Não é fácil passar por um momento assim , as dores são horríveis, mas é uma escolha minha, e agradeço por está sendo respeitada. 

 Algum tempo depois as dores ficam oscilando, causando um leve alívio entre as oscilações, o auge das dores vem quando a febre do Cio retorna causando abundância de lubrificação natural, e uma vontade insana de ter um nó de um Alfa, mas eu decidi esperar, por isso vou aguentar firme esses três dias de Cio. 

 Já havia se passado cinco horas desde o início do meu Cio,continuo encarcerado em meu quarto, percebo que já é tarde da noite, pois está tudo um grande silêncio, todos já devem está dormindo. 

Todavia, foi o que eu pensei, porque escuto a maçaneta da porta ser forçada, e logo após  a porta ser aberta pela chave, porta essa que deveria me manter no cárcere para minha própria segurança.  

Os minutos que vieram a seguir se passaram como em câmera lenta, mas que marcará minha vida completamente. 

Vi um alfa desnorteado vindo em minha direção, pulou em cima de mim, agarrou uma das minhas pernas com umas de suas  mãos, e tapando a minha boca com a outra ,ele tentou de todas as formas me imobilizar com seu corpo, e ao mesmo tempo me manter calado, para conseguir realizar o ato , ele iria me estuprar ,isso era fato, se caso eu não fizesse nada, minha mente estava uma bagunça de desespero,e de pensar em alguma forma de tentar achar uma solução ,e sair desta situação, eu precisava lutar por minha vida, eu precisava. 

 Foi quando por um flash de momento , me lembrei da faca de serra que havia pegado na cozinha escondido, eu a tinha pego para descascar uma laranja que peguei do pomar sem ninguém ver , era ela que iria ser minha salvação. Eu tinha apenas duas opoções,permitir que ele seguisse em frente e me estuprasse, ou matá-lo , bom, entre ele e eu , eu escolho Eu,  sempre escolherei.

 E com essa ideia, coloquei uma de minhas mãos no rosto dele, para tentar tapar um pouco sua visão e, por a outra embaixo do travesseiro. Eu senti a faca , senti ela e a puxei de uma vez e, sem pensar duas vezes ,enfiei a faca em sua jugular. Afundei-a com toda força que eu tinha naquele momento e depois a puxei. 

O sangue jorrou e ele caiu no chão se debatendo. Estava sufocando com seu próprio sangue. Ele não conseguia falar, ele só me olhava com ódio e desespero, e eu, bom, eu fiquei olhando aquela cena jurando para mim mesmo , que nunca ninguém tocaria em mim,  sem que eu permitisse. Quem se atrevesse a tocar, morreria igual a esse alfa de merda, ele nunca mais iria fazer mal a nenhum outro ômega.  

Eu olhei em seus olhos , e vi sua vida ir embora com seu último respirar, o que eu senti? absolutamente nada , talvez um misto de poder em saber que mesmo sendo um ômega, eu tenho  capacidade suficiente para me defender sozinho sem precisar de alfa nenhum.

Saí do quarto e deixei o corpo lá , mesmo sentindo o cio, a adrenalina e a vontade de viver, meio que parecia me anestesiar naquele momento. O cio  estava ali , mas não era tão forte ,até meu cheiro que eu descobri ser imensamente forte,  parecia ter sumido, o que era bom, porque assim não chamava a atenção de ninguém.  

Consegui chegar na cozinha sem ser pego. Me apressei em pegar outra faca , dessa vez uma maior caso precisasse. Peguei a chave da porta dos fundos que ficava no cômodo, abri bem devagar conseguindo sair. Corri até o pomar, um dos abacateiros tinha os galhos para fora do muro, subi no mesmo com muito cuidado para não cair. Cheguei no galho que dava para fora do Orfanato e pulei. Na aterrissagem senti o impacto vindo todo nas minhas pernas, meu corpo que já estava dolorido por causa de tudo que aconteceu e do cio, doeu mais ainda, eu acabei soltando algumas lágrimas involuntárias, mas não era isso que iria me parar.

MÁFIA Ômega    Where stories live. Discover now