Capítulo três

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Natan

Eu era patético.

Na primeira vez em que vi Lisandra foi no dia da mudança de Bia. Eu estava carregando uma caixa cheia de livros quando ela surgiu no corredor, vestindo uma blusa colada e um short no mesmo estilo, evidenciando todas as suas curvas. Os seios médios, as coxas grossas e uma bunda grande. Ela era linda e gostosa.

Lembro que ela sorriu em minha direção e quando Bia nos apresentou ela se aproximou para beijar meu rosto me fazendo congelar feito um idiota. E aquela situação foi se repetindo ao longo dos anos. Eu não sabia explicar o que acontecia, mas sempre que Lis estava por perto parecia que eu perdia minha capacidade de conversar normalmente com uma garota e corava feito uma mocinha dos romances de época que minha mãe lia.

Quando ela notou minhas reações ao seu lado, Lis achou engraçado e passou a me provocar, seja com insinuações, beijos demorados na bochecha e toques ocasionais, no entanto, ela já havia deixado bem claro que nossa diferença de idade a incomodava e havia comentado para a minha melhor amiga que eu não fazia o seu tipo, então eu sabia que tudo aquilo era apenas uma brincadeira, nunca passaria disso.

No fundo eu ainda tinha esperança de que as coisas mudassem quando eu tomasse coragem e a convidasse para sair, entretanto isso foi antes do acontecimento de sábado, quando a encontrei pelada no corredor e ela se jogou no meu colo com medo de um animal inofensivo. Eu devia ter sido forte, devia tê-la respeitado, mas foi mais forte que eu, não consegui conter a ereção enquanto a tinha tão próxima a mim. Seus peitos colados no meu tórax, seu rosto tão próximo ao meu e suas pernas enroladas em volta do meu quadril, deixando sua boceta quente tão próxima ao meu pau. A deitei com delicadeza na cama e tomei cuidado para não deixar seu corpo exposto. Eu devia ter saído do quarto naquele momento, mas não consegui e quando vi, Lis estava com um olhar chocado e vidrado na minha ereção.

Quando saí do quarto achei que ela estivesse me odiando, pensando que eu fosse a merda de um tarado que não sabia se controlar, mas fui surpreendido quando, ao me desculpar, ela revelou que também ficou excitada. Porra! Meu cérebro começou a criar imagens impróprias, minha mão escorregando da sua cintura e descendo até a sua boceta molhada, fazendo-a gozar em meus dedos e depois sentindo seu gosto.

Puta que pariu, eu precisava sair de perto dela.

Nos outros dias que vieram eu evitei usar a cópia da chave que Bianca havia me dado e preferi tocar apenas a campainha, assim eu respeitava a intimidade de Lis e ainda evitava surpresas. Meu pau e eu não estávamos preparados para outra visão daquelas sem aviso prévio. Na sexta-feira eu fui nadar, precisava gastar energia e focar minha atenção em algo que não fosse Lis. Passei a manhã inteira na academia e decidi que só iria até o apartamento na parte da noite, em um horário que eu sabia que Lis estaria em algum barzinho com seus amigos. Diferente de mim, ela era o tipo de pessoa que gostava de sair à noite para se divertir e dançar. Não que eu fosse antissocial ou algo do tipo, eu até saía com Bianca algumas vezes, mas era do tipo que preferia algo mais íntimo, como um social ou um churrasco na casa de amigos.

Quando saí de casa para ir até o apartamento, já passava das 20h e meu celular já estava cheio de mensagens de Bianca reclamando sobre eu ter deixado Tuco na gaiola suja o dia inteiro. Eu devia ter mentido quando ela perguntou se eu já tinha ido ao apartamento. Estacionei o carro na vaga de visitante e subi até o apartamento que minha amiga dividia com a dona dos meus pensamentos, da porta não escutei nenhum barulho e confirmei que Lis tinha saído, no entanto, percebi que estava completamente enganado quando entrei no apartamento e a encontrei saindo do corredor, vestindo um pijama minúsculo. Perdi alguns segundos observando o tecido em um tom de rosa que contrastava perfeitamente com a sua pele marrom e sedosa, os seios médios e que estavam sustentados pelas duas alças fininhas, a cintura desenhada e desci até o short que tinha algumas parte emboladas, provavelmente pelo atrito das suas coxas grossas.

LisWhere stories live. Discover now