Alisson passou quase 11 anos de vida em um internato na Inglaterra, onde o seu pai à colocou depois da morte de sua mãe. Ela cresceu com normas e foi ensinada a como ser uma mulher bem sucedida, até mesmo planejava o seu futuro no país. Porém, ao co...
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O meu corpo esquenta bastante. Gostaria de não ter vindo correndo feito um louco atrás de Alisson.
Os dentes se trincam à medida que os olhos veem a cena que me faz querer interromper. Porém, a dignidade chama mais alto.
Desvio a visão para baixo e realizo meia volta, nem aguardando o beijo dos mesmos. Sabia que havia algo entre eles, Alisson que queria me fazer de idiota ao tentar me convencer do contrario. Joseph uma hora ou outra iria pôr em prática o seu plano, e isso leva a minha raiva ao extremo.
Tem que parar de pensar nessa princesinha, Aiden! Ela não é do seu mundo. — coço a cabeça, tentando conter a fúria que corrói o peito.
Entro em casa e sigo diretamente ao meu quarto. Bato a porta fortemente e inicio o estado de surtos dentro do cômodo. Não sei por que a droga de uma lágrima percorre a bochecha, mas à retiro rapidamente. Prometi que nunca iria chorar mais por ninguém e nunca mais amaria alguma pessoa.
Obrigada mamãe, por deixar um filho tão traumatizado, sozinho na terra.
Busco por alguma das bebidas que contenho na mini geladeira do quarto e agarro uma garrafa, jogo fora a sua tampa e bebo de uma vez. É assim que faço quando tem algo fora do controle. Eu estou fora do controle, estou fugindo de meus limites em gostar de alguém. Sinto que minha essência está dando tchau.
Tenho que voltar o que era antes. Não se importar com as pessoas! Apenas não se importar! Tirar essa menina da mente, voltar a ir as festas frequentemente e pegar quem desejar. Nunca fui de namorar e nem me apegar a ninguém, por que agora seria diferente?
Finalizo a bebida e assim que encaro o vidro da garrafa, arremesso a mesma na parede. Ah, como é bom sentir essa sensação novamente, de se encontrar bêbado a ponto de quebrar as coisas…
— Você vai tira-la da cabeça. Não se preocupe e não se sinta mal por ninguém! Sua mãe e seu pai foram o suficiente em demonstrar que gostar de estar com alguém não vale a pena, e muito menos amar ela. Sou um órfão que não contém valor algum. Dificilmente alguém ligaria para mim. — me jogo na cama, com o quarto já girando na minha vista. Completamente bêbado.
Alisson
— Ok, isso definitivamente não funciona com você — viro o rosto e começamos a gargalhar juntos.
— Já iludi muita garota — pisca um olho. — Talvez só não dê certo com você.
— E não tem vergonha de falar? — questiono indignada, cruzando os braços.
— Não sou santo, Alisson. Vai fingir que não sabia disso? — franze o cenho e joga um sorriso safado.
— Mulheres não devem mesmo acreditar em homens… — respiro profundamente.
— Acho que não vou discordar disso. Estou pensando em voltar aos meus velhos modos.
— Quer dizer que está desistindo de levar alguém a sério? Olha, só por que não funcionou com uma, não quer dizer que não irá funcionar com outra pessoa — passo a mão delicadamente no seu ombro.
— Falou a garota que está chorando por alguém que nem merece a atenção dela.
— Ei… não estamos falando de mim, aliás, estava chorando pelos meus problemas em geral. — balanço a cabeça.
— Não se negue aos sentimentos. É nítido o quanto você gosta do Aiden — diz pacificamente, contorcendo o rosto num sorriso nada alegre — Não tem culpa de ter sido enfeitiçada por um cara que a intenção nunca foi ter algo a sério. Sabe, eu, Aiden e Ryan somos assim desde o fundamental, e é difícil sair das raízes.
— Impossivel? — o interrogo, rapidamente, quase por impulso.
Realizo questionamento pela curiosidade de saber se o que Stella tinha falado realmente seria verdadeiro, e que Aiden mesmo lá no fundo senti algo por mim, a não só vontade de fazer sexo, desde que ele so se aproxima com segundas intenções.
— Bem, dizem que quando o amor bate na porta tudo se torna possível — da de ombros.
— Tem certeza que nunca amou?
— Achava que o amor poderia nascer com Blair, mas depois fiquei em duvida, e vi que até agora, não nasci para namorar.
— Você está certo, às vezes as pessoas se prendem às outras por medo de achar que é o certo ou que ira se arrepender depois. Esse era o meu caso com George, sempre achei que deveria agradecer por ter um namorado como ele.
— Desculpa por forçar a barra. Creio que tinha medo de você ficar com o Aiden, e ele lhe machucar. Nunca me zanguei com ele dessa maneira. No início também só queria ficar com você, mas por algum motivo, mudei de ideia. Agora lhe vejo como uma amiga. Aliás, não é tão chata o quanto parece.
— Isso foi um elogio?
— Haha... não sei — dá de ombros.
— As vezes não sei o que fazer da vida, sinto que todos os meus planos foram destruídos — solto um suspiro de insatisfação.
— Que tal não planejar nada e pegar esse tempo pra você? — me encara e deixo o meu rosto expressar duvida. — No Internato lhe ensinaram a viver como eles querem, agora é VOCÊ que deve decidir como quer viver... Como quer viver, Alisson? — ergue as sobrancelhas.
— Não quero me pôr limites, talvez nem mesmo quero mais agir como uma dama. Eu quero ter amigos que me carreguem bêbada, assim como Stella, e quero amigos que me confortam quando estou triste, assim como você. Quero tirar isso de ser certa sempre, da cabeça.
— Caramba! Esse é o espírito de uma adolescente americana! Isso é real? — gargalha. Dou um tapa no seu ombro e digo que é.
》》Notas da autora《《
Desculpa pelos errinhos do cap, pessoal. Não sei se gostei do que escrevi, o que você achou?
Gente, pessoas que leram APENAS UMA GAROTA ANORMAL, to avisando q possivelmente irei retirar a obra!
