To all questions, my answer will always be you

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Draco pov.


Eu havia esquecido o peso que o malão das crianças tinha, porque na nossa infância eu apenas o empurrava com muita alegria, correndo pela estação sem me preocupar com o peso e a pressa para atravessar a barreira para o expresso de Hogwarts me fazendo ignorar quaisquer dificuldades que ficavam entre eu e o meu sonho de mundo magico.

Mas empurrar o malão de Scorpius enquanto Harry empurrava o de James e Teddy empurrava o próprio com sua pose de superior por ser o mais velho era uma sensação incrível, algo como ter cumprido sua missão ou de ter alcançado a plenitude da vida, os seus desejos e felicidades se unindo em um presente onde tudo era simples e belo, as cores voando pela minha rotina de forma viva mesmo quando eu queria apenas parar para apreciar até onde eu havia chegado.

10 anos haviam se passado desde o dia que Harry se permitiu ser meu, aceitando que me tinha a muito tempo, mesmo que não tivesse conhecimento desse detalhe.

Nessa década inteira, os meninos fizeram 11 anos e entraram para hogwarts, Teddy antes de James, o que foi uma confusão por eles serem inseparáveis, mas hoje com 13 e 14 anos, estavam se achando os maiorais, dizendo para Scorpius, que havia acabado de completar 11 anos, sobre as maravilhas da escola e tudo que pretendiam mostrar para o loiro.

Eu não pretendia adotar uma criança.

Alguns meses antes de Harry me pedir em casamento, eu recebi em minha casa um convite para ser um sócio de um orfanato para bruxos, um local que precisava de boas doações para se manter aberto e sua pequena condição financeira me chamou a atenção, além da quantidade de crianças que viviam no local sem estrutura.

Como um dos meus projetos incluía vários orfanatos e centros de recuperação para bruxos que perderam tudo com a guerra, eu prontamente aceitei a sociedade com o local, indo fazer uma visita técnica para avaliar quanto deveria estabelecer como meta de doação mensal.

E foi quando eu conheci uma nova cor para minha vida, uma nova de fonte de luz.

Na época ele tinha 2 anos, um menino acuado e tímido que não conseguia brincar com ninguém por ter medo de se machucar e ficar doente por meses, algo que descobri ser um trauma.

Descobri através de sua ficha que, apesar de ser uma criança incrivelmente bonita e educada com uma energia que não parecia ter fim, ele tinha uma condição de saúde trouxa, algo chamado anemia falciforme, que o tornava mais fraco fisicamente que outras crianças e com uma baixa absorção de nutrientes, o que fazia com que os possíveis pais adotivos não o quisessem por ele ser considerado por muitos como defeituoso.

Isso me doeu.

Não só pela situação daquela pobre criança que não tinha culpa de ter nascido daquela forma, mas porque aquela pequena criança me lembrava muito a mim em aparência e Harry em história.

Seus pais haviam sido mortos na guerra e ele havia sido levado para a casa dos parentes mais próximos, que eram os avós trouxas por parte de pai, mas eles não gostavam de magia, então faziam da vida da criança um inferno, desde surras desnecessárias a obrigar a criança a realizar diversas tarefas que não eram próprias para sua idade.

A diferença era que, por ser fisicamente mais fraco, ele ficava muito doente quando agredido e maltratado, e um dia um médico trouxa desconfiou de maus tratos, registrando aquilo no hospital e denunciando os avós, que perderam a guarda do menino e foram presos em um tipo de prisão dos trouxas que não era nada assustador comparado a Azkaban.

Confesso que se meu marido não tivesse me parado, eu teria prendido aquele casal no calabouço da mansão Malfoy e mostrar algumas técnicas de tortura para que aprendessem.

Where have you been - DRARRYWhere stories live. Discover now