Camilla é uma garota extrovertida, cercada de amigos e que está sempre frequentando festas e bares ao redor da faculdade onde estuda. Numa noite qualquer ela conhece Bernardo, um repórter recém formado que trabalha na emissora de TV concorrente à em...
Horas depois eu já havia abandonado o salto próximo à mesa e me sentia tonta pelo álcool, Jonas e Heitor estavam com as gravatas em volta da cabeça e não havia qualquer sinal da camisa ou do terno. Bernardo e Yago compartilhavam uma garrafa de whisky após terem descoberto que aquele era mais um interesse em comum. Débora e Sofia continuavam dançando e Nat me chamou para atacar alguma coisa do buffet.
- Senti o cheiro de batata frita - garanti.
- Eu confio no teu olfato, vamos procurar.
- Olha, aquele garçom tem - apontei.
Demos sinal para o homem com a bandeja antes de sentarmos, pegamos meia dúzia de pacotinhos e espalhamos sobre a mesa, logo a nossa turminha de esfomeados percebeu e se juntou a nós, as batatinhas sumiram rapidamente o que nos levou a procurar pelo garçom outra vez. Antes que começássemos a comer o rosto de Jonas se iluminou:
- Será que ainda está servindo aquele sorvete da sobremesa?
- Eles disseram que ia ficar disponível em algum lugar - Heitor disse já olhando em volta.
- Eca, vocês não vão fazer isso! - Sofia protestou.
- Vamos sim - confirmei ajudando a localizar o sorvete.
Encontramos a banquinha no canto do salão, sem demora Jonas e eu buscamos o sorvete em pratinhos que foram para o centro da mesa com as batatas em volta.
- Quase me esqueci como isso é bom, faz tanto tempo - falei.
- Se não tiver batata frita e sorvete na nossa formatura eu vou pedir o dinheiro de volta - Nat declarou.
- Eu nunca tinha comido - Bernardo disse me fazendo olhar para ele. - Eu achava que era nojento, mas agora lamento o tempo perdido.
- Mas é nojento - Sofia interveio.
- Se você nunca comeu, não pode dizer que não gosta - Heitor segurava uma batata lambuzada em sorvete bem em frente a boca de Sofia.
- Ele ganhou no argumento - Yago parafraseou Jonas.
Sof revirou os olhos e mordeu a batata, toda a mesa ficou em silêncio na expectativa, quando ela sorriu e admitiu que gostou comemoramos como se comemora um gol. Olhei em volta daquela mesa guardando cada detalhe daquela cena, eu queria me lembrar daquele momento para sempre e aproveitar cada segundo.
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A semana passou e eu estava na expectativa para descobrir o que Bernardo ainda me daria de presente antes da minha formatura, ele continuava mantendo segredo. A colação de grau era na quinta-feira e saindo do trabalho ele me levaria ao salão para me arrumar, entrei no banco do carona da camionete e saímos do estacionamento da emissora, no caminho para o salão ele perguntou:
- Onde você quer almoçar?
- Pode ser naquele restaurante japonês no caminho do salão.
