Capítulo 55

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-Por que aceitei fazer parte dessa loucura mesmo? - indaga Peter.

-Vamos salvar o mundo! -diz Nicolette, ansiosa.

-Salvar o mundo? Nem sabemos o que tem dentro dessa carta! -diz Gabi.

-Levando em conta o destinatário, coisa boa não é. -acrescenta Lari.

-Tentei espiar. -diz Justine. -Mas quase rasguei o envelope.

-Ainda acho que poderíamos ter vindo de táxi. -resmunga Nick, com dor nós pés.

-Qual taxista não acharia suspeito transportar cinco adolescentes uniformizados por aí? -fala Lari.

-Andar de apé também não foi a melhor idéia para passar desapercebidos...-contesta Justine. -As pessoas estão olhando.

-As pessoas estão fazendo isso, porque vocês não param de olhar em todas as direções com medo de alguém nos parar e perguntar o que estamos fazendo na rua à essa hora. -diz Gabi. -Meu pai me ensinou que pra não ser suspeito, primeiro você precisa não parecer suspeito.

-Não entendi.-diz Peter.

-Eu também.-fala Nicolette.

-Atitude pessoal! Caminhem como se não estivessem fazendo nada de errado! Pronto! -explica.

-Como se ninguém aqui tivesse faltado a aula pra entregar uma carta misteriosa à um mafioso que pode degolar e matar todo mundo? -ironiza Justine. -Que fácil!

-Foi idéia sua. -diz Gabi.

-É, dúvido muito que minha irmã mandou você incluir todo mundo nessa história. -diz Nick.

-Vocês são o meu apoio.

-Do tipo "me salve", ou do tipo chame a polícia se algo der errado? -indaga Peter.

-"Me salve". - responde Lari. -Somos treinados!

-Estamos sendo treinados. -corrige Nick.

-É a mesma coisa. -se defende.

-Vocês vão ficar de longe, e chamar alguém caso seja necessário. -comanda Justine.

-Argh! Por que?! -resmunga Lari.

-Estou satisfeito com esse papel. -diz Peter. -Olhar parece ótimo.

-Porque não trouxe vocês até aqui pra enfrentar mafiosos. Se Elisabeth me mandou até aqui, significa que ela confiava que nada daria errado. Afinal não me mandaria atrás de um mafioso se soubesse que ele podia atirar na minha cabeça.

-Isso depende, você tem sido uma boa filha? -debocha Nicolette.

-Não começem...-repreende Gabi -Temos assuntos mais importantes...como por exemplo, permanecer vivos!

-Já disse, não existe perigo. Estamos no centro da cidade e vamos encontrar ele num local movimentado.

-Já que chegou ao assunto, como exatamente soube onde ficam os negócios sujos de um mafioso? -indaga Peter.

-Ele é Mateo Giancana. -diz, óbvia.-Bom... se querem saber, usei a lista telefônica. Liguei e marquei um encontro.

-Facil assim?! -exclama Gabi.

-Dificil assim! -corrige. -Antes de citar o sobrenome Becker, ele nem quis falar comigo!

-Acha que ele e a minha irmã tiveram um romance? -estranha Nicolette.

-Ah! Claro, e o que nós estamos indo entregar é a carta de amor! -ironiza Justine.

-Era só um palpite. -se defendeu.

Agent Becker 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora