Capítulo 19

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Alice.

—Vamos Clara, é só se concentrar um pouco mais– encorajo ela, que logo tem uma bola de água em suas mãos– ISSO!– comemoro junto a ela.

—Obrigada Alice, Você é demais!– exclama animada, saindo em seguida para mostrar para Percy oquê aprendeu.

        Bem, essa semana que se passou, foi... digamos que estranha. Ninguém mais entrou em contato comigo, tanto os deuses quanto minha tia, talvez eu ficasse chateada com isso, mas não devia esperar coisa diferente de Zeus.

        Entrando para a Casa Grande, vou em direção ao banheiro do meu quarto, tomando um banho para tirar toda a areia da praia do meu corpo. Desses dias para cá, preciso levar roupa parano banheiro e me trocar ali, Jhon tem uma mania de entrar nos lugares sem bater que me da raiva!.

          Quando termino, saio para fora, franzindo o cenho ao ver a figura ali, agora eu entendia essa mania de Jhon.

—Oi Apolo– digo, chamando sua atenção.

—Deuses, pensei que havia se afogado no banheiro!– exclama, arqueio minha sobrancelha.

—Entra no meu quarto sem bater e ainda reclama do tempo que eu demoro no banho?– pergunto.

—Tá legal, isso não importa– ele se senta, já que havia se jogado na minha cama– pelos deuses, todos nós te suplicamos, vá falar com Zeus– pede.

—E por que eu faria isso?.

—Por que ninguém mais aguenta ele de mau humor!– bufa frustado– quando fica dessa maneira, nos da trabalho em dobro e ainda reclama do vento, não aguentamos mais!.

—Já disse e repito, eu não mandei ele ser um estúpido comigo– repito para ele, me sentando em frente a penteadeira.

—Ser estúpido está no sangue de Zeus Ali, vamos, seja uma boa tia e faça isso por seus sobrinhos– aponta.

—Agora eu sou tia é?– pergunto arqueando uma sobrancelha, o encarando pelo espelho.

—Vamos Alice, lhe ofereço um passeio mortal de um dia inteiro se nos ajudar– aponta novamente, sorrio com a idéia.

—Qualquer lugar?.

—Qualquer lugar– repete.

—Ok, eu iria de qualquer maneira– me levanto sorrindo, vendo sua cara de indignação.

      Apenas aceno para ele, me levando em direção ao Olímpo. Tudo parecia parado, ao entrar no salão dos tronos, os via vazios, exceto um.

—Fazer burrada e descontar neles não é legal– encaro meu irmão, que finalmente desce o olhar para mim– mas isso é normal, não?.

—Alice...– ele suspira, se levantando do seu trono e vindo até mim.

—Oquê? Estou esperando o pedido de desculpas– cruzo os braços, virando o meu rosto.

—Vai me obrigar a dizer?– pergunta, assinto em concordância– me... perdoe– diz como se fosse a coisa mais difícil do mundo– Não queria ter falado com você daquela maneira, fui um estúpido.

—Coloca estúpido nisso– reforço.

—Não abusa Alice– grunhi, solto um sorriso.

—Te perdoo se me der um presente– sorrio cínica.

—Oquê quer?– pergunta.

—Não sei, amanhã é meu aniversário, devia saber!–  o encaro– mas agora eu vim almoçar, a comida daqui é bem melhor– ironizo, vendo um resquicio de sorriso em seu rosto.

—Venha– aponta para a porta do salão de jantar, fazendo minha barriga roncar instantâneamente– Hera sabe do seu aniversário– diz enquanto andávamos– não se surpreenda com uma festa.

—Oquê!?– pergunto, mas tarde de mais, a porta já havia sido aberta, atraindo a atenção.

—Alice!– Deméter exclama e logo sinto braços ao meu redor.

—Oi Deméter– digo com dificuldades.

—A querida, ficou uma semana longe e emagreceu! Quíron e Dionísio não alimentam vocês direito?– dramatiza, reviro meus olhos.

—Pode ter certeza que eu como muito bem– responde me separando dela, tomando fôlego novamente– qual é, eu sou um saco sem fundo.

—E essas roupas? Alice!– Deméter repreende.

—Oquê? Minha calça?– pergunto confusa.

—É nossa irmã, se vista como tal– me encara, me seguro para não revirar os olhos.

—Deméter, deixe Alice em paz– Poseidon a corta, fazendo uma cadeira aparecer ao seu lado, sorrio com isso.

—Obrigada– sussurro para ele.

—Vou começar a pensar que vem aqui apenas para comer– Hera brinca, colocando um enorme prato de comida em minha frente.

—Me descobriu, poxa Hera– brinco também– fala sério, a comida daqui é bem melhor– a encaro, me lembrando da fala de Zeus e fechando meu sorriso no mesmo momento–  Hera...

—Sim?.

—Olha, eu sei que você sabe que amanhã é meu aniversário– tento um sorriso– mas por favor, não tente fazer nada, só parabéns é o suficiente.

—Mas...

—Hera, por favor, são meus dezoito anos de vida, mas dezoito anos que minha mãe morreu–engulo em seco– por favor– repito, vendo a mesma suspirar.

—Tudo bem– cede por fim, sorrio agradecida– e sobre isso...

—Precisamos conversar– Hades aparece ali, completando sua fala.

—Eu não aprontei nada!– digo para ele– e se foi porquê eu molhei Ares, ele foi um ogro comigo!– cruzo os braços, ele franze o cenho, mas logo balança a cabeça em negação me encarando.

—Alice, tem a absoluta certeza de que sua mãe está morta?– pergunta em dúvida.

—Que tipo de pergunta é essa? Onde quer chegar?– engulo em seco.

—Iria lhe dar de presente uma visita à alma da sua mãe– responde– mas a alma dela não está no submundo.

—Oquê...

—Se ela não está no submundo, está viva Alice– me corta.

         Aquele foi o momento em que tudo ao meu redor parou, eu não sabia se ainda estava respirando, mas estava travada, não conseguia me mexer de maneira alguma.

—Deuses Hades, não devia ter jogado a notícia de uma vez– escuto a voz de Hera, me fazendo voltar à consciência aos poucos.

—Oquê?–pergunto pela primeira vez– você tem....

—Certeza? Claro que sim Alice, comando aquele lugar a milhares de anos, sua mãe não está morta ou eu encontraria sua alma.

         E novamente minha respiração parou em minha garganta.

—Ela pode estar... viva?– repito a pergunta, apenas sentindo tudo ao meu redor girar e apagar.
     

     

    

Alice- Uma Nova Deusa no OlímpoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora