To all questions, my answer will always be you

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O menino ficou no orfanato trouxa por 3 meses antes de um dos funcionários perceber que havia demonstrações de magia no menino e o levar para um orfanato bruxo, local onde ele iria receber um acompanhamento melhor sobre sua condição e poderia começar a ser incluído em costumes bruxos que ele levaria para a vida.

Eu não o adotei de primeira. Eu queria que ele confiasse em mim antes, então eu me tornei seu amigo, lhe levando brinquedos e passando o dia com ele para lhe contar histórias e brincar com o pequeno loiro, me divertindo ao perceber o quanto o menino se empolgava com livros, o que me fez querer lhe dar uma biblioteca digna de Hogwarts, uma vontade insana de lhe dar tudo o que pudesse fazer aquele sorriso pequeno ficar em seu rosto para sempre.

Com menos de um mês eu já estava apaixonado por ele e assinando os papéis de adoção provisória, o levando para meu apartamento após comprar mil coisas que eu julgava ser necessário, usando minha experiência com os filhos de Harry para não comprar besteiras de mais.

Foi quando Scorpius já estava estabelecido em minha casa que eu contei para Harry.

Sinceramente, eu havia apenas esquecido. Ele tinha ido para uma missão importante na Rússia e os meninos estavam passando férias na casa de Molly, o que só facilitou para que eu perdesse horas do meu dia em um orfanato e esquecesse completamente que eu tinha uma família da qual eu devia satisfação, mesmo que Harry e eu ainda fossemos apenas namorados na época.

Eu esperava um surto, muitos gritos e um moreno furioso, mas ele apenas se apresentou para Scorpius, dizendo que ele iria se casar comigo então ele podia se sentir confortável para o chamar de pai também, afinal, James e Teddy não tinham receio de o fazer comigo, então podíamos ser uma família que ele podia confiar, começando a contar os absurdos que os irmãos dele faziam e dizendo que não era bom ser tão bagunceiro, se encantando ao ouvir o menino lhe dizer que havia lido tudo sobre as histórias do grande Harry Potter e como ele se sentia honrado por ser recebido em sua família, sendo corrigido por Harry que disse que a honra era toda dele.

E foi assim que aquele dissimulado me pediu em casamento, me entregando um anel semanas depois, dias estes que eu fiquei tão atordoado com aquela confissão espontânea que mal vi os dias passarem.

Claro que eu aceitei, e fiz questão de comprar bonitas alianças para nós, me sentindo explodir de alegria toda vez que olhava para as mãos de Harry com o aro dourado em seu dedo anelar, percebendo a mesma felicidade no moreno quando via o anel em mim, as crianças adorando a ideia de termos uma casa grande para todos nós e me entregando uma lista de exigências para a casa nova, coisas que incluíam uma piscina e um campo de quadribol.

Um absurdo, eu sei, mas eu os amava mesmo assim.

Nos casamos em uma festa bem pequena, algo íntimo com nossos amigos e pessoas próximas, o que por si só deixou de ser pequena, mas ainda assim, só contava com pessoas que nós amávamos e que estavam genuinamente felizes por nossa união.

— Teddy para de correr. James, não é para você ir e fazer IGUAL. — Harry diz de forma alta, fazendo os dois rapazes o obedecer de forma contida porque apesar de tudo, Harry era a única autoridade que ambos respeitavam acima de qualquer coisa, o moreno de olhos verdes dividindo o palco apenas comigo, mas eu usava o método mais sutil, aquilo de deixar os olhos brilharem o perigo enquanto falava de forma suave.

Algo que nunca mudou foi a intensa amizade entre os dois meninos mais velhos.

Sabíamos que eles falavam para todos os colegas de hogwarts que eram irmãos, e como Harry não negava, ficava por isso mesmo e, após a seleção das casas, eles ficando em casas separadas além do ano de diferença, isso foi útil para que eles pudessem continuar juntos, tão grudados quanto eram desde o nascimento.

James, um legítimo Grifinório, seguindo a tradição de seu nome e Teddy, um Sonserino que ninguém imaginou.

Scorpius ficava muito dividido, sem saber para qual casa iria cair, mas sabíamos que ele tinha o apoio dos irmãos para isso.

Scorpius era absurdamente mimado pelos irmãos, ambos dizendo que o caçula era o mais fofo da casa e cuidando dele como se fosse de vidro.

Claro, Scorpius era acostumado a ser sozinho, então ser alvo de toda aquela atenção foi assustador, mas com acompanhamento terapêutico e muito amor ele conseguiu se ajustar a nossa rotina.

Eu e Harry havíamos feito nossas apostas sobre a casa do mais novo, mas nenhum de nós estava 100% certo, Rony dizendo que dessa vez ele iria ganhar, afinal, havia perdido das outras duas vezes e sobre a própria filha também.

— Lembra que, independente da casa que você cair, você ainda é membro dessa família. Então se alguém te incomodar... — Começo a dizer, me ajoelhando de frente para o loiro que revisou os olhos.

— Eu sei papai. Pode deixar. Meu sobrenome fala por mim, mas eu não posso deixar ele ser o único a se impor. Eu também preciso deixar o Six e o Rem cuidarem de mim. — Ele fala de forma confiante, o apelido que tinha dado para os irmãos desde que era novo saindo de forma manhosa.

Quando nós contamos as histórias dos nomes de James e Teddy para o loiro, ele ficou muito emocionado, dizendo que era muito bonita a homenagem que o pai havia feito, questionando porque seu nome não era uma homenagem a ninguém.

Foi então que decidimos trocar o nome dele para Scorpius Lírio Potter-Malfoy.

Ele ficou meses emocionado, pedindo que fosse chamado apenas de Lily, mas não durou muito porque ele dizia que para ser mais parecido com a avó ele devia ter olhos verdes e seus olhos eram absurdamente azuis, mas ele ainda era bastante emocionado pela homenagem.

Vejo a hora em meu relógio, encarando os três rapazes em minha frente com um aperto intenso no coração.

Um ano inteiro sem meus filhos ia doer mais do que o planejado.

Encaro meu digníssimo marido, vendo que ele estava se segurando para não chorar, segurando em minha mão como se precisasse daquele contato para não cair.

— Mandem cartas. E não deixem de nos contar nada. — Harry diz com a voz presa e eu acompanho o momento que os três pularam em nós, um abraço bagunçado e muito afetivo.

Me tornar um Potter estava me deixando emocionado.

Embarcar os meninos foi difícil, mas mais difícil ainda foi chegar em casa com meu marido, o silêncio do local ecoando de forma dramática.

Mas nada se comparou a alegria que tivemos ao receber a carta do nosso caçula, sua casa escrita em negrito por aparentemente ele ter escrito várias vezes no mesmo lugar.

Corvinal.

Estaríamos recebendo uma nova carga de emoção nos próximos meses, e eu mal podia esperar por isso.

— Parece que ambos perdemos. — Harry diz com a voz baixa, o moreno tendo apostado firmemente na Lufa Lufa.

— Ambos perdemos. — Digo com tristeza, passando minhas mãos pelos braços fortes do homem e sentindo ele me apertar contra si.

— Eu sabia que não ia ser Grifinoria. — Ele diz com a voz abafada contra o meu ombro.

— E eu sabia que não seria Lufa Lufa. — Digo com a voz baixa, sentindo ele rir contra mim.

— Não poderia ser a Sonserina nunca. — Ele diz com a voz soando debochada e eu reviro os olhos.

— Então que bom que não apostei na Sonserina. — Digo com o tom de voz ameno.

— Mas o Rony apostou. — Ele diz com diversão e eu sorrio.

— Cobre dele alguns galeões então. — Digo com diversão, vendo meu marido me olhar com muita emoção.

— Eu amo você. Acho que nunca vou conseguir explorar em palavras a intensidade disso. Eu amo você, amo a nossa família. — Ele diz, soltando do nada aquela confissão como sempre fazia.

— Eu amo você Harry, e fico extremamente orgulhoso de tudo o que construímos. — Digo com facilidade, os anos de convivência me deixando tão espontâneo quanto poderia.

E aquela era a minha vida.

Porque desde o momento que encontrei Harry, eu parei de perguntar onde ele esteve esse tempo todo, começando a me perguntar como poderíamos aproveitar os nossos próximos anos juntos.

Where have you been - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora