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(Capítulo não revisado)


A feira da pequena cidade se estende por oito quarteirões e permite que a equipe se disperse entre as barracas de comerciantes e compradores, escolhendo manter em segredo a missão em que estavam. As barracas continham de tudo; roupas, comida, panelas e até brinquedos pendurados em fios de barbante que giram quando o vento bate e obriga os comerciantes correrem atrás de algumas peças de roupa que voam.

Andrew enfia o boné na cabeça e arruma os cachos na testa, enfiando as mãos nos bolsos do casaco enquanto procurava por roupas que combinassem com o lugar que iria a noite. Ele não sabe exatamente o que esperar, Isaac disse que Sam não quis dar muitas informações porque não confiava em Andrew e sua equipe, o que fazia sentido considerando o fato de que Wilson ainda acreditava que Andrew havia traído ele e toda a organização para se tornar o símbolo da América. Andrew não pensou em se redimir ou se esclarecer, ele prefere que as coisas continuem assim até que consiga um acordo para Bucky e metade dos Vingadores para saírem em liberdade.

Andrew para em frente a uma barraca de roupas, analisando uma jaqueta de couro falso quando uma pessoa tromba com ele e quase o leva para o chão.

– Mierda. – Andrew resmunga em espanhol, erguendo a cabeça para encarar com os olhos furiosos Sam Wilson, que para ao seu lado e encara a jaqueta que Andrew olhava antes. – Por Dios, Wilson.

– Em inglês. – exige. 

Andrew revira os olhos e caminha em direção a outra barraca, percebendo o semblante irritado de Sam, o que significava que entrariam em uma discussão ou receberia um soco no meio de todo mundo. As duas alternativas são terríveis e desagradáveis, Andrew desvia de algumas pessoas e se infiltra dentro de uma barraca abafada.

– Que merda está acontecendo entre você e Barnes, Stark? – Sam pergunta, pairando atrás de Andrew enquanto ele analisava as roupas.

– Eu adoraria saber do que você está falando, Wilson. – Andrew diz, pegando uma jaqueta de couro falso marrom e a considerando para a ocasião. – O que acha, Wilson? Se encaixa bem para o lugar que estamos indo?

Sam o fuzila com os olhos, parecendo prestes a dar um soco em Andrew por todos os meses de mentiras e segredos. Andrew aceitaria facilmente, ele não está disposto a brigar e muito menos a desviar de um ataque desses, Sam poderia acabar com ele sem ao menos cansar.

– Sabe, eu não entendo porque Bucky te protegeu durante todos esses meses, mas, o que quer que você tenha feito, não vai me convencer que você é só uma vítima do plano da SHIELD. – Sam diz, apontando o dedo contra o peito de Andrew. – Você participou das reuniões como se estivesse disposto a ir contra seu pai, como se quisesse impedir que essas crianças fossem para uma luta pela qual não estão preparadas para enfrentar! Mas, no fim, era tudo mentira, não é? No fim, você é igual ao seu pai e só se importa consigo mesmo e no dinheiro que tem a receber. Aquele avião é a prova disso, não pense que fingir que estava surtando vai me enganar, porque eu sei reconhecer um mentiroso quando vejo um! – Sam grita, empurrando Andrew para trás e o movimento o faz bater a cabeça contra um gancho que segurava um sobretudo. O metal atinge com força a nuca de Stark, a ponta afundando na pele, porém ele se recupera rápido e segura a jaqueta contra o corpo esperando por um ataque pior do que um empurrão.

– Você não acreditaria em mim se eu dissesse a verdade. – Andrew murmura, olhando para os próprios pés.

Sam ri em descrença, a raiva dilatando as pupilas de seus olhos e sua mão se fecha como se sua intenção realmente fosse dar um soco em Andrew por todos os meses de glória que ele acredita que recebeu quando Stark assinou o tratado. Andrew não acha que conviver em uma equipe com pouco amor à vida e tecnologia tenha sido a fase de glória de sua vida, embora Sam pareça confiante do contrário.

Lar, doce lar - Bucky BarnesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora