Ayla: Eu desisto, não consigo fazer isso, faz semanas que a gente ta tentando e sempre é um fracasso.
Diego: Meu amor ta tudo bem, esse feitiço é um pouco difícil mesmo, vamos descansar e tentamos outra hora.
A garota já estava com 17 anos, o cheiro dela estava um pouco mais forte o que atraía alguns caçadores, eles estavam tentando esconder o cheiro dela.
A mãe da menina era uma bruxa, tinha um livro de feitiços e algumas poções. No livro tinha o feitiço que precisavam mas a garota não estava concentrada o suficiente para executar um feitiço tão complexo.
O pai sempre a encorajava, sabia do que ela era capaz e queria o melhor de sua filha.
Diego: Quer ir caçar? Estou escutando alguns cervos — Uma forma para a garota se distrair, ela amava correr em forma de lobo e comer uma carne fresquinha.
Ayla: Estamos esperando o que? Vamos logo — Logo abriu um sorriso e se transformou num pulo.
O pelo da loba era cinza mesclado com branco e olhos azuis, um olhar frio. Quando a garota teve sua primeira transformação o pai viu que a loba era diferente, era uma luna.
Sabia que que a filha estava destinada a alguém importante, mas não gostava de pensar na ideia da menina arrumando um companheiro.
A garota/loba estava atrás de uma moita a espera do momento perfeito de saltar sobre a presa, um belo cervo.
O cervo levantou a cabeça assustado olhando ao redor, mas logo a abaixou, quando a presa estava totalmente distraída a loba avançou e quebrou o pescoço do cervo logo abrindo a barriga do animal e se deliciando na carne.
A menina tinha uma mania de assustar a presa primeiro e depois avançar. Uma forma de treinar quando precisasse se esconder de algo realmente perigoso.
O pai e a filha foram até um riacho perto da cabana e se lavaram se tranformando logo em seguida. O pai com toda a sua proteção e ciúme fez a garota pronunciar um feitiço de que toda vez que se transformasse a roupa não iria se rasgar por completo.
Mas mesmo assim só sobrava um pedaço de pano no corpo da garota.
Ayla: O que acha da gente ir na montanha hoje? Faz tempo que a gente não vai lá — Os olhos da garota brilharam com saudade do lugar e da vista.
Diego: Só se prometer que vai se controlar.
Ayla: Tudo bem, controle é meu segundo nome.
Diego: E o primeiro é "sem". — O pai amava ver a felicidade da garota.Da última vez a garota ficou tão feliz de ver as casas da alcatéia fora da cerca que das mãos da garota saíam faíscas roxas, que dava pra se ver a quilômetros de distância.
O dia passou com o pai pescando no riacho e a garota cuidando da pequena horta que fizeram, eles eram felizes no próprio mundinho deles.
Nada mais importava quando estavam juntos.O pai tinha uma ferida muito grande, mas não gostava de comentar com a filha porque ia ser os dois com o coração na mão.
Ele sabia que era uma questão de tempo até alguém encontrar eles, mas a maior preocupação era da garota querer conhecer o mundo lá fora.
Conhecer o caos que era as cidades e as pessoas…
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A última híbrida
WerewolfEnquanto o mundo se tornava uma espécie de prisão, havia uma família bem longe daquele caos. Uma garota, que faria de tudo pra se sentir livre e um pai, preparado para enfrentar o que fosse para ver a liberdade de sua filha.