Sesto Capitolo

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Luccas Santinelle

Agora

Olho em volta e vejo um grupo de crianças correndo pelo parque, todas juntos como se fosse uma escola em excursão. Vejo Hericco ao meu lado, ainda fascinado pelo lugar, quando ele é interrompido por uma menina loira que estrabara nele sem querer enquanto temem olhava a paisagem admirada.

- Beklager herre (Desculpe senhor) - disse ela em norueguês.

- Eu e que tenho que me desculpas - respondeu Hericco sorrindo para ele - onde estão seus pais? - perguntou olhando em volta, talvez procurando quem estivesse de olho na menina.

- Eu não tenho país senhor - disse ela abaixando a cabeça - eu estou com a senhorita Prince, a moderadora do orfanado onde eu moro – completou alguns segundos depois.

- Quando anos você tem? - ele pergunta se abaixando na altura dela delicadamente.

- Tenho cinco anos senhor - disse sorrindo e voltando a olhá-lo.

- Não me chame de senhor - disse Hericco - me faz sentir velho, eu sou Hericco Santinelle e aquele e meu marido, Luccas Santinelle – falou apontando para mim.

- E um prazer senhores - disse ela sorrindo para nós dois - Eu sou Zöe Dejaeger – se apresentou com um grande sorriso no rosto.

- Zöe - repetiu Hericco sorrindo para eles - Zöe é um nome muito bonito.

- Hericco também - disse ela sorrindo.

Vi os olhos de Hericco brilharem conversando com a menina, ele parecia realmente interessado em sabe mais sobre ela, como se estivesse realmente fascinado. Eu por outro lado apenas fico parado observando a interação dos dois.

- ZÖE - escuto a voz de uma mulher super severa vindo até nos - não incomode as pessoas assim – repreendeu alguns segundos depois de chegar perto da menina, ignorando completamente nossa existência.

- Não é incomodo nenhum - digo olhando sério para ele - Zöe é uma menina maravilhosa.

- Gosta de arte Zöe? - Hericco pergunto olhando para ela, também ignorando a existência da mulher.

- Gosto muito - respondeu sorrindo - eu acho que a arte e uma das mais pura das expressões humanas, mas sinceramente eu acho que com o passar do tempo a arte foi corrompida pela ganância humana – respondeu me deixando abismado pelas palavras, que pareciam de adulto dela.

- Você é a garota mais esperta que eu já conheci - disse Hericco sorrindo grandemente.

- Obrigado.

- Chega disso Zöe - disse a mulher olhando zangada para ela - já disse para não incomodar mais eles com essas bobagens sobre a arte. Eu sinto muito por ela - disse arrastando Zöe nada calmamente para longe de nós.

- Senhorita - disse Hericco, e ela logo se virou para nós dois - em que orfanatos vocês vivem? - ele perguntou olhando para ela extasiado.

- Orfanado London senhor - respondeu ela logo virando e indo embora.

__________*__________

- Eu sei que você está pensando em algo que eu também estou pensado - digo me sentando ao seu lado na cama do hotel.

- Estava pensado em ir visitar Zöe amanhã - disse ele me olhando - e talvez a levar no Luseu Noruegues de História Cultural, já que ela gosta de arte e cultura - disse ele e vejo seus olhos brilharem.

- Estava pensando amor - digo depois de um tempo - já pensou em adotar?

No mesmo momento Hericco se distancia de mim e olha no fundo dos meus olhos por um tempo

- Eu ainda não tinha pensado nisso - admitiu ele me olhando - mas eu gostei da ideia.

- Eu também gostei da ideia - digo dando um beijo na testa dele - eu até já tenho uma pequena ideia de quem seria uma pessoa ideal para nossa família.

- Será? - ele perguntou me olhando inseguro.

- Tenho 90% de certeza amor - respondi olhando para ele – mas preciso que essa pequena pessoa passe um tempo conosco para saber se ela se adaptaria a família.

- Deixemos para ver isso amanhã - disse ele sorrindo para mim brevemente.

- De qualquer jeito vou ligar para o advogado e pedir a entrada um pedido de adoção na Noruega - digo me levantando da cama.

Hericco sorriu para mim, antes de se deitar novamente.

Hericco Santinelle

Olho para frente do orfanato, inseguro? Talvez.

A conversa de ontem com Luccas me pegou de surpresa e ao mesmo tempo encheu meu coração de esperança; eu quero a muito tempo um filho, mas parece que Dio, ou seja, lá quem não quer me dar um biológico, então porque não um adotado, ainda mais alguém como Zöe que parece ser uma pessoinha maravilhosa.

- Consegui um pedido de passeio com uma criança - disse Luccas com um papel na mão.

- Com conseguiu isso? - perguntei olhando para ele.

- Usei o nome Santinelle - disse ele me olhando, mas pelo meu olhar ele logo continua - eu pedi uns favores para o supremo tribunal da Noruega e consegui isso rapidamente.

- Às vezes acho que você me corrompe pouco a pouco - digo olhando para ele.

- Tudo para te fazer feliz amor - disse ele me olhando.

Bato na porta.

A primeira pessoa que vejo é a governara da casa, uma senhorita de vinte e dois anos mais ou menos, que nos olha enjoados por poucos segundos.

- Em que posso ajudá-los? - ela perguntou me olhando se cima abaixo.

- Senhorita deve se lembrar de nós - disse Luccas tomando a frente - podemos entrar?

- Não podemos deixar ninguém entrar sem uma autorização - disse ela sorrindo maliciosamente para nós dois.

- Mas nós temos uma autorização - disse Luccas olhando para ela - na verdade como eu disse sou Luccas Santinelle esse e meu marido Hericco Santinelle, nós somos italianos e estamos querendo adotar uma criança a algum tempo - disse ele com a maior calma possível - temos uma autorização para levar um ou duas crianças para um passeio na cidade – completou calmamente.

A mesmo olha para nós dois de cima a baixo, ela pega o papel das mãos de Luccas e lê atentamente.

- Jeg beklager, men jeg er ikke enig i dette (Eu sinto muito, mas não concordo com isso) - disse ela em um norueguês mais voltado para o antigo, talvez achando que não entenderíamos.

- A senhorita não tem que concordar com nada - digo finalmente tomando a frente - temos o avaral da lei norueguesa para fazermos isso.

- Du vil ikke smitte noe barn med denne fryktelige sykdommen (Vocês não vão contagiar nenhuma criança com essa doença horrível) - disse ele se exaltando.

- Desculpa? - digo olhando para ela.

- Vocês dois assim - disse ela nos olhando com nojo - dois homens casados, onde já se viu, uma criança com dois pais, uma coisa completamente anormal.

- Eu sinto muito que a senhorita veja assim - digo olhando para ela com o meu máximo de equilíbrio - sua homofobia não vai nos afetar, nós vamos levar Zöe para um passeio e a devolveremos sã e salva para o orfanado no final do dia como foi nos concedido pela justiça norueguesa.

Ela ia falar mais alguma coisa, quando um homem pega o braço dela.

- Pare com isso - ele olhando para ela - não podemos fazer nada, eles nos processariam se tentaremos.

Pelo menos o outro era mais sensato.

Entramos, e logo vejo Zöe, com uma outra menina supertímida ao seu lado, um pouco mais alta que ela.

Zöe vem até nós sorrindo, e arrastando sua amiga junto com ela.

- Olá senhor Hericco, senhor Luccas - disse ela feliz - essa é minha amiga Antonella. 

Luccas Santinelle (Spin-off da Trilogia Meu Criminoso)Onde histórias criam vida. Descubra agora