9| A Invasão Parte II

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Uma criança que vivia num orfanato, no Brasil, corria pelos jardins, junto com sua melhor amiga, Amora. O pequeno garoto então resolveu correr entre as tulipas, até enxergar uma brecha no muro.

Ele nunca tinha visto aquele buraco ali antes, então curioso ele foi até a brecha no muro, antes de enfiar a cabeça do outro lado ele escutou o som de pessoas chorando, choros de desespero, tristeza e tantos outros sentimentos ruins.

Como uma criança tão sensível, ela notou toda a energia ruim daquele lugar, e quando estava prestes a ver o que havia do outro lado do muro alguém o puxou com força para fora o jogando no chão bruscamente. Era o seu pai. 

— Vitor! Seu miserável! O que pensa que estava fazendo?! 

O garoto recuou, como se esperasse algo comum vindo do seu pai, um tapa, talvez um chute ou um soco, como era de costume. 

Os hematomas no corpo da criança já descreviam que tipo de educação ele recebia de seu pai. 

— Pai… E—Eu só… 

— Não escutou o que eu e as professoras disseram?! Nunca olhe através do muro!!! 

— Mas e—eu… até quando vou viver sem saber o que há do outro lado?! Eu quero ser livre! — com seu momento temporário de coragem o garoto falou, e recebeu um chute do seu pai diretamente em seu estômago o fazendo vomitar.

Imediatamente três professoras do orfanato saíram de suas salas e vieram socorrer o garoto, elas agiam como se quisessem protegê-lo e como se odiassem o pai dele, mas não podiam impedir que ele entrasse lá. 

— Seu garoto de merda… Está cada dia mais parecido com ela, essa merdas de liberdade, diretos e todas essas palhaçadas, se recomponha e aja como um homem! 

... 

No laboratório vale da criação, Ryu estava adormecido com sedativos mas ele estava sonhando com algo, ele estava com muita febre. Lisa viu os médicos agitados e imediatamente foi até a sala para ver como ele estava. 

— O que está acontecendo com ele?

— Ele não para de se debater, sua febre está alta demais e ele não para de dizer palavras estranhas como "pai", "mãe", "muro" e... "Amora". 

— Não fiquem aí parados!!! Vocês são médicos! Façam alguma coisa, merda!!! Rápido! 

Myrcella(03) e Vunikau(02) estavam se aprontando para saírem na missão. 

Enquanto isso, Charles e Aisha atravessavam o mar de lancha, ambos estavam com coletes a prova de balas, equipamentos de combate e uma sigla na lateral de seus uniformes escrito: “FTAT”.

Emma Carter e Sra Stevens ficaram para trás no porto. A mãe da Aisha não parava de chorar enquanto Emma tentava lhe consolar pelo fato de sua filha estar indo para uma batalha na qual as chances dela voltar viva são extremamente baixas. 

Já na lancha, Aisha também estava quase chorando com seus olhos cheios de lágrimas, num céu completamente nublado, como se uma grande tempestade estivesse quase chegando. 

— Aisha, ainda não chegamos, pode chorar um pouco. — disse Charles que olhava o horizonte enquanto dirigia a lancha. 

— Não seja tolo, idiota! Eu não tô chorando, são respingos de água do mar que estão caindo no meu olho, dirige direito… 

Charles riu sutilmente. 

— Não precisa se preocupar com a sua mãe, ela irá para um lugar seguro com a Emma, provavelmente fora da San Francisco. Se preocupe com sua própria vida, não pode perdê-la. 

Dark revolutionWhere stories live. Discover now