Capítulo 39 - O Trágico Jantar

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Eu estou pouco me fodendo pra esse cara

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Eu estou pouco me fodendo pra esse cara.

Depois de tudo que eu sofri na vida - sendo culpa dele ou não - eu não quero me importar com mais nada. Eu não quero mais sofrer!

Então eu simplesmente decidi não sofrer mais. Simples assim.

Como não sofrer? Não se importando, não sentindo, fazendo o que tem vontade apenas por que tem vontade.

Então dane-se se o bonitão não gosta de como eu estou agora.

O jantar correu extremamente frio, com um clima bem pesado e Anthony com cara de poucos amigos.

Eu acho que toda essa história está indo longe demais, o que ele espera de nós dois?
Que sejamos um casal transante e apaixonado?

Isso é impossível!

Não tem como simplesmente apagar tudo que me aconteceu, tudo que eu vivi e seguir como se as coisas fossem diferentes.

As coisas não são diferente e nunca serão, eu não tenho amnésia e nem gostaria de esquecer tudo o que passei. Eu prefiro ser a mulher que sou hoje do que a garotinha assustada e inocente que eu era.

Eu decidi.

Eu não vou ficar aqui pra jogar esse joguinho dele.

Ele tem um pau delicioso, mas nada que valha esse estresse.

- Clarisse, espero que goste da comida daqui, é excelente.

- Hm. - É só o que digo.

- Por que não me conta o que pretende fazer depois? Você estava cursando gastronomia na faculdade e depois...

- Depois que você me sequestrou, eu parei. - Digo fria.

- Clarisse... Você não está facilitando as coisas. - Alerta frio.

- E por que eu deveria? - Rebato com raiva.

Ele suspira fundo e depois me olha, parece cansado.

Foda-se. Ele escolheu me ter a força e de qualquer jeito, me engula agora.

- Eu gostava mais quando você era aquela criança doce e assustada, desesperada pela minha atenção e afeto. - Disse amargo.

- E eu gostava mais quando você não existia na minha vida, você foi a pior coisa que a mamãe e o papai poderiam ter feito.

O olhar dele pra mim foi indecifrável, mas eu tenho quase certeza que eu o magoei.

Ponto pra mim.

Após o jantar que fora a comida, foi uma bela merda, entramos no carro de volta e seguimos de volta pra casa.

- Então é isso que você quer? Se comportar e agir como uma bela vadia?

- Você esperava o que? Que eu fosse sua princesa? Então deveria ter planejado melhor e não ter me feito passar por tudo que passei. - Rebate com raiva.

- Boa parte do que você passou foi por que fugiu de mim e acabou fodendo tudo. - Diz seco.

- Ah, claro. Agora é crime não querer ficar com alguém forçadamente... Desculpe, não sabia. - Digo ácida.

Ele me lança um olhar mortal.

- Eu vou te colocar trancada de novo até você saber o seu lugar. - Diz rosnando.

Então em um impulso de raiva eu mexo no volante com força a fim de atrapalhar ele.

- Eu não vou ficar trancada porra nenhuma, você não me controla assim, seu puto! - Grito de raiva.

- Ficou louca?! CLARISSE!! - Só consigo ouvir isso antes de olhar para a estrada e ver um caminhão vindo em nossa direção.

Eu lago o volante no susto e Anthony para desviar joga o carro contra o barranco ao lado oposto do caminhão.

O pneu do carro grita enquanto Anthony luta para não nos deixar rolar barranco abaixo.

Mas quando ele está quase conseguindo obter o controle e nos levar de volta a estrada eu tenho uma ideia suicida.

Pego o volante de novo e puxo para o barranco.

- Você está louca!! Prefere matar nós dois do que ficar comigo!? - Ele gritou com os olhos azuis arregalados.

- SIIM! PREFIRO MORRER DO QUE AGUENTAR VOCÊ, SUA PRAGA! - Grito de volta pra ele com toda a minha força e ódio.

Não sei o que deu em mim, mas estou possuída por uma raiva incomum.

Ele é mais forte do que eu e luta para me afastar mas por uma curva, não conseguiu manter o controle completo e capotamos.

Eu me lembro de me sentir como um brinquedo no parque de diversões, fecho os olhos algumas vezes e balanço de um lado para o outro batendo em alguns lugares.

Mas tudo passa muito rápido e eu sou arremessada do carro para fora, mas para o meu azar eu bato com toda força em alguma coisa que chuto ser uma árvore e depois disso, tudo fica escuro e sem som.

"Tomara que eu morra."

Foi a última coisa que eu pensei.

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