47 - "... só amor não é suficiente..."

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  - Desculpa por ser tão insistente.

  - Tudo bem, eu te perdoo. - Rio fraco e ela me abraça.

Camila se despede e junto a Charles e Cole vão em direção a um carro, e Mads está no canto chamando um táxi para nós duas.

Não ouso olhar para Cole, apenas aceno com a mão para as duas pessoas ao seu lado, fazendo o máximo para não olhar para ele, mas não tenho sucesso, nossos olhares se encontram e ele sibila um obrigado, eu desvio o olhar. E então eles entram no automóvel que logo da partida.


*

  - Então você acabou a noite cuidando do seu ex namorada bêbado? - Minha mãe diz com um meio sorriso.

  - E não se esqueça da parte que ela ficou puta e veio o caminho todo falando nele. - Acrescenta Mads. - ontem foi uma noite e tanto.

  - Não consigo lidar com vocês duas juntas, não mesmo. - Saio da mesa indo até a pia da cozinha onde deixo meus pratos. - Vou dar uma volta, correr, sumir, fugir de vocês...

  - Vai assim? De pijama? - Minha mãe pergunta.

  - Não, óbvio que não.

Subo até meu quarto e levo pouco minutos para descer já com uma roupa apropriada para uma caminhada. Passo por minha mãe e Mads que agora estão sentadas no sofá conversando sobre Vanessa, elas apenas me acompanham com o olhar quando eu passo por elas, mas não dizem nada.

Após sair, fecho a porta e sigo para o único lugar onde posso ter paz.

Eu levei tempo para conseguir dormir na noite passada, quando eu e Mads finalmente chegamos em casa, eu tomei um banho e fui para seu quarto e fiquei lá, por bastante tempo falando para ela o que eu queria falar para outra pessoa. Ela me deu o famoso tapa de sinceridade e só então voltei para o meu quarto. Mas ainda assim, não dormi de imediato.

Caminhei até chegar na rodovia, e então, após me certificar que não tinha ninguém me seguindo, ou alguém passando pela pista para me ver entrar no canteiro por uma estreita passagem, sumi por entre pouca vegetação que havia ali.

Quando cheguei perto do meu lugar ouvi um ruído vindo de algum lugar, observei em volta e não vi nada, então continuei a caminhada até chegar a pedra enorme que me serve de banco. Sentei na mesma e respirei fundo avaliando a vista a minha frente. Novamente ouvi o ruído.

- Quem está aí? - Pergunto ao nada.

Mais uma vez o ruído, agora mais próximo.

  - Isso não tem graça... - Digo. - ...se realmente tiver alguém. - Falo, dessa vez em um sussurro.

  - Desculpa... - A voz conhecida me faz pular de susto. - ...não quis assustar você.

  - Que merda você faz aqui, Cole?

  - Eu... eu estava caminhando e acabei aqui. - Ele enfia as mãos nos bolsos quando eu cruzo os braços. - Na verdade, eu achei que te encontraria aqui.

  - Achou? Q-quer dizer, porque achou isso?

  - Lili, até quando vamos continuar com isso? - Ele da uma passo a frente.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Where stories live. Discover now