Algumas pessoas também riram. Mas estavam todos bêbados, que uma louca berrando no canto do bar, chorando e cantando não era nada demais. A música acabou, e deu sequências as outras. Sarah não queria mais abandonar aquela vitrola.

Sarah estava pouco se lixando para as pessoas. Queria curtir a sua roedeira. O cantor de agora: Reginaldo Rossi. Identificou-se com a música. Dançava brega.

— AMAR COMO EU TE AMO NINGUÉM VAI TE AMAR...  PORQUE VOCÊ? FICAVA SUSSURRANDO JUNTO AO MEU OUVIDO, MENTIRAS MISTURADAS COM O SEU GEMIDO. E EU ACREDITAVA NAS SUAS PALAVRAS... LEVIANA! — Sarah balançou a cabeça. — Por que você fez isso comigo, bandida? — Perguntou olhando para a garrafa de tequila. — Eu te amava tanto... Tanto! — Depois abraçou a vitrola.

Toda vergonha tinha limite. Carla se levantou e foi até a sua irmã. A tocando no braço.

— Don’t touch me! — Sarah disse pra ela e se soltou.

Carla riu.

— Virou gringa agora? Por que você não deixa essa vitrola? As pessoas estão querendo usar também. — Disse, mas foi ignorada por Sarah. — Sarah...

— Eu acho que ela não vai soltar. — Uma voz desconhecida chamou atenção da mais nova.

— E quem é você?

— Eric Thompson. — Ele sorriu. — Se me permite, posso tentar?

Carla deu de ombros e foi em direção do bar. Sentou-se, pediu uma dose de tequila, já que Sarah estava com a garrafa ainda. E ficou observando a sua irmã de longe.

— Sabe o que seria interessante? — Eric encostou ao lado da vitrola e murmurou para Sarah. — Outra garrafa de tequila para acompanhar mais uma rodada de músicas.

Sarah olhou para o desconhecido. Era um homem muito bonito. Alto, corpo atlético mas sem exagero, olhos azuis bem claros e cabelos lisos com alguns fios grisalhos que o tornava muito, muito atraente. Ele tinha um sorriso sacana.

— Quem é você?

— Eric Thompson... Á sua disposição... — Ele disse, estendendo a mão.

• • •

Quando o Eric disse que estava á disposição não era exatamente para isso. Ou era? Por um momento, a Sarah ficou confusa, mas não se intimidou. Estava bêbada com uma dor imensa na alma e queria extravasar. Tinha feito isso com a bebida e com a música, estava fazendo agora com sexo. No início, foi estranho... Fazia muito tempo que não ficava com homem, o seu primeiro ano foi á anos atrás. Foi com ele que descobriu que era lésbica. Mas se negava a desistir. Estava com ódio das mulheres. Poderia se dizer que estava também enlouquecida, perdida, mas não daria o braço a torcer.

Poderia ser que amanhã se arrependesse dos seus atos. Mas neste exato momento, o último arrependimento era voltar pra casa sozinha sem tentar. Estava cavalgando no Eric... Ele era grande e grosso, até machucava um pouco... Um dos seus seios estava exposto, e Eric o abocanhava quase agressivamente. Não tinha nenhuma delicadeza e nem tato que as mulheres tinham.  Mas isso não era motivo para parar. Estava segurando-se nos ombros dele. As suas sentadas eram rápidas e intensas, quase agressivas. A dor do seu sexo nunca seria comparada a dor do seu coração. Então, estava pouco se lixando.

— Você é muito gostosa! — Eric grunhiu a agarrando pela bunda e a forçando cavalgar com mais rapidez. Ele roçou a sua barba por fazer em seu pescoço e beijou.

Arranhou um pouco a barba, mas Sarah não reclamou. Continuou se movimentando, o seu pensamento estava muito longe. Queria magoar a Juliette, da mesma forma que a mesma a magoou. Se a morena visse o que ela estava fazendo agora, com certeza ficaria arrasada. Ou não? Sentia até vontade de filmar o momento e mandar para a Juliette para que ela visse que não era a única pessoa do planeta, embora que prazer só sentiria com a morena. Foi pensando em Juliette que conseguiu atingir o ápice... Agarrou-se no Eric e soltou alguns gemidos, não demorou muito para o mesmo ejacular dentro dela...

Faz De Conta || Sariette • ADP Where stories live. Discover now