O Humano - Epífane

Áspide - A proteção da vida

***

Derek rasga uma das criaturas das sombras ao meio.

— Derek!

Ele ouve a voz de Elffen ao longe. Achando-a ele observa seu rosto preocupado.

— Me escute... — Com certa dificuldade, ela tenta argumentar mesmo que sua voz esteja distante e permaneça lutando com as criaturas. — Tem algo errado. Matteo fez algo, ele pode estar em perigo.

Derek volta a sua forma humana e vai até a elfa.

— O que quer dizer?

Elffen termina retira sua adaga do abdômen de um dos inimigos.

— Desde que chegamos não sofremos nenhuma baixa.

— E isso deveria ser um problema?

Derek joga uma besta que possuía uma calda estranha sobre alguns monstros que cercavam um grupo amigo.

Elffen pragueja baixo.

— Nossos inimigos tentam nos ferir, porém não conseguem. Veja. — Elffen abre os braços enquanto um monstro ossudo parte em sua direção com sua espada de ossos. Ele tenta cortar enffen, a lâmina entra em contato com sua pele, mas a ferida não abre. Elffen mata a criatura. — Eu sinto o ataque, mas ele parece não ter efeito em nenhum de nós.

— Eu no entendo... — Derek estava confuso.

— Eu acho que sei o que está acontecendo. — Elliot surge, com um Erion ensanguentado, com sangue negro dos monstros, atrás de si. — É denominada de Áspide, a magia suprema de proteção. Acho que Matteo a ativou antes de irmos para a batalha.

— Bom, se é uma magia de proteção, o que tem de ruim nisso? — Erion questiona.

— O grande mago de Ethernium presenciou essa magia. Lembro de ter lido um livro com este relato. Na verdade era uma história, um romance onde o mago presenciou tal magia. Um dia, enquanto ele peregrinava por este mundo, acabou se deparando com uma jovem. Aparentemente essa moça tinha alguns peculiares poderes. O mago de Ethernium decidiu tutelar essa jovem, e por anos observou a evolução de sua aprendiz. — O grupo alternava em escutar a história de Elliot e lutar contra o exército inimigo. — Um dia, a jovem moça se apaixonou. Seu amor por uma criatura demoníaca atraiu a atenção de pessoas poderosas que eram contra tal união. Por algum motivo que não lembro, o casal passou a ser caçado. E mesmo pedindo ajuda, a jovem não foi amparada por seu mestre. Sozinha com seu amado, ela fugiu e tentou ao máximo se livrar da atenção de seus perseguidores. Mas isso não foi o bastante. O casal não conseguiu se safar da ira do preconceito do povo não demoníaco. Desesperada em manter seu amado a salvo, a jovem utilizou de seus poderes para criar uma última magia. E quando tentaram matar o seu amor, a única a partir deste mundo fora ela.

— Isso significa... — Derek assustado tenta concluir.

— Sim. Áspide é uma magia suprema de proteção, mas todo o ataque evitado é refletido naquele que lança a magia.

Derek rosna e se transforma novamente, correndo em direção ao seu ômega.

***

Matteo permanecia de joelhos ofegante. As dores em seu corpo o estavam matando. E para piorar, de alguma forma, Willian estava mais forte.

— Você não parece estar na melhor forma. Parece que mil anos dormindo o deixaram fraco. — O sorriso pretensioso de Willian irrita Matteo.

Matteo força seu corpo deslizando pelo chão. Ele lança sua perna afim de chutar seu oponente, porém Willian salta para trás, esquivando. Matteo levanta e direciona um soco em direção ao rosto do outro humano. Willian bloqueia.

— Você não conseguirá impedi-la de conseguir o que quer. E quando ela conseguir, tudo entrará em caos.

— De quem exatamente você está falando?

Willian sorri.

— Do próprio Caos. — William segura o corpo do humano e o lança em direção a um pilar perto da imensa porta. — Nenhum de vocês podem imped-

Antes que Willian termine a sua fala, uma enorme boca captura sua cabeça.

Derek em sua enorme forma brinca com o corpo de Willian, tentando rasgá-lo.

Vá.

Matteo aproveita a distração de Derek e parte em direção à porta sentindo as inúmeras dores em seu corpo. Forçando a abertura, a mesma abre com muita a dificuldade.

Matteo olha mais uma vez para Derek, enquanto o mesmo permanecia concentrado em Willian que não estava mais em sua boca.

O garoto é tirado de seu devaneio quando sente mais dores em seu corpo. O impulsionando a prosseguir.