𝕀𝕟𝕔𝕒𝕡𝕒𝕫 𝕕𝕖 𝕒𝕞𝕒𝕣

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Agora estávamos na cozinha, estava ajudando-o com a lareira, e tirando todo as teias de aranha que estavam lá.

-Como você conheceu Draco?

Voldemort me olha com um canto de olho, parecendo que estava ainda pensando se queria saber.

-Bem, nós conhecemos um dia depois de receber minha carta, mamãe ia me levar para comprar meus materiais, Draco foi junto com tia Narcisa, no começo achei que Draco era um elfo.

Uma gargalhada vem da boca de Voldemort, o que me faz rir também, como poderia imaginar que Draco, seria uma elfo?

-Draco tinha aquela expressão de desgosto quando olhou para mim, não segurou minha mão nem por dois segundos, mamãe e tia Narcisa, foram em uma loja enquanto eu e Draco procurávamos nossos livros, não podia sair de perto dele, não sabia nada sobre magia, era tudo muito nova para mim. Draco era bem chatinho, tentei conversar com ele, sobre hogwarts, se ele estava animado, em troca Draco me chamou de tagarela, então falei que ele era um arrogante com um cabelo seboso.

Voldemort prestava atenção em tudo que falava, as vezes contendo um sorriso.

-Ele ficou bem nervoso por ter falado mal do cabelo dele, em troca me chamou de sujeitinha de sangue-ruim, para ser sincera era difícil digerir aquilo, então sai de perto dele, mas ele correu atrás de mim, tia Narcisa tinha falado para ele ficar perto de mim, então começamos tudo de novo, nós apresentamos e conversávamos tranquilos pelo menos até o trem, Draco conhecia alguns meninos, Crabbe e Goyle.

Respirando fundo continuo falando.

-Acabou que não fiquei na mesma cabine de Draco, me juntei a Harry, ele também não conhecia muito sobre magia. Quando chegamos na estação Draco se sentou no barquinho junto comigo, Crabbe e Goyle continuavam a me chamar de sangue-ruim, então apontei minha varinha para eles, mesmo não sabendo fazer nada.

-Você se juntou a Harry Potter?

-Sim, fomos quase amigos, mas assim que fui selecionada para a sonserina nós afastamos muito.

Falo com um sorriso.

-Acabou que conheci Blássio, ele e Draco são meus melhores amigos, e foi isso, eu e Draco acabamos virando amigos, e o sentimento foi evoluindo para algo a mais.

Enquanto falava apareciam flashbacks em minha cabeça, eu e Draco pequenos, o beijo nas roseiras.

-Gosta muito dele?

Voldemort pergunta, assim que volto a tirar as teias de aranhas que tinha nas paredes.

-Eu o amo.

Falo sem precisar pensar, era isso, eu o amava. Voldemort continuava a melhorar a condições da casa, o teto que estava quase caindo aos pedaços, paredes com alguns buracos.

-Você amava minha mãe?

Pergunto, mas invés de alguma resposta só consegui o silêncio. Se ele precisava desse espaço então iria dar aquele espaço, teríamos que conviver por muito tempo, não quero tornar nossa convivência insuportável.

-Não, nunca consegui amar ninguém a não ser você.

Voldemort fala e paro de cuidar das teias de aranha.

-Pensei que você teria o mesmo problema que eu, ser incapaz de amar.

Ele fala olhando através de mim.

-Por que você é incapaz de amar?

-Minha mãe, sua avó. Ela prendia meu querido pai enfeitiçado com uma porção do amor.

Ele falava com deboche, principalmente na parte que falava do pai.

-Acho que a cozinha está pronta.

Ele fala mudando de assunto, logo passando a mão em meus cabelos e saindo da cozinha pelo arco que levava em direção a sala.

Passamos boa parte da manhã assim, logo fui tomar banho, estava completamente suja de poeira. Logo depois de tomar meu banho e pegar uma calça e uma blusa, as últimas peças de roupas limpas que eu tinha, saio pelo corredor, a casa que antes parecia abandonada, agora parecia até mesmo um lar.

Passando pelo corredor escuto o barulho do chuveiro, Voldemort estava tomando banho, vou em direção a biblioteca, ele desfez de um quarto de hospedes depois de ter contado a ele que adorava ler.

Tinha estantes em boa parte do cômodo, no meio tinha um sofá que ficava de frente com uma lareira e enormes janelas, que davam para a parte da frente da casa.

Passando a mão peles lombadas dos livros, pego um livro, "Romeo e Julieta" e começo a ler, era um romance, duas famílias que se odiavam, mas dois apaixonados, onde lutam por esse amor, era trágico, triste.

-Pensei que estaria aqui.

Escuto a voz de Voldemort.

-Declaro esse meu cômodo.

Falo com um sorriso fechando o livro que tinha acabado.

-Romeo e Julieta.

Voldemort fala olhando o título do livro.

-Já leu?

Pergunto, mas paro de prestar atenção quando uma movimentação do lado de fora começa, Draco, ele tinha chegado, estava junto com Lucius e Narcisa. Colocando o livro no sofá, desço correndo as escadas, abro a porta dando de cara com Draco, logo puxo-o para um abraço apertado.

-Demorou bastante!

Falo dando um leve tapinha em seu ombro, era quase impossível conter o sorriso que estava em meu rosto. Mas Draco não falava nada, apenas me apertava com muita força.

-O que aconteceu?

Pergunto o abraçando com força também, ele precisava saber que estava aqui, que estava com ele.

-Você teve um velório, estava em um caixão, um caixão de verdade.

Draco falava rapidamente.

-Você sonhou comigo em um caixão?

Pergunto confusa, logo o apertando um pouco mais.

-Eu estou aqui Draco, eu estou viva.

Falo afastando um pouco para ele poder ver meu rosto.

-Não foi um sonho, fizeram um velório, Lácio e Cris estavam arrasados...

Draco me contou tudo, contou para Voldemort sobre o tal Crouch Jr., e sobre o que estava acontecendo em hogwarts, os boatos etc. Draco tinha pegado todas minhas roupas, e subimos para meu quarto com meu malão, não antes do aviso "Eu escuto tudo, sei tudo" de Voldemort, ele mesmo tinha nos expulsado da sala, onde estava em uma reunião seria com os pais de Draco.

Com um simples toque com a varinha Draco fez o malão se abrir e com outro as roupas estavam todas no guarda-roupa.

ℝ𝕠𝕞𝕒𝕟𝕔𝕖 𝕨𝕚𝕥𝕙 𝕒 𝕊𝕝𝕪𝕥𝕙𝕖𝕣𝕚𝕟 -𝕯𝖗𝖆𝖈𝖔 𝕸𝖆𝖑𝖋𝖔𝖞Where stories live. Discover now