3° Capítulo

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Ayla: Pai vamos logo, to com saudade de ir pra montanha. — Tudo na floresta encantava a menina mas nada se comparava ver as luzes da alcatéia e se imaginar vivendo com todos de sua espécie

Diego: Se você soltar aquelas faíscas denovo eu nunca mais deixo você ir lá sua maluca, nós já vamos não precisa de afobar assim.

Ayla: Prometo — Levantou seu dedo mindinho como juramento e o pai logo os juntou. — Agora vamoooos — Disse puxando o pai pela mão

O pai saiu rindo da pressa da filha.

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Quando chegaram na montanha Ayla abriu um de seus grandes sorrisos deixando seus olhos um pouco fechados.

A vista era da grande alcatéia, não se dava pra ver as casas nem coisa do tipo, só as luzes que sobres saíam do lugar.

Aquelas luzes só faziam a garota ter curiosidade de como deve ser morar em uma cidade, com varias pessoas, cada uma com seu jeitinho diferente.

O pai via os olhos de sua filha brilharem como as luzes da alcatéia, mas sabia que não podia arriscar a vida da menina. Ele se achava egoí­sta por pensar no bem da garota e esquecer que ela teria uma vida com amigos lá fora.

Se sentaram embaixo de uma árvore e só apreciaram a vista e a presença um do outro.

Ayla: Eu… — Estava hesitante em perguntar para o pai, e de como ele reagiria.

Diego: Pode perguntar meu anjo — Disse com uma voz suave para tranquilizar a garota, e a viu relaxar os ombros.

Ayla: Eu queria saber como é lá, na alcatéia. 

Diego: É um lugar aconchegante, você sente como se todos fossem do mesmo sangue, como irmãos, todos fariam de tudo para proteger um ao outro — Ao mesmo tempo que falava ele se lembrava de sua vida na alcatéia — Mas aquela cidade que está vendo não é confiável, eles declararam guerra ao meu Alfa, e perdemos tudo naquela noite.

Ayla percebendo a frustaçao de seu pai ao lembrar do passado decidiu apoiar a cabeça nos ombros do pai e entrelaçar os dedos e só aproveitaram aquele momento. 

Tinha-se passado quase duas horas e eles continuavam olhando a vista enquanto se lembravam de momentos engraçados que passaram ali.

Ayla: Teve aquela vez que você quase inundou a cabana tentando concertar aquele bambu que passava a água para tomar banho — Os dois riam sem parar lembrando de vários momentos.

Diego: E quando nós estávamos treinando corrida e você se embaraçou nos cipós e ficou lá por meia hora até eu te encontrar — Ele amava momentos assim com sua filha.

Ayla: Eu tinha 8 anos — Disse indignada mas ainda rindo.
Diego: Mesmo assim, foi muito engraçado você com os pés e os braços amarrados.

Ayla pensava todos os dias em ser parecida com o pai, o seu exemplo. 

Mas tinha medo de fracassar e decepcionar o mesmo.

Ayla: O que acha da gente tentar o feitiço denovo?, tô inspirada acho que agora vai dar certo.

Diego: Você precisa descansar, treinou bastante isso hoje — disse preocupado com a garota.

A menina olhou para o pai com os olhos emanando uma cor roxa (bruxa) junto da cor azul (olhos da loba) e confirmou com a cabeça confiante que dessa vez daria certo.

Voltaram para a cabana e se prepararam para conjurar o feitiço. A menina estava em volta de três velas com o livro de sua mãe em seu alcance e começou a recitar as palavras.

A última híbridaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora