Capítulo 2

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~ Clara's pov. ~

Acordei com um despertador do meu lado. Me sentia...diferente. Eu havia descansado mais do que o normal mas meu corpo todo doía.

Abro os olhos. Estava em um quarto que, com certeza não era o meu. Isso significa que eu ainda estou...sim. Ainda estou aqui, onde quer que seja. Levanto da cama e com um susto percebo que meu corpo não é mais o mesmo. E-eu tenho peitos?

Me levanto, estava mais alta. Muito mais alta. Quanto tempo eu dormi?

Me olho no espelho do quarto, haviam alguns ematomas roxos pelas minhas pernas, alguns arranhões, talvez isso explique a exaustão física. Mas quanto tempo havia se passado? Será que eu morri?

Dou uma olhada no quarto, certa vez o Capitão falou algo sobre analisar as possíveis rotas de fuga. Era simples, aconchegante, mas...estranho.

Eu consigo até me sentir mais esperta. Quantos anos eu tenho?

Minhas costas doíam como nunca antes. Me vi parada ali, no meio daquele quarto desconhecido, sem saber nem que dia é hoje. Pelo ao menos eu sei o horário, 8 da manhã.

Olhava pela janela as simples casas do lado de fora, os primeiros raios de sol da manhã iluminavam as árvores em frente as casas, algumas pessoas as vezes passavam na rua não asfaltada.

- Vamos, Catarina! Você não quer se atrasar, quer? - Batidas na porta e a mesma voz masculina da ultima vez. Quem é Catarina?

- Ah, n-não, eu...já estou indo...senhor? - digo meio confusa, o que eu tinha que fazer?

- Senhor? Isso tudo é sono? - ele questiona do outro lado da porta. - Estou a esperando para o café da manhã.

Ouço seus passos de afastarem. Eu me sentia, além de grande e com um corpo bonito, mais inteligente. Ontem eu não pensava da mesma forma que hoje. Eu acho que estou ficando maluca.

De qualquer forma, ando até o banheiro do quarto afim de fazer o que acho ser certo ao acordar.

Tomo banho, escovo os dentes e visto a roupa mais confortável que achei. Eu estava atrasada para algo, não sei o que. Estava quente, não vesti nada demais.

Saio do quarto me deparando com um corredor. Olho para esquerda onde havia uma porta fechada, a esquerda parecia dar para algum lugar mais certo, algo como uma sala de estar.

Caminho dando de cara com um homem, alto, ele tinha cabelos castanhos e olhos tão verdes quanto as arvores do lado de fora da casa, estava cozinhando em frente ao fogão. Devia ser ele, o homem da floresta. Não me deixei parecer assustada e sentei na mesa redonda da cozinha.

- Bom dia. - digo educada.

- Bom dia, dormiu bem? - ele pergunta pondo duas panquecas no prato que estava na minha frente.

- Aham. - digo.

Pego os talheres e saboreio as panquecas. Pelo ao menos ele cozinha bem, penso.

- Não vai tomar seu café? - ele pergunta calmo. Havia uma xícara na minha frente cheia de café com leite, mas eu realmente não estava afim de tomar o café.

- Não, obrigada.

- Por que não? - ele questiona. - Você sempre toma.

-Eu estou com dor de cabeça, sabe, café sempre piora tudo. - minto.

- Sério? Achei que melhorasse. - ele diz tomando um gole do seu próprio café.

Não digo mais nada, não sinto que eu vá ficar mais esperta tomando isso. Acabo de comer, levo meu prato até a pia e o lavo, não sei se eu geralmente faço isso mas não estou afim de receber um esporro logo de manhã.

De Volta ao PresenteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora