11. A melhor dupla de Gusu

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- "Mn. Você acha que fiz algo errado?" - Perguntou vendo o outro negar com um aceno. - "Será que ele está doente?" - Recebeu um "não sei" baixo e incerto. - "Deveríamos falar com ele?"


Wangji divagava sentado em sua cadeira. Yuan estava a sua frente, sentado na mesa e observando o pai atentamente.

Não sabia dizer quais eram os pensamentos do mais velho no momento, mas sabia exatamente sobre quem estavam discutindo.

Wei Ying.

Wangji não soube ao certo o que aconteceu na festa para o homem agir tão estranhamente consigo hoje, mas havia algo errado.



Domingo, residência dos XiYao

Wangji estava bastante feliz por ver a mulher. Já tinha se passado alguns dias desde que não a via.
Comparado a antes da outra conseguir uma vaga no hospital, os encontros deles eram bastante frequentes.

O abraço dos dois durou bons minutos, até serem atacados por dois bracinhos pequenos.

Mianmian abaixou-se e pegou a criança no colo, logo enchendo o pequeno de cócegas e beijos pelo rosto.

- "Titia, Yuan 'tava com 'saudadinha!"

- "Eu também estava com muuuuuita saudades do meu sobrinho preferido! Não deixe o A-Zhui e o A-Yi ouvirem isso!" - Sussurrou a última frase, fazendo sinal de segredo.

Wangji sorria terno com aquela cena.

Mianmian era sua melhor amiga desde os tempos de ensino médio, quando o mesmo tentou falhamente junta-lá com Zixuan.

O relacionamento entre os dois era terno e puro, como se fossem irmãos jurados ou algo semelhante a isso. Quando Mianmian engravidou, ela e Zixuan nem precisaram discutir sobre o apadrinhamento do bebê, Wangji era a primeira opção do casal.

- " 'Tá procurando alguém?" - Mianmian perguntou assim que notou os olhos do amigo varrendo o local.

- "Mn. Quero te apresentar alguém."

A mulher sabia exatamente quem era esse alguém. Um rapaz alto e belo, com os olhos mais brilhantes e sorridentes que já viu na vida, sem contar no sorriso aberto que lembrava um coelho.

Óbvio, eram palavras do próprio Wangji.

- "É o Electrolux de duas portas que faz gelo sem precisar colocar água?"

- "Mianmian, por Deus!"

Sorriu olhando o outro revirar os olhos fracamente.

É uma bela descrição, certo?

- "Cunhado, viu o Wei Ying?"

Wangji estranhou de início não achar o outro, em um piscar de olhos a figura sentada em uma almofada simplesmente desapareceu.

- "Então..." - Hesitou por um instante. - "Ele foi embora."

- "Como assim embora?"

"Embora? Do nada? Sem se despedir?" completou em pensamento. Suas habilidades de comunicação já excederá o limite.

- "Eu não sei. Ele disse que já 'tava tarde e que o gatinho dele- Qual o nome do gato? Cheque? Enfim, não importa! O gato 'tava com fome e a shijie dele 'tava doente... Eu não entendi nada!"

De fato não fez muito sentido.

Em uma conversa anterior dos amigos, Wuxian disse que não ligava para o horário, bastava pegar um uber e chegar seguro em casa.

Yao também percebeu o tom afoito do outro. Wuxian geralmente falava coisas sem sentido em pouco intervalo de tempo, como se qualquer assunto que aparecesse na sua mente ele falava.

"A-Yao me perdoa! Eu acabei de lembrar que esqueci o gás ligado, imagina se minha casa explodir? Aliás o Chenqing 'tá com fome e não acho que comida de humano e coelho vá alimentar ele haha! Minha shijie ligou e 'tá com uma baita dor de barriga, sabe? Minha cunhada não 'tá lá então eu vou indo nessa, ok? Adorei a festa, seus filhos são lindos, tchau!"

O anfitrião não conseguiu formular uma única frase, vendo o outro sair apressado do local com um gato quase caindo dos seus braços.

- "Tem certeza que não aconteceu nada?" - Mianmian se preocupou.

Estando atenta ao comportamento que julgou ser incomum pela expressão no rosto dos homens, a mulher percebeu que algo estava errado.

- "Eu não sei, ele 'tava bem!"

O sentimento de ter feito algo que não agradou o amigo logo se fez presente no coração do rapaz.

Yao era alguém bastante sensível com amizades e relacionamentos. Sempre teve em mente agradar e cuidar dos que gostava, pois sentia que não tinha outras qualidades ou demonstrações de sua fidelidade.

- "Não acho que você seja o culpado, amor."

Xichen abraçou o marido carinhosamente, acariciando suas costas.

Sabia o quanto o cônjuge gostava do rapaz, e confessava a simpatia que cresceu dentro de si também.

O Lan mais velho era bastante observador e atento, principalmente quando se tratava de seu irmãozinho. Percebeu um olhar confuso no jovem rapaz sentado minutos antes da confusão acontecer.

- "Wangji, converse com ele depois."





- "Um doce?"

- "Sim! O titio Xian 'gota de docinhos!"

- "Acha que vá melhorar o humor dele?"

- "Sim!" - Acenou com convicção.

Pai e filho estavam nesse momento parados em frente à grande bancada de doces do mercado. Decidiram por fim comprar algo para agradar o rapaz, antes de uma abordagem direta.

Realmente a melhor dupla de Gusu!

- "E se o culpado for eu?"

- "O Dada pede 'dicupa!"

- "E se ele não perdoar?"

- "O Dada 'chola!"

Com os doces nas sacolas e acenos confiantes um para o outro, os dois entraram no elevar rumo ao 15° andar para completarem sua missão.

Conseguir um sorriso do nosso Xian!

𝙾 𝙵𝙸𝙻𝙷𝙾 𝙳𝙾 𝙼𝙴𝚄 𝙲𝙷𝙴𝙵𝙴Where stories live. Discover now