Epílogo

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Harry Edward Styles

A rapariga continuou a olhar para mim durante um par de minutos e eu não entendia porquê nem como ela sabia da existência do Edward e do Marcel. De facto, eu chamava-me Harry Edward, mas a quem todos conheciam por esse nome era o meu irmão.

-Esperei por este momento durante muito tempo. - sussurrou ela e franzi a testa confuso. Quem era? Porque é que falava assim? - Vou-te matar.

Arregalei os olhos e deixei cair ao chão o que levava nas mãos. Um pesadelo. Agora entendia o que se estava a passar.

Convenci-me a mim mesmo a acordar quando uma voz interna o fez. Fiquei paralisado e ela aproximou-se de mim intimidantemente com uma faca na mão que não sabia de onde tinha saído. Tentei mexer-me mas foi completamente inútil. A rapariga aproximava-se e pouco a pouco tudo se tornava escuro. Não senti como espetava a faca em mim, porque antes disso acordei.

-Harry! - exclamou Bella, que estava ao meu lado. - Estás bem?

Abri os olhos e observei-a com a respiração acelerada. Neguei com a cabeça. Ela franziu a testa e uma careta de preocupação mostrou-se no seu rosto. Passei o olhar por todo o escuro quarto e depois devolvi-o à rapariga de cabelo castanho, ondulado pelos ombros.

-Era só um pesadelo. - aclarei. Ela assentiu e abraçou-me embalando-me nos seus braços e, ainda com a respiração agitada, dediquei-lhe um sorriso. Ela beijou a minha testa.

-Já está bebé, tranquiliza-te. - tentou tranquilizar-me e apoiei a cabeça no seu peito. Assenti.

-Desculpa por te ter acordado. - desculpei-me e ela negou com a cabeça.

-Não te preocupes, de qualquer maneira tenho que ir dar de comer à Sophia às três e já são três menos vinte. - informou ela suspirando. - Mal posso esperar para que durma uma noite sem interrupções.

Franzi a testa.

-Dorme. - disse. - Eu dou-lhe de comer.

Ela negou com a cabeça.

-Não, não. - começou acariciando o meu cabelo. - Da última vez foste tu que lhe deste. Agora é a minha vez.

Levei a minha mão a um dos seus seios e agarrei-o. Ela negou com a cabeça ante a minha repentina ação.

-Harry, pára. - disse tentando não rir para não acordar a pequena bebé que dormia no berço ao lado da cama.

-É que... - comecei. - Estás com elas maiores por causa do leite. É bom?

-Eu sei lá. - disse. - Pergunta à tua filha.

Ronronei e ela estendeu a mão para acender a pequena luz que havia na mesa de cabeceira. Passei a língua pelos lábios e olhei para o berço onde a Sophia dormia.

-Não lhe posso perguntar. Não sabe falar e está a dormir. - declarei incorporando-me um pouco e colando-a a mim.

-Parvo. - murmurou jogando com os seus dedos no meu queixo. Sorri sonolento e beijei-a. No beijo baixei lentamente o tecido do seu pijama até deixar os seus mencionados seios expostos. Toquei delicadamente com cuidado para não a magoar e ela rodeou o meu pescoço com os seus braços.

-Posso provar? - sussurrei e ela soltou uma gargalhada.

-Quê? - perguntou com doçura. - Deves estar maluco. Vais magoar-me.

Fiz beicinho.

-Não te vou magoar.

Ela riu silenciosamente.

-Às vezes perdes o juízo. - declarou e era para voltar a insistir, mas a Sophia e o seu choro interromperam o momento.

Suspirei e separei-me da minha mulher para me aproximar do berço. A Bella também se incorporou e ajeitou o seu pijama para se aproximar do berço também. Agarrei na pequena menina de dois meses e embalei-a nos meus braços.

Os Trigémeos Styles 3: Déjà vu (tradução)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora