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Ja faz três dias desde que cheguei aqui. E finalmente me adaptei ao fuso horário. Ultimamente os dias foram calmos, graças a ausência do sobrinho da minha madrasta. O idiota deixou o meu cotovelo doendo naquela noite. Mas você também Alisson! Deve parar de comparar os comportamentos das pessoas de Londres com as pessoas de São Francisco.

Bem, de uma maneira ou outra ele me agrediu e teria que pedir desculpas pelo ato. Não falei nada ao papai somente para não me passar por fraca. Aliás, uma dama possui o poder de controlar as emoções.

Visto uma camiseta branca e um short amarelo opaco e logo após me cubro com um blazer da mesma cor que a veste de baixo. Arrumo o cabelo castanho num coque perfeito.

Reviso-o novamente no espelho e dou uma retocada no batom rosado. Me levanto puxando a bolsa e calço os saltos altos brancos. Evelyn havia me convidado a ir ao shopping, eu aceitei somente pelo o fato de estar enfadada de fazer nada nessa casa.

Saio do quarto e de imediato sigo a direção das escadas, e quando desço elas com calma, me deparo aos gritos que saem da boca de Evelyn ao garoto, mas assim como na briga em que estava a garota na piscina, ele não parecia se importar.

— Você não pode parar de beber pelo menos alguns dias? — Toma a garrafa da mão do garoto — Vai se banhar agora! Esta exalando a álcool — ela aponta na minha direção, ou seja, as escadas.

— Você não é minha mãe — o mesmo levanta as sombrancelhas e pega sua bebida de volta.

Some da frente da mulher e se aproxima de mim. Seus cabelos médios estão bagunçados o bastante e as olheiras se encontram presentes debaixo dos cílios inferiores.

— O que foi? — pergunta rude e eu pisco varias vezes.

Capturo o seu braço assim que vai passando por mim, e a minha visão bate nas iris verdes.

— Só não inventa de fumar. Morrar sozinho! — digo e ele nega a cabeça soltando um sorriso de escárnio.

— Talvez eu ja tenha começado — tira a minha mão da sua pele e continua a caminhada.

— Mantenha distância então! — falo alto, e dou atenção a mulher lá embaixo.

Passo pelos os últimos degraus e avanço ao rumo de Evelyn — que parece aflita pela a discussão. Analiso a sua respiração pesada e suas mãos tremiam em seus braços.

— Evelyn? — a chamo, não gosto dela, mas também não gosto do modo que aquele garoto é desrespeitoso.

— Oi querida, vamos? — da meia volta e tenta limpar as lágrimas.

— Esse garoto é um problema! — digo e ela tenta desfaçar um sorriso.

— Mas ele não é ruim, so bebe de mais  — comenta. Arqueio as sombrancelhas e adianto um passo.

— Ele sempre morou com você?

— Sim, ele só tem a mim! — anuncia e eu aceno a cabeça.

— Ok... mas sinto em lhe informar que com esse ai, os seus cabelos brancos vem logo! — disponho e ela sorri de canto.

[...]

A passeada com Evelyn não foi uma das piores, tomamos sorvete e fizemos compras. Adimito que ela tem bom gosto.

Mal abro a porta da sala e já sigo o cheiro que rouba o meu olfato, a comida de Anastácia era a responsavel por isso. Adentro a cozinha e a vejo cortando algumas verduras sobre o balcão.

— Que cheiro bom Anastácia! — exclamo me sentando num cadeira alta que tem a frente dela.

A mulher sorri grande e retira os olhos da minha face assim que alguém entra no cômodo. Observo-o por cima do ombro e vejo que é apenas o deliquente. Ele esta totalmente de preto, vestido num moletom e uma calça larga.

— Dormiu bem? — Anastácia questiona.

— Sim — abre a geladeira e pega numa garrafa de leite. Me admira que não seja de álcool. .

— Por que não almoça juntamente a sua tia?

— Não estou muito a fim Anastácia. Aliás, os meus amigos vem mais tarde. — anuncia e a mulher assente.

— Esta bem! Vou preparar algum lanche para Vocês. — ela diz e ele assente calmo. Sai do cômodo e eu fico boquiaberta.

Por que todo mundo trata esse deliquente como se fosse importante?

》》Notas da autora《《

O que acharam? Continua?

Apaixonada por um delinquenteWhere stories live. Discover now