Capítulo 5😎

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HOJE VAMOS CONHECER A NOSSA MOCINHAAAAA!!
VAMOOOOS LAAAA!

HOJE VAMOS CONHECER A NOSSA MOCINHAAAAA!!VAMOOOOS LAAAA!

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Estar no Le Loup é sempre cansativo.

Aqui temos de tudo: patrão chato, clientes arrogantes, soberbos, muito trabalho e salário miserável. Enfim. Mas além de tudo isso, também temos colegas de trabalho adoráveis, música boa ao vivo, algumas gorjetas altas e o fato de que preciso desse emprego para me manter e pagar a faculdade, por isso... teoricamente, não deveria estar reclamando.

Mas é só na teoria mesmo, porque na prática... haja paciência!!

— Ei, Dumbo!! — Grita Maurice, o meu chefe. Ele está distante e me apelida de Dumbo devido ao clássico filme da Disney, tendo em vista que me compara ao pequeno elefante por eu ser acima do peso. É um idiota, tento levar na esportiva para não ser demitida, mas o odeio. Seus olhos apontam para a boqueta onde há novos pedidos à espera, só que mal acabei de servir uma mesa, ainda nem deu tempo de olhar para lá.

— Já estou indo!! Mas se o senhor não sabe, eu tenho nome!! — Rebato, enraivecida.

— Pega logo a porra dos pedidos, garota! — Corta a minha voz, estressado. Ele está sempre assim, à flor da pele, com um cigarro que nunca sai da sua boca, sempre de olho no caixa, o lugar onde mais gosta de ficar quando não está circulando pelo bar para encher o meu saco e o das minhas colegas.

Procuro por elas e vejo que também estão ocupadas, o local está lotado de clientes, a música alta. Estamos trabalhando desde as seis da tarde e parece que sempre chega mais gente. Hoje é um dos dias mais movimentados, tem até fila de espera do lado de fora.

Corro até a abertura existente entre a cozinha e o bar — boqueta —, ponho os pratos sobre a bandeja e apresso-me para deixá-los nas suas devidas mesas. No caminho passo por Amélie, minha melhor amiga, que também caminha ligeira com o seu uniforme e bandeja em punhos, no pique que o Le Loup nos exige.

— Ganhei gorjetaa! — Comemora, cochichando em meu ouvido quando nos encontramos no meio do caminho.

— Vai ter que dividir comigo! — Brinco.

— Nunca! — Rebate, seguindo seu destino e eu o meu.

É sempre a mesma coisa, sirvo os clientes que mal olham na minha cara, mal percebem que estou aqui, coisa que não acontece com Amélie e as demais garçonetes, simplesmente porque elas estão dentro dos padrões de beleza dessa sociedade hipócrita. Porque não possuem manequim quarenta e seis ou busto acima de noventa ou cento e oito de quadril como eu.

Não se preocupem, não sou a "chata militante", mas sei muito bem o que me diferencia das demais mulheres ou dos olhares dos homens ao meu redor. Amo minha amiga, a respeito e ela me respeita também, porém todo dia sofro com preconceito, mas insisto em não dar atenção a isso, até porque já estou acostumada e tenho coisas mais importantes para focar.

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