Stranger - Sebastian Stan

32

— Pra qualquer lugar que desejar. — Ele murmurou acariciando minhas costas durante o abraço. 

Eu sabia exatamente o que deveria fazer. 

(...)

Após terminar de arrumar minhas malas e levar apenas o necessário das minhas roupas, me desapeguei de outras que me lembravam Sebastian e as coloquei em uma caixa para doação. Em poucas horas, meu apartamento estava vazio apenas com minha cama e closet vazio. Meu pai havia se encarregado de vender ou doar tudo o que eu tinha e que eu não queria mais. Eu estava começando a gostar da ideia de seguir em frente e precisava fazer isso o mais rápido possível. 

Eu não queria sentir mais a sua presença e quem sabe viver em outro lugar fosse me ajudar a esquecê-lo. O quão egoísta da sua parte foi pedir para que eu não o esquecesse, depois de ter ido embora sem me dar uma explicação se quer e simplesmente desaparecer da cidade. Pode esperar as minhas lembranças no inferno, Stan. 

— Tudo pronto? — Meu pai surgiu chamando minha atenção. Sua voz ecoou pelo apartamento e assenti com a cabeça dando um sorriso falso para ele. 

— Tudo pronto. — Ele sorriu pegando minhas malas e me esperou na porta, dei uma última olhada no local e fechei a porta atrás de mim enquanto ele já descia com duas malas minhas. 

Enquanto descia as escadas, ouvi alguém gritando no andar debaixo e reconheci a voz. 

— Onde ela está? Katherine! — Brooke gritou subindo as escadas olhando para todo lado a minha procura. Ela passou pelo meu pai e parou de andar o fuzilando com seus olhos e o mesmo a ignorou descendo com as malas. 

— Rápido, Katherine. — Ele exclamou. 

— Mas que porra está acontecendo aqui? — Brooke se aproximou de mim e me encarou. — O que você está fazendo? — Me encarou assustada. 

— Indo embora, seguindo em frente, chame do que quiser. — Falei a olhando. — Estou cansada dessa cidade. — Ela me olhou como se o que eu dissesse fosse um completo absurdo. 

— Você pirou? Por que você está indo embora com o seu pai? Katherine, esse cara não presta! — Ela disse segurando meu braço. — Depois de tudo o que ele te fez, você ainda tem coragem de ir com ele? — A encarei nos olhos e ela parecia furiosa. — Não percebe que isso tudo faz parte da manipulação dele? 

— Brooke, eu preciso ir. — Falei puxando meu braço e dando um passo a frente para descer o degrau mas ela me segurou novamente. 

— Deixa eu te explicar tudo, por favor. — Ela disse e virei meu rosto a olhando seriamente. — Não faz isso. 

— Eu esperava que você fosse minha amiga, mas agora está do lado dele? — Franzi meu cenho a encarando. — Agora está criando desculpas por ele? 

— O que? Não! Katherine, me escuta. — Ela disse e balancei a cabeça seguindo meus passos até a saída enquanto ela descia as escadas. — Kat, por favor, para! — Ela seguiu atrás de mim e caminhei até o carro do meu pai onde ele me esperava. 

— Brooke, me deixa em paz. — Me virei me aproximando dela. — Eu não preciso que você o defenda, eu preciso que você seja minha amiga e respeite as minhas decisões. 

— Se suas decisões são estúpidas a ponto de voltar para o seu pai manipulador, então não, eu passo. — Ela disse me olhando. — Para e me escuta, tem uma razão pela qual ele foi embora. 

— Eu não me importo mais, eu não quero ouvir nada. — Meu pai se aproximou e tocou minhas costas. 

— Brooke, deixa ela em paz. — Ele disse encarando a garota que o fuzilou novamente com os olhos. Me afastei e fui em direção ao carro entrando no mesmo.