudo bem? - Pergunto quando entramos no meu carro.

- Claro! Por que não estaria? - Ela diz.

A verdade é que estar em um carro com ela é muito desconfortável. Me trazem lembranças bem ruim e apesar de eu sempre tentar manter meus sentimentos sob controle... Não é tão simples como sempre foi.

Dirijo com um cuidado extra até a minha casa nova.

Comprei uma casa mais afastada da cidade primeiro por que não gosto de vizinhos, segundo por que é perto da praia, achei que ela ia gostar.

- Chegamos. - Digo estacionando na garagem.

- Que bonita a sua casa!! - Ela diz.

- É... Ela é bonita, é recente.

- Você morava em outro lugar?

- Sim.

- Por que veio pra cá?

- Achei que você ia gostar daqui.

- Fez isso por mim? - Perguntou corando.

Eu sorrio pra ela e a conduzo para entrar.

A casa não é grande, ela possui os cômodos necessário, mas é bem luxuosa e linda.

Mostro a casa pra ela e paramos no seu quarto.

- Eu não decorei, mas se quiser podemos ir escolher o que você quiser depois.

- Está perfeito, Thony. Obrigada por tudo! Eu tenho muita sorte de ter você.

Essas palavras mexem com a minha cabeça... Há alguns meses atrás ela me disse que fui a pior coisa que meus pais fizeram... Me doeu tanto que tive vontade de chorar e agora ela diz essas coisas tão facilmente.

Não está sendo tão fácil quanto eu pensava lidar com isso...

- Vou te deixar aqui se acomodando e vou tomar um banho.

Saio sem esperar ela responder e vou direto para o banheiro.

Eu acho que conforme estou ficando velho, estou ficando sentimental.

Que porra!

Suspiro exasperado e tiro minhas roupas e entro no chuveiro.

Tomo um banho quente e relaxante, não preciso tirar minha prótese, ela é a prova d'água.

Me enrolo em uma toalha e saio para o meu quarto, infelizmente não levei roupa.

- Oh meu Deus! Seu pé!!

Eu olho para Clarisse que estava perto do meu quarto. Ela me olhava assustada.

- Isso é uma prótese. Eu perdi meu pé há alguns meses.

Ela me encara e pela sua cara, eu sei que juntou os fatos.

- Você estava no acidente comigo? Você perdeu o pé nesse acidente?

- Sim. Respondi com cautela.

Seus olhos começam a ficar vermelhos.

- Thony... Foi tentando me salvar? - Ela pergunta visivelmente perturbada.

- Clarisse...

- Foi ou não?! - Diz alterada.

- Foi. Ele estava bem ferrado já, mas provavelmente teria salvação se eu não tivesse tentado te salvar e tivesse esperado o  socorro.

- Oh meu Deus!! - Ela inesperadamente corre e me abraça. - Você perdeu seu pé! Perdeu por minha causa!! Oh Thony eu sinto tanto!!

- Não sinta, Clarisse... Não foi uma decisão difícil nem um momento difícil. Eu tenho dinheiro e conhecimento o suficiente pra montar uma prótese muito melhor que meu pé verdadeiro, eu faria isso com meu outro pé, minha perna... Clarisse, eu daria minha vida pra salvar você.

Me dar conta disso foi libertador.

Eu realmente morreria para ela se salvar.

Eu nunca pensei antes o que faria se eu tivesse que escolher entre a vida dela e a minha, qual decisão eu tomaria... Mas a resposta veio naturalmente e tão transparente quanto o mais limpo mar.

Que diabos... O que é que eu estou me tornando por causa dessa garota?

Como é possível uma mesma pessoa despertar o pior e o melhor de alguém?

Amor Obsessivo Where stories live. Discover now