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Posso sentir o coração se acalmar nas batidas e os olhos pararem de derrabar lágrimas, aliás, já quase não continha mais. Respiro profundamente e solto um sorriso sem alegria, afirmando para mim mesma que tudo estava bem.

Me direciono a piscina externa e assim que chego lá, vou a uma espreguiçadeira e me aconchego, aproximando as pernas do tronco que se encontra apoiado no encosto. O vento gélido vem contra o meu rosto e faz o corpo se arrepiar. Levanto a cabeça sem pressa e inicio a minha apreciação as poucas estrelas que brilham no céu.

— Ei, Alisson! — ouço alguém me chamar e admiro por cima do ombro a pessoa que me chama. O platinado é agredido pela luz azulada da varanda.

Joseph abre um sorriso enquanto caminha, e eu me apresso a limpar  o rosto e arrumar o cabelo bagunçado. Como nessa parte esta sem iluminação, pressumo que não presta atenção nas olheiras e nem ao nariz vermelho. Pelo menos é isso que torço para acontecer. Uma dama não chora, a não ser escondida, deve estar sempre de queixo erguido, mesmo que seja bastante difícil.

— Como vai? — ele questiona assim que senta na espreguiçadeira ao lado.

— Bem, e você? — estico as pernas e passo a mão nos fios lisos.

— Isso não é o que os seus olhos dizem — merda! Ele reparou.

— Ah, mas não é nada de mais — puxo um sorriso de canto.

— Se você diz... quem sou eu para contrariar! — fala enquanto apoia as mãos na espreguiçadeira.

— Estou numa situação difícil — sussurro.

— Me diga como posso ajudar — une as mãos sobre a boca ao mesmo tempo que fica mais a beira do assento.

— Não sei. Me dar um emprego — inclino os ombros, começando a sorrir alto e ele faz o mesmo.

— Para quê você quer um emprego? — arqueia as sombracelhas.

— Informação confidencial — anuncio.

— Ok! — afirma diversas vezes com a cabeça. — Bem, qual profissão você deve ser boa? Já trabalhou antes?

— Eu estudava num Internato — dou gargalhada da minha situação crítica.

— Ah — diz pensativo, cravando os olhos no chão — Ja pensou em ser modelo? Só fotografica mesmo. Os meus pais se associaram aos Brown recentimente. — Paraliso quando ele diz o sobrenome Brown.

— Brown? — estreito os olhos.

— Sim, aquela empresa de roupas. Eles vendiam apenas em Nova York, mas se expandiram para cá. — admira a minha boca entre aberta e semicerra os olhos. — Você os conhecem?

— Eles são os meus avós — a nostalgia abrange cada célula do corpo e adentro numa paralisia profunda. Não os vejo a ano. Talvez a última vez foi quando tinha dez anos?

— Então, a nossa família é social — mostra os dentes, encantado.

— A minha mãe era modelo. A mais linda de todas. O corpo, as feições do rosto eram simplesmente maravilhosos.

— Você deve ser a cópia dela se tratando de beleza.

— Que nada! Além disso, não sei se estou em forma para tirar fotos. — balanço a cabeça.

— Eu acho que você esta! — afirma enquanto se aconchega na beira da espreguiçadeira que me encontro.

— Você é um amigo, suas palavras não contam! — digo. — Olha, obrigada mesmo por me fazer se sentir menos mal — puxo um sorriso.

— Pode contar comigo sempre que precisar! — diz, me encarando firmemente.

— Alisson! — esculto alguém me chamar alto, e pela voz já capto que é Aiden. Mas por que o delinquente estaria a minha procura?

Estreito os olhos e o vejo seguir na nossa direção. Como sempre os seus cabelos estão bagunçados e suas vestes são largas. O colar de correntinha é oscilado pela movimentação de seu corpo.

— Podemos conversar? — pergunta assim que se põe a frente de mim. Balanço levemente a cabeça simbolizando "não". — Cai fora, Joseph!

— O que aconteceu com vocês dois? — franze a testa e olha para ambos.

— Cai fora! — a voz aveludada do rapaz se torna grossa e rude.

— Esta bem. Boa noite, Ali! — observo o mesmo se distanciar e se sentar numa cadeira da varanda.

— Não entendeu que não estou a fim de conversar? — questiono, erguendo o queixo, para assim poder observar sua face.

— Estava chorando? — o timbre fica suave.

— Por que se importa? Veio me humilhar?

— Alisson... me desculpa se as minhas palavras te magoaram. A minha intenção era atingir somente a Anthony.

— Eu sou filha dele, caso você não lembre! — Não estou chateada pelo fato dele nos chamar de parasitas, aliás eu também nos chamariamos se estivesse no seu lugar. Eu pensava que ele era um. A minha queda foi grande. — Mas a pergunta que martela na cabeça é: Queria usar o meu corpo como pagamento?

— Alisson... — sua voz sutil é hipnotizante. — Eu não lhe beijei com más intenções, foi pelo calor do momento. Me desculpa? — se senta no mesmo lugar que Joseph estava e meus olhos se fixam aos deles.

— Esta bem — o que eu poderia fazer se moro na casa dele? Dependo dele até mesmo para ir a escola.

Aiden se aproxima e toca nos meus cabelos delicadamente enquanto seus olhos brilhantes se fixam aos meus lábios.

— O que esta pensando em fazer? — questiono baixinho.

— Continuar o que você interrompeu ontem — comenta enquanto seus dedos acariciam a minha bochecha e os outros trabalham nos meus fios.

— Você é mesmo um idiota! Não entendeu nada do que disse no carro hoje? — o afasto depressa.

— Não finja que não quer, Alisson. — fala irritado.

Sera que é tão difícil para ele receber um fora?

— Eu lhe desculpei por hoje no jantar, mas isso não significa que vamos fazer algo. Só quero manter uma boa relação até sair dessa casa. Então, me deixe em paz!

— Tem medo do que sente? Ou esta gostando de Joseph? Vai dar para ele,
Alisson?

— Não fale besteira! — dou um tapa na sua bochecha — Eu tenho namorado! E o amo muito! O que aconteceu na noite passada foi um erro. — me levanto e saio imediatamente de sua vista.

O que aquele delinquente tem na cabeça? Acha mesmo que sou uma de passar a noite com qualquer um?

O que aquele delinquente tem na cabeça? Acha mesmo que sou uma de passar a noite com qualquer um?

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Olá meus amores!!!

Não sei de nada, mas esse Joseph é um gato (mídia).

Estão gostando?

Bjss! Até a próxima! ❤

Apaixonada por um delinquenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora