How can I find you?

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Draco pov.

Ao seguir na direção da sala do chefe do meu departamento de aurores para entregar os documentos da finalização de um caso que precisava de autorização para despachar, observo a estranha movimentação nos corredores, fechando a expressão rapidamente. Reconhecia aquela estranha combinação de camisa amarelo mostarda com longos sobretudos marrom.

Na Inglaterra, aquele uniforme indicava as pessoas que trabalhavam no departamento para regulamentação e controle das criaturas mágicas, e ter elas ali em meu setor só podiam significar que algo havia acontecido e eles precisavam de aurores capacitados para resolver.

Sim, eu era um auror capacitado.

Sim, tinha minha cota de casos com criaturas mágicas envolvidas.

Não, não gostava nem um pouco de casos assim.

Nada contra os seres mágicos, o problema era que são várias espécies diferentes, cada um com uma peculiaridade diferente, sem contar aqueles que podem simplesmente ficar invisível.

Pelo o que me recordava bem, havia três divisões para criaturas mágicas regulamentadas no ministério. Seres, feras e espíritos, além de ter um setor apenas para centauros e goblins.

Não existia nenhuma criatura mágica que fosse fácil de lidar. Todos possuíam peculiaridades difíceis de detectar quando não se é um especialista, sem contar que quando assustados, suas formas de defesa eram catastróficas.

Então, como um bom profissional, maduro e capaz, fiz o que sabia que devia fazer. Virei meu corpo no sentido que vinha e comecei a caminhar de volta para o meu escritório. Meu chefe podia assinar a finalização mais tarde, não era algo urgente nem nada, era só um caso de uma gangue que havia me prendido no ministério para colher depoimentos por 2 semanas.

Normal, nada demais.

Mas o ruim de ser alto e o único loiro do setor era que eu podia facilmente ser reconhecido na multidão, o que provavelmente era a razão para meu chefe ter me achado sem problema, gritando meu nome, me fazendo revirar os olhos em um resmungo baixo de desaprovação.

Nunca em todos os meus 21 anos de vida eu odiei o fato de eu ser um loiro facilmente reconhecido, afinal, 3 anos haviam se passado desde a grande guerra bruxa e eu ainda era um Malfoy que todos pareciam saber o que estava fazendo e que frequentemente investigavam minhas coisas por medo.

Sem rancor, eu faria o mesmo.

Encaro meu chefe com uma expressão séria e inexpressiva, afinal, aquele ainda era meu emprego e eu gostava muito da popularidade que eu havia recebido por ser um dos melhores. Então que se dane. Eu ia pegar o maldito caso.

Vejo o meu chefe parecer sorridente ao ver que tinha me achado e vindo na minha direção, encarando a pasta padrão de finalização de casos em minha mão e voltando os olhos para o meu rosto, aparentando estar ainda mais animado. A realidade era que de todos do setor, eu era o único que me empenhava desde a abertura do caso até o arquivo, e ele apreciava isso.

— Essa é a finalização do caso da gangue. Ótimo. Pode arquivar, tenho um novo caso e preciso de você. — Ouço o mesmo falar de forma rápida, pegando a pasta da minha mão e abrindo para conferir o meu impecável trabalho, vendo o mesmo sorrir satisfeito como sempre fazia.

— Preciso da sua assinatura no documento do arquivo. — Digo entregando uma caneta para o homem, vendo ele assinar rapidamente e me devolver a caneta junto da pasta e me entregando um pequeno cartão de visitas de uma floricultura de uma mulher chamada Júlia.

— Estamos com um caso e preciso que você investigue esse lugar. Recebi alguns depoimentos de bruxos falando que viram algumas coisas suspeitas no local e acho que pode ter ligação com o caso do desaparecimento de algumas criaturas mágicas do centro de cuidados mágicos que fica no bairro vizinho. — Ouço o mesmo falar, pegando um bloco de papel do bolso e anotando o caso no mesmo, encarando meu chefe com uma expressão de dúvida.

Where have you been - DRARRYΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα