2° Capítulo

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Ayla: Eu desisto, não consigo fazer isso, faz semanas que a gente ta tentando e sempre é um fracasso. 

Diego: Meu amor ta tudo bem, esse feitiço é um pouco difícil mesmo, vamos descansar e tentamos outra hora. 

A garota já estava com 17 anos, o cheiro dela estava um pouco mais forte o que atraía alguns caçadores, eles estavam tentando esconder o cheiro dela. 

A mãe da menina era uma bruxa, tinha um livro de feitiços e algumas poções. No livro tinha o feitiço que precisavam mas a garota não estava concentrada o suficiente para executar um feitiço tão complexo. 

O pai sempre a encorajava, sabia do que ela era capaz e queria o melhor de sua filha. 

Diego: Quer ir caçar? Estou escutando alguns cervos — Uma forma para a garota se distrair, ela amava correr em forma de lobo e comer uma carne fresquinha. 

Ayla: Estamos esperando o que? Vamos logo — Logo abriu um sorriso e se transformou num pulo. 

O pelo da loba era cinza mesclado com branco e olhos azuis, um olhar frio. Quando a garota teve sua primeira transformação o pai viu que a loba era diferente, era uma luna. 

Sabia que que a filha estava destinada a alguém importante, mas não gostava de pensar na ideia da menina arrumando um companheiro. 

A garota/loba estava atrás de uma moita a espera do momento perfeito de saltar sobre a presa, um belo cervo. 

O cervo levantou a cabeça assustado olhando ao redor, mas logo a abaixou, quando a presa estava totalmente distraída a loba avançou e quebrou o pescoço do cervo logo abrindo a barriga do animal e se deliciando na carne. 

A menina tinha uma mania de assustar a presa primeiro e depois avançar. Uma forma de treinar quando precisasse se esconder de algo realmente perigoso. 

O pai e a filha foram até um riacho perto da cabana e se lavaram se tranformando logo em seguida. O pai com toda a sua proteção e ciúme fez a garota pronunciar um feitiço de que toda vez que se transformasse a roupa não iria se rasgar por completo. 

Mas mesmo assim só sobrava um pedaço de pano no corpo da garota. 

Ayla: O que acha da gente ir na montanha hoje? Faz tempo que a gente não vai lá — Os olhos da garota brilharam com saudade do lugar e da vista. 

Diego: Só se prometer que vai se controlar. 
Ayla: Tudo bem, controle é meu segundo nome. 
Diego: E o primeiro é "sem". — O pai amava ver a felicidade da garota.

Da última vez a garota ficou tão feliz de ver as casas da alcatéia fora da cerca que das mãos da garota saíam faíscas roxas, que dava pra se ver a quilômetros de distância. 

O dia passou com o pai pescando no riacho e a garota cuidando da pequena horta que fizeram, eles eram felizes no próprio mundinho deles. 
Nada mais importava quando estavam juntos. 

O pai tinha uma ferida muito grande, mas não gostava de comentar com a filha porque ia ser os dois com o coração na mão. 

Ele sabia que era uma questão de tempo até alguém encontrar eles, mas a maior preocupação era da garota querer conhecer o mundo lá fora. 

Conhecer o caos que era as cidades e as pessoas…

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A última híbridaWhere stories live. Discover now