Aniversário da vovó Hacker

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Nesse capítulo, Vinnie terá descendência italiana e o imagines se passará na Itália. 

Aproveitem! 


Não me sinto pronta pra isso. Voltar pra Itália, voltar pra aquela casa, voltar pra todo o cenário que destruiu meu coração. Por mais que pareça uma humilhação eu voltar, passei quatro anos na família Hacker, querendo ou não eles se tornaram minha família e eu a deles, não poderia desapontar a vovó Hacker, ela me ajudou muito nos últimos meses. 

Passo pela esteira e pego minhas bagagens, Maria disse que Vinnie queria vir me buscar, mas eu logo recusei, já vou ter que ficar na mesma casa que ele durante um final de semana todo, preciso aproveitar todo o espaço que eu posso ter sem ele. 

Chamo um Uber e por sorte, ele chegou rápido. Lhe dou o endereço e logo estamos passando pelas ruas familiares do bairro que eu costumava a passear com Vinnie há cinco meses atrás. 

Itália se tornou um gatilho pra mim, porque todos os bons momentos que tive com Vinnie foram aqui, eu conheci ele aqui. Ainda lembro do dia que o vi com seu irmão Reggie, no evento beneficente de sua família. Ele estava de terno preto, os cabelos um tanto bagunçados e sorriso encantador. Logo de cara achei que ele fosse encrenca, e depois o achei atirado, porque deu em cima de mim na cara dura. Nesse mesmo dia não perdemos tempo e fomos nos divertir em um dos quartos. Ainda consigo lembrar do que seu toque causava no meu corpo, as faíscas de desejo e a vontade de querer sempre mais...

- Siamo arrivati! (Chegamos) - saio do meu transe. 

Olho pela janela do carro e vejo a grande casa que um dia foi motivo da minha felicidade. Penso em pedir ao motorista pra voltar pro aeroporto, mas lembro que não posso decepcionar a avó de Vinnie, ela conta com a minha presença. 

- Grazie. (Obrigada) - o motorista entrega minhas malas e sai. 

Fico parada de frente a porta de madeira. Eu toco a campainha ou entro logo? Será que ele está em casa? Sinto um frio na barriga, e decido entrar de uma vez. 

Arrasto minhas malas pela trilha de concreto que leva até a porta da frente, e vejo que seu carro não está aqui. Me sinto aliviada, mas ainda tensa, uma hora eu vou ter que encará-lo. Quando abro a porta, me dou de cara com uma empregada. Não tínhamos empregada. 

- Ah, você deve ser a senhorita Scarlett! Eu sou Josie. - ela sorri e eu retribuo. 

- É um prazer. Eu não sabia que ele tinha uma empregada. - digo observando a casa. 

- E não tem, só estou aqui hoje. Ele queria a casa arrumada, pra quando a senhorita chegasse. 

Ele fez por mim. Meu coração chega a errar as batidas, mas não posso esquecer do que ele fez. 

- Tudo bem... então, vou levar minhas coisas para o quarto de hospedes. - digo. 

Josie me ajuda com as malas e vamos até um dos quartos de hospedes. 

- Sr. Hacker disse que vem buscá-la para o jantar na casa da família dele, às sete. - que droga! Josie sai. 

Tudo bem, vai ficar tudo bem e eu vou me segurar pra não bater nele e descontar toda a raiva e angústia que ainda sinto. Ou me segurar para não me jogar em seus braços e beijá-lo até não poder mais. 

***

Olho no relógio e são seis e cinquenta e cinco. Já estou pronta, completamente nervosa em sair do quarto e vê-lo. Mas preciso mostrar pra ele que estou bem, já se passaram cinco meses e com certeza ele já está recuperado. 

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