— Não, Derek. Eu preciso descobrir isso e preciso que você esteja bem, me esperando. — A voz do humano fraqueja. — Porque não sei se eu estarei bem quando voltar.

Derek se aproxima do rapaz, prendendo a cabeça do rapaz entre suas mãos encostando suas testas.

O lobo respira pesadamente enquanto tentava se controlar com os olhos fechados. Matteo encara toda a dedicação do lobo a sua frente.

— Você não sairá de perto de mim, Lobão. Eu irei a este lugar, mas não fisicamente.

Derek abre os olhos abruptamente confuso.

— Venha. — Matteo leva o lobo consigo até o centro do salão, estende os braços e
diz desviando o olhar e sorrindo maliciosamente: — Seria bom alguém me segurar no colo.

Derek pega seu mate no colo.

— Agora você pode se sentar, lobão. — Derek obedece e senta no chão com Matteo em seu colo. O rapaz fica sério enquanto Derek se preocupava em deixar o humano confortável. — Eu irei ficar inconsciente por um tempo então, cuida bem desse corpinho enquanto eu estiver fora.

Derek concorda freneticamente fazendo Matteo ri nasaladamente. Ele segura o rosto barbudo do homem, como se estivesse vendo cada detalhe uma primeira vez.

— Eu te amo, Derek. — Matteo se aproxima do lobo e sela seus lábios intensamente. Quando se afasta, o corpo do humano estava mole, inconsciente. Derek, encara o garoto estupefato, nem chegou a observar os círculos mágicos ao redor do salão.

Bufando, o lobo encara a face serena de seu mate.

— Eu também te amo.

***


Matteo acorda repentinamente diante de um teto branco, a tinta descamando devido à infiltração o dá a certeza de que conseguira realizar a magia corretamente.

Ele ergue seu corpo observando seu antigo quarto. O quarto onde passou longas e agradáveis manhãs de sono antes de sua mãe quase derrubar a porta para chamá-lo para o café da manhã e a detestável escola. Nunca pensou que sentiria saudades da escola.

Mas ele sabia que nesta manhã, neste momento não teria sua mãe berrando seu nome. Ele se levanta e nota ainda suas roupas de Procástia.

Com um manejo de mãos, Matteo trajava vestes mais humanas e usuais. Ele abre a porta do quarto e caminha pelo corredor ouvindo os barulhos de copos e pratos e da água corrente caindo na pia. Seu olhar cai sobre sua mãe de costas para si, um pano de prato sobre o ombro e dançando uma música resmungada.

Matteo sorri diante da cena e logo encara seu pai descendo as escadas do seu quarto bocejando e dando bom dia à mamãe.

Bom dia. — A voz juvenil faz meu coração disparar.

Matteo sai do caminho enquanto seu irmão mais novo passa por si e senta na mesa apoiando a cabeça sonolenta nas mãos.

A cena se completa quando seu antigo eu sai do banheiro secando o rosto com uma toalha. Ele já não conseguia mais prestar atenção na conversa que a família estava tendo.

Esse não era o momento certo. Era cedo demais, ele queria saber como foi transferido para procástia. Porque ele?

A raiva já consumia o seu interior e Matteo podia sentir o poder dentro de si borbulhando.

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