31_ Flagra.

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Rain Miller

... - Eu sei o que você fez.

Eu olhei para a diretora completamente assustada.

Eu não faço a mínima ideia de como ela descobriu que eu bati no Julian hoje mais cedo mas se eu encontrar aquele pequeno arrombado no corredor, eu juro que quebro o pint...

- Você convenceu o Marcus a conversar comigo. - Voltou a falar e eu suspirei aliviada.

Bom, pelo menos o Julian ainda vai ter pinto por mais algum tempo.

- Eu quero te agradecer por isso. - Olhou pra baixo mas logo voltou a me encarar. - Eu presumo que você já saiba da história toda, então, eu apenas quero agradecer por não me odiar e ao invés disso encorajar o Marcus a se abrir comigo. - Sorriu.

- Não tem problema, eu apenas quis ajudar ele. - Sorri de volta.

- O Marcus me lembra muito o pai dele, na aparência. Mas na personalidade, eles são completos opostos. - Riu. - Eu não me dei ao trabalho de conhecer o meu próprio filho. Eu afastei ele e eu nunca parei pra pensar o quanto isso podia ter afetado ele. - Confessou.

Eu sorri tímida sem saber o que falar e a diretora sorriu.

- Ele tem sorte de te ter na vida dele. - Soltou.

- E eu tenho sorte de ter ele na minha vida. - Falei.

[...]

Olhei pelo terraço, procurando o Marcus, e encontrei ele deitado no lugar que a gente sempre fica.

Caminhei lentamente até ele e me sentei do lado dele.

- Oi, meu amor. - Cumprimentou ele me olhando.

- Chupa meu pau. - Falei me deitando no peito dele.

O Marcus riu e passou o seu braço em volta da minha cintura.

- Eu tive um dia péssimo. - Confessei me sentindo extremamente cansada.

- Os dias maus servem para que os dias bons valham a pena. - Sussurrou e eu assenti.

A gente ficou algum tempo em silêncio e eu quase adormeci sentindo ele fazer carinho na minha barriga e cintura.

Um movimento no gramado, perto do portão da escola, me chamou a atenção e eu comecei a observar atentamente.

Era uma garota aleatória andando por lá.

Quando a mesma se virou eu notei que não era nem uma garota e nem aleatória.

- Aquele não é o Sirius? - Perguntei baixinho e o Marcus me tirou do peito dele lentamente pra conseguir ver.

Eu observei por mais algum tempo e vi que o Sirius chorava. Arregalei os olhos quando o mesmo puxou alguns cigarros do bolso e acendeu um.

- É realmente o Sirius... - Respondeu o Marcus com a voz distante.

Ele se virou pra mim e encontrou a minha cara confusa, o que fez ele suspirar e abaixar o olhar.

- Eu sei, fumar é errado... Mas todos nós somos viciados em algo que fode a gente. - Me encarou. - Para alguns é beber, para outros são relacionamentos tóxicos que eles acham que conseguem consertar, as pessoas podem se fazer passar fome, persistir em um amor perdido, viver de cafeina, nunca dormir, cortar os seus pulsos, ou ficar quieto, e deixar a sua dor consumi-los. - Virou o seu rosto para o seu amigo que ainda estava no gramado fumando. - Para o Sirius, é acender nicotina e envenenar os seus pulmões até eles ficarem secos e fracos.

O Marcus voltou a me encarar.

- Esse é apenas o jeito que ele se alivia. - Terminou.

- Como você se alivia? - Perguntei e o Marcus me encarou surpreso.

- Quê? - Questionou confuso.

- Você falou que todo mundo tem um jeito de se aliviar, mesmo que isso foda a gente, então, qual é o seu?

O Marcus pareceu pensar um pouco e quando abriu a boca pra responder, a gente ouviu um barulho alto no gramado.

- EI, GAROTO! - Um segurança gritou.

Nos segundos seguintes, tudo que eu e o Marcus vimos foi o Sirius correndo em volta do gramado e tentando despistar o segurança.

- A gente também vai precisar correr. - Avisou o Marcus se levantando e eu arregalei os olhos.

- VOCÊS DOIS AÍ ENCIMA, DESÇAM AGORA. - Mandou o segurança quando ele nos viu.

Bem no flagra...

Que incrível.

- Agora! - Falou o Marcus começando a correr.

A gente correu ouvindo o segurança gritar com a gente. Saímos do terraço rapidamente e quando fomos pular a janela, eu obviamente quase cai.

Corremos pela biblioteca enquanto eu sentia o meu coração bater forte no meu peito. O meu corpo desviava de algumas coisas, tentando acompanhar o Marcus.

Depois de muito tempo correndo, eu notei que o Marcus tava me levando para o gramado do colégio e arregalei os olhos.

Eu vou empurrar esse garoto da escada.

- Você enlouqueceu? A gente não pode ir pra lá. - Falei assustada.

A minha respiração já estava pesada de tanto correr.

- O último lugar que ele espera que a gente vá, é o lugar que ele tava. - Explicou.

Quando chegamos no gramado, eu comecei a puxar o Marcus para as traseiras do colégio, onde provavelmente não tinha muitos seguranças.

Chegando lá, continuei correndo e entrei no lugar que ficava a piscina.

A adrenalina consumia o meu corpo todo e eu sorri sentindo falta dessa sensação.

Soltei a mão do Marcus, me virei para ele enquanto andava de costas e mordia o meu lábio inferior, segurando o sorriso.

- Rain, não ouse fazer isso... - Ameaçou o Marcus quando viu que eu tava tirando a minha camisa do colégio.

- Por que não? - Brinquei tirando a camisa e começando a tirar a saia.

- Você é completamente maluca. - Falou com os olhos arregalados.

- E você ama isso em mim. - Pisquei antes de pular na piscina apenas de sutiã e calcinha.

- Puta merda, eu não acredito que to fazendo isso... - Ouvi o Marcus reclamar enquanto começava a tirar a roupa dele também.

Eu afundei na piscina enorme e quando consegui chegar na superfície, ouvi o Marcus entrando na água.

Gargalhei não acreditando que ele realmente fez isso por mim e tirei a água do meu rosto, sentindo o meu peito subir e descer.

O Marcus me puxou pela cintura e eu sorri me virando pra ele.

continua...

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qnd tiver 8008 comentários eu posto o cap q td mundo anda me espancando pra ter

vcs gostam das referências q eu boto?

O Colégio InternoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon